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Bocão 64

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Inflação para famílias de menor renda tem queda de 0,6% em julho, diz IBGE


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve redução de 0,60% em julho, após uma elevação de 0,62% em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a menor variação registrada desde o início da série histórica, iniciada em abril de 1979.

Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 4,98% no ano.

A taxa em 12 meses foi de 10,12%.

Em julho de 2021, o INPC tinha sido de 1,02%.

O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

Potência transformadora de mulheres ganha espaço em evento de empreendedorismo


O protagonismo feminino nas mudanças da sociedade ganhou destaque no evento da Expert XP 2022. O evento que voltou a ser presencial este ano, discute investimento, empreendedorismo, tecnologia, ESG e ações inovadoras. No final desta quarta-feira (3), primeiro dia de debates, estiveram presentes relevantes nomes que participaram da palestra “Mulheres que Transformam”. Entre eles, personalidades que estão escrevendo novas histórias e mudando estruturas da sociedade que ainda as oprime.  

Uma das maiores influenciadoras do Brasil e criadora da festa ‘farofa’, a atriz e influenciadora digital Gkay destacou a importância dos microinfluenciadores. Segundo ela, esse deve ser o novo foco das empresas, que deverão investir em pessoas que entendem as plataformas e as ações de influência como um negócio. 

Apesar de ser famosa atualmente, Gkay não era reconhecida como uma mulher com potencial de sucesso no início da carreira. Por isso, ela reforça que é importante não desistir, mesmo quando outras pessoas não acreditam em você.

Outra palestrante importante do evento foi Adriana Barbosa, CEO do Preta Hub e idealizadora da Feira Preta, evento criado para que marcas se aproximem desse público. Durante o debate, ela relembrou como mulheres negras lidam com desafios para estabelecer representatividade, mesmo em um país em que 56% da população é negra.

De acordo com Adriana, isso acontece porque mulheres pretas enfrentam desafios de várias intersecções, que potencializam a discriminação. A empresária, no entanto, lembrou ainda que mulheres negras precisam ir além, ocupando espaços iguais, não apenas simbolizando-os.

Se juntando ao discurso de Gkay e Adriana, estava Nathália Arcuri, CEO do canal Me Poupe. A empresária reforça a importância da autonomia financeira. Nathália destacou um ponto importante da sociedade, que é a dependência financeira na qual vítimas de violência ainda vivem sob o teto do seu agressor.

Adriana Barbosa complementou ainda sobre a importância de promover o autocuidado, em especial para mulheres negras: “Muitas vezes, estamos cansadas de lutar. Não pode ser só resistência. Será que eu estou me colocando na minha agenda?”, completa. 

Com 4 mulheres, eleições de 2022 terão recorde de candidatas à Presidência


As eleições de 2022 terão quatro mulheres na disputa pela Presidência, recorde de candidatas na história do Brasil desde a redemocratização. A última confirmação foi de Soraya Thronicke (União Brasil), nesta sexta-feira (5), se juntando a Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU).

Caso os quatro nomes cheguem de fato à disputa nas urnas, as eleições deste ano irão superar o que era o maior número de mulheres presidenciáveis até então, verificado em 2014. Naquele ano, Dilma Rousseff (PT) foi reeleita presidente e disputava com outras duas mulheres: Marina Silva (à época no PSB) e Luciana Genro (PSOL).

No total, 11 mulheres foram candidatas à Presidência desde a redemocratização:

Lívia Maria (1989)
Thereza Ruiz (1998)
Heloísa Helena (2006)
Ana Maria Rangel (2006)
Dilma Rousseff (2010 e 2014)
Marina Silva (2010, 2014 e 2018)
Luciana Genro (2014)
Vera Lúcia (2018 e 2022)
Simone Tebet (2022)
Sofia Manzano (2022)
Soraya Thronicke (2022)

Chapas 100% femininas também batem recorde

No total, 11 mulheres foram candidatas à Presidência desde a redemocratização:

  • Lívia Maria (1989)
  • Thereza Ruiz (1998)
  • Heloísa Helena (2006)
  • Ana Maria Rangel (2006)
  • Dilma Rousseff (2010 e 2014)
  • Marina Silva (2010, 2014 e 2018)
  • Luciana Genro (2014)
  • Vera Lúcia (2018 e 2022)
  • Simone Tebet (2022)
  • Sofia Manzano (2022)
  • Soraya Thronicke (2022)

Chapas 100% femininas também batem recorde

As eleições de 2022 também apresentam, pela primeira vez, duas chapas 100% femininas na história: a do PSTU, com a operária Vera Lúcia (PSTU), candidata à Presidência, e a vice indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé); e a do MDB-PSDB, com as senadoras Simone Tebet, emedebista, e Mara Gabrilli, tucana. Tebet e Gabrilli formam a primeira chapa 100% feminina de partidos com representatividade no Congresso.

Até 2022, apenas uma chapa inteiramente feminina havia participado das eleições presidenciais. Foi em 2006, quando o PRP foi às urnas com a cientista política Ana Maria Rangel, candidata a presidente, e a advogada Delma Gama como candidata a vice.

Número de fertilizações in vitro sobe 32,7% em 2021 e retoma nível pré-pandemia


Criada há quase 45 anos, a fertilização in vitro contribui para ajudar pessoas que apresentam dificuldade para engravidar de maneira natural. Como impacto da pandemia de Covid-19, o número de procedimentos caiu no país em 2020 em comparação com os índices de 2019.

Os dados de 2020 mostram que o número de ciclos de fertilizações in vitro realizados no Brasil, quando comparado ao de 2019, diminuiu de 43.956 para 34.623. Em 2021, os procedimentos voltaram a crescer, com a realização de 45.952 ciclos no país – uma alta de 32,7%.

Os dados são do Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta segunda-feira (8). O documento reúne informações sobre a produção de 170 Centros de Reprodução Humana Assistida no país, também conhecidos como clínicas de fertilização in vitro.

O ciclo de fertilização in vitro acontece quando a mulher é submetida à produção (estímulo ovariano) e retirada de células reprodutivas femininas chamadas oócitos para a realização de procedimentos de reprodução humana assistida em serviços especializados.

“A amostra de esperma é preparada em laboratório e o médico, com uma pequena sonda, coloca o esperma dentro do útero da mulher, através do colo do útero. Os espermatozoides ‘nadam’ dentro do útero e vão até as trompas, onde vão encontrar os óvulos que foram produzidos e serão fertilizados”, explica a ginecologista Silvana Chedid Grieco, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo.

Planejamento da gravidez
O documento aponta também que, em 2020 e 2021, foram congelados mais de 202 mil embriões no país. Quando comparados com os dados de 2019, em 2020 houve uma redução no número de congelamentos (88.503 embriões congelados, em comparação com 99.112 embriões congelados em 2019).

Já em 2021 houve o congelamento de 114.372 embriões, o que demonstra o aumento no número de ciclos e congelamentos. Em 2020 e 2021, mais de 36 mil gestações clínicas foram alcançadas no país com as técnicas de reprodução humana assistida.

“Os estudos trazem de evidência científica que por dez anos esses óvulos se mantêm saudáveis mas, na prática, eles se mantêm saudáveis ‘ad aeternum’. Congelamento é uma técnica antiga, usada no início. Hoje, chamamos de vitrificação de óvulos, um congelamento rápido. Os estudos vão sair ao longo das próximas décadas, mas com a prática clínica estamos percebendo que esses óvulos não envelhecem.

A especialista explica que o procedimento permite a postergação da maternidade e previne a reduzir os riscos de doenças genéticas.

Os dados sobre o congelamento de óvulos, que demonstram uma demanda crescente de mulheres que desejam adiar a gestação, também foram apresentados pela Anvisa. Em 2020 e 2021 foram realizados mais de 21 mil ciclos, com 154.630 óvulos congelados.

A médica ginecologista Natália Ramos Seixas, da clínica de saúde feminina Oya Care, afirma que o congelamento de óvulos é um método seguro e eficaz e deixou de ser considerado experimental.

“No caso de uma mulher que congelou com 35 anos e pretende engravidar aos 45 anos, os óvulos dela vão ter o potencial de quando eles foram congelados, o que diminui os riscos de malformações e de doenças cromossômicas”, diz.

Qualidade
O relatório também aponta dados de qualidade dos centros de reprodução. Um desses indicadores é a média da taxa de fertilização in vitro, que avalia o número de óvulos fecundados em relação ao total de óvulos inseminados e tem sido usado como parâmetro de eficiência na reprodução humana assistida.

De acordo com o relatório, em 2020 esse indicador ficou acima de 75% para os diversos procedimentos realizados. De acordo com a Anvisa, esse percentual é elevado e compatível com valores sugeridos pela literatura internacional, que devem ficar acima de 65%.

45% dos brasileiros fizeram atividades para complementar renda em 2021, diz pesquisa

45% dos brasileiros, ou cerca de 76 milhões de pessoas, recorreram a atividades extras no ano passado para complementar a renda, diz pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis. O levantamento fala de todo o Brasil pela primeira vez. Desde 2007, era feito só para a cidade de São Paulo.

Os quatro principais serviços foram: bico de serviços gerais, como faxina, manutenção ou marido de aluguel (13%); produzir alimentos em casa para vender (8%); vender roupas e outros artigos usados (6%) e bicos de serviços de beleza (5%).

Para o estudo, foram ouvidos 2 mil brasileiros das cinco regiões do país, com 16 anos ou mais, durante os primeiros cinco dias de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados.

Pobreza
A pesquisa aponta que aproximadamente três quartos da população brasileira – ou 125 milhões de pessoas – perceberam um aumento no número de pessoas em situação de fome e pobreza nos últimos 12 meses. E 47% conhecem muitas pessoas com dificuldade de comprar alimentos.

A região Sudeste é a principal, em que 53% das pessoas viram o aumento de pessoas em situação de pobreza. E é na região Sul que os habitantes observaram uma maior quantidade de pessoas trabalhando nos semáforos e nas ruas.

Em relação à condição do município, a maior quantidade de pessoas que observaram os habitantes em situação de pobreza na cidade moram na capital ou nas periferias metropolitanas. Locais esses com mais de 50 mil habitantes.

Racismo, mulheres e questões de gênero

Os brasileiros notam diferença de tratamento entre pessoas negras e pessoas brancas, principalmente em shoppings, estabelecimentos comerciais, escolas ou universidades e em situações de trabalho, como processos seletivos, e até ao considerarem promoções de cargo.

A região em que mais as pessoas responderam o levantamento quanto a percepção de questões raciais foi o Sudeste.

O levantamento apontou também que o preconceito em função da orientação sexual ou identidade de gênero também é bastante comum no país, sendo os espaços públicos como ruas, praças, parques e praias os lugares de maior vulnerabilidade deste público

Quanto aos espaços públicos, a região Sudeste foi a que mais se destacou quando os entrevistados foram questionados sobre terem visto alguém sofrer preconceito em função da orientação. Já nas escolas e faculdades, as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste ficaram no topo da lista.

A pesquisa demonstrou também que quase metade das mulheres alegam ter sofrido algum tipo de assédio na vida e também é nos espaços públicos em que estão mais expostas à essas agressões, além de meios de transporte, bares e casas noturnas.

47% das mulheres, ou 42 milhões, declararam ter sofrido assédio em pelo menos um dos ambientes pesquisados e 2%, ou 1,8 milhão, disseram que sofreram assédio em todos os locais investigados: rua, espaço público, transporte público, casas noturnas, ambiente de trabalho, aplicativo de transporte particular e meio familiar.

Essas situações de preconceito de raça e cor, orientação sexual ou identidade de gênero e assédio contra as mulheres são menos frequentes ou percebidos na região Sul, destacou o estudo.

Internet
A necessidade de utilizar algum serviço público pela internet nos últimos 12 meses foi maior entre brasileiros de 16 a 44 anos, os mais instruídos, aqueles com renda familiar superior a 2 salários mínimos, e os que moram nas capitais ou cidades com mais de 500 mil habitantes.

Ao mesmo tempo, o levantamento destacou que já a participação em aulas remotas ou aulas pela internet foi mais significativa entre as pessoas quem tem de 16 a 44 anos, os mais instruídos e os que possuem renda familiar maior que 5 salários mínimos. Além da proporção ser maior entre as mulheres do que entre os homens.

Já a procura por algum serviço de saúde pela internet nos últimos 12 meses foi mais expressiva entre brasileiros com ensino superior, aqueles cuja renda familiar é superior a 5 salários mínimos, na região nordeste e entre quem vive em cidades com mais de 500 mil habitantes.