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terça-feira, 20 de setembro de 2022

INFARTO EM MULHERES: veja 6 sinais de alerta para ataque cardíaco


As doenças cardiovasculares nas mulheres já ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e de útero.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as cardiopatias respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil por dia.

As doenças do coração - como, por exemplo, o infarto - chegam a representar 30% das causas de morte das mulheres brasileiras, principalmente acima dos 40 anos. É a maior taxa da América Latina.
Além disso, um estudo feito a partir dos dados da plataforma online Estatísticas Cardiovascular Brasil: 2020, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostrou que a predominância de doenças cardiovasculares é muito maior nas mulheres entre 15 e 49 anos e vem aumentando as mortes por doenças isquêmicas, como o infarto do miocárdio, nas mais jovens. 

O infarto do miocárdio está bastante relacionado a sintomas atípicos e que as mulheres apresentam com mais frequência.

O miocárdio é um músculo cardíaco, a própria parede do coração.

Os sintomas do infarto feminino são geralmente diferentes da clássica dor no peito relatada por homens. Entre eles estão náuseas, vômitos, dor nas costas e no pescoço, falta de ar e indigestão.

Assim, os sinais de doenças cardiovasculares nas mulheres podem ser resumidos a uma dor mais genérica e de difícil diagnóstico, o que faz com que muitas nem sequer procurem ajuda médica ou não sejam tratadas corretamente.

Portanto, é preciso se atentar para os seguintes sinais e sintomas de infarto: 

Ardência na pele
Dor no pescoço, nos ombros, no rosto, na mandíbula
Falta de ar
Fadiga incomum
Palpitações
Náuseas, vômitos, indigestão
Além disso, o infarto feminino se associa ao estresse mental, emocional e psicossomático. 

As mulheres são conhecidas por terem dupla e até tripla jornada, ao se dividirem entre o trabalho, cuidado com os filhos e afazeres domésticos.

Essa condição eleva o estresse, associado, muitas vezes, à falta de atividade física, má alimentação, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

"A prevalência de infarto do miocárdio em mulheres está aumentando. Segundo relatório de 2021, da Associação Americana de Cardiologia, a sobrevida depois do infarto é de 8,2 anos para homens e apenas 5,5 anos para mulheres. Elas sobrevivem menos tempo", afirmou a professora Roxana Mehran.

O alerta foi dado por Roxana, que é diretora de pesquisa cardiovascular intervencionista e ensaios clínicos do Zena and Michael A. Weiner Cardiovascular Institute, durante o 3º Simpósio Mulheres do Coração, realizado pela SBC e pelo American College of Cardiology (ACC).

"Nos indivíduos que infartaram, a porcentagem de ser recorrente é de 17% para homens e 21% para mulheres, e são as jovens que necessitam da nossa atenção", destacou. 

O coração da mulher é pouco menor do que o do homem (cerca de dois terços do tamanho) e sua fisiologia é um tanto diferente.

Pesquisas já atestaram que as frequências cardíacas médias, por exemplo, são mais aceleradas para as mulheres.

Elas também têm artérias coronárias mais finas e maior tendência a sofrer com bloqueios não apenas nas artérias principais, mas também nas menores, que fornecem sangue ao coração.

Apesar disso, segundo Roxana, tem havido estagnação na redução geral de doenças cardiovasculares em mulheres na última década. Cardiopatias em mulheres permanecem pouco estudadas, pouco reconhecidas, subdiagnosticadas e subtratadas, especialmente o infarto do miocárdio.

A maioria dos ensaios clínicos realizados para o tratamento das doenças cardiovasculares foram realizados com pouca representatividade das mulheres.

Por isso, é preciso estimular pesquisas feitas para e por mulheres, para aumentar a participação delas nos estudos clínicos a fim de que se consiga melhores diagnósticos e tratamentos adequados para enfrentar as doenças do coração no sexo feminino com maior eficiência.

"Continuamos a ver uma subrepresentatividade nos ensaios clínicos cardiovasculares, e esse é um ponto muito importante. Parece que a mortalidade cardiovascular está cada vez maior nas mulheres e ao analisarmos essas pacientes, tem muita pobreza e pouca educação, por exemplo", disse Roxana.

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