Um outubro em que
o rosa deixa de ser a cor protagonista. Até quando vamos conviver com histórias
que insistem em nos lembrar do desafio de ser mulher neste país?
O outubro ainda é rosa, ainda é um mês importante, voltado para o cuidado, para a prevenção, para a esperança. As ruas ganham tons mais suaves, as campanhas se multiplicam e o convite ao autocuidado se espalha. Mas, em meio a tudo isso, a realidade insiste em nos trazer de volta ao chão. Mais duas mulheres perderam as suas vidas. Desde já, solidarizo-me com os familiares e questiono, entristecido, como ser mulher em uma sociedade que, mesmo sem admitir, parece conivente a essa insegurança, pois se revolta com o fato, com a perda, mas continua repetindo os mesmos modos de agir?
