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Bocão 64

quinta-feira, 28 de julho de 2022

“Qual ameaça que eu estou oferecendo à democracia?”, diz Bolsonaro sobre carta


O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer críticas, nesta quinta-feira (28), ao manifesto pela democracia, assinado por personalidades de renome, e questionou que tipo de ameaça ele próprio estaria representando às instituições do país.

Em conversa com apoiadores em Brasília, Bolsonaro disse que a atitude de alguns banqueiros de assinar a carta é uma retaliação à implantação do sistema PIX — mesmo argumento citado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), para condenar o documento, na última terça (26).

“Foi no nosso governo a criação do PIX. Alguém falou ‘vamos taxar’, eu falei ‘não, não tem taxação não’.”

Esse negócio de carta aos brasileiros, à democracia, os banqueiros estão patrocinando. É o PIX, que eu dei uma paulada neles. Os bancos digitais, que nós facilitamos, também. Nós estamos acabando com o monopólio dos bancos. Eles estão perdendo poder. Carta pela democracia. Qual ameaça que eu tô oferecendo à democracia?”, questionou Bolsonaro.

O presidente já havia feito críticas à iniciativa, que surgiu da iniciativa de alunos, professores e diretoria da Faculdade de Direito da USP (FDUSP). Ontem, durante a convenção do PP, Bolsonaro disse que não precisa de “cartinha” para demonstrar seu apoio às instituições.

Com mais de 210 mil assinaturas até a manhã desta quinta-feira, a carta reúne personalidades de renome, ex-ministros do STF e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por exemplo. O documento não cita Bolsonaro.

A “Carta aos Brasileiros” será lida pelo ex-presidente do STF Celso de Mello em um ato na FDUSP, no largo São Francisco, em São Paulo, no dia 11 de agosto.

A divulgação do documento foi antecipada pelo analista da CNN Caio Junqueira.

Em entrevista à CNN nesta quarta, o diretor da FDUSP, Celso Fernandes Campilongo, afirmou que o manifesto é uma reação aos ataques a tribunais, ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas.

Segundo explicou, essa situação “tem claramente um intuito de gerar desconfiança em relação às instituições”.

*Publicado por Marcelo Tuvuca

Quarta dose da vacina contra a covid-19 pode dar reação mais forte?


Desde março, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação da segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19.

A chamada quarta dose —para quem iniciou a vacinação com Pfizer, CoronaVac ou AstraZeneca— é necessária porque a proteção contra a doença cai ao longo do tempo. E, assim como foi na aplicação de outras doses, algumas pessoas que estão recebendo o imunizante têm sofrido reações como febre e dores no corpo. Mas por que isso acontece? A quarta dose gera mais efeitos adversos? Explicamos a seguir.

Por que temos reação às vacinas?
Reações são algo totalmente normal e esperado ao receber qualquer imunizante —o que não significa que você sempre vá sofrer com efeitos adversos ao ser vacinado. As reações podem ocorrer pois, para que nosso organismo gere uma resposta imunológica, as vacinas provocam uma inflamação. Esse processo inflamatório é que pode causar sintomas como dor no braço, dor de cabeça ou no corpo, febre baixa, indisposição, diarreia etc.

"Qualquer vacina pode gerar reação, é esperado, o corpo reconhece aquilo como uma agressão e vai usar diferentes ferramentas para combatê-la", explica Marcelo Ducroquet, infectologista e professor da Universidade Positivo, em Curitiba (PR).

Os tipos e a intensidade dos sintomas variam de pessoa para pessoa e não querem dizer que a vacina gerou mais ou menos anticorpos.

A quarta dose dá reação mais forte?
Isso não é o esperado. Geralmente, após tomar uma vacina, as doses sequentes tende a provocar efeitos adversos mais fracos, pois o nosso organismo já conhece o antígeno e sabe que não precisa reagir tão fortemente a ele.

Em estudos com a Pfizer e a Moderna nos EUA, por exemplo, houve diminuição de efeitos colaterais a cada dose. "Talvez, quem tomar na quarta dose a mesma vacina que recebeu anteriormente não sinta nada ou tenha poucos efeitos adversos", diz Ducroquet.

Mas por que há gente sofrendo forte reação? Segundo Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), provavelmente, essas pessoas receberam na segunda dose de reforço um imunizante de fabricante diferente do que nas doses anteriores. Então, como o organismo ainda não teve contato com aquele antígeno específico, a reação inflamatória tende a ser mais forte.

"Mas são efeitos adversos leves, tranquilos e benignos", explica Diniz. Entre os sintomas mais comuns estão febre, dor de cabeça, dores no corpo e dor no local de aplicação, que costumam sumir em até dois dias e podem ser aliviados com uso de analgésicos. Entre prós e contras, os especialistas recomendam que, quem já pode, deve tomar o quanto antes a quarta dose.

"Os benefícios superam os riscos. A covid está deixando muitas sequelas, a possibilidade de um evento adverso pós-vacina é muito menor do que o risco de contrair a doença e ela evoluir de forma não esperada", afirma Lorena Diniz.

Além disso, baixas coberturas vacinais possibilitam a manutenção da circulação do vírus, o que permite a formação de novas cepas que podem gerar outros picos de infecção e mortes, como vimos com a ômicron.

É relaxante, mas será que banho muito quente faz mal? De que maneira?


No inverno, nos dias frios ou até mesmo depois de um dia exaustivo, poucas coisas são melhores que um bom banho quente, não é mesmo? Mas é preciso ter alguns cuidados e estabelecer limites.

Quando a água está muito quente, ela acaba trazendo consequências negativas para a pele, para os cabelos e até mesmo para o funcionamento interno do corpo. A temperatura média do corpo humano está em torno de 36ºC e 37ºC, quando somos expostos a temperaturas muito altas, essa temperatura é alterada e elevada.

Isso pode até mesmo impactar na pressão sanguínea. O aumento de pressão decorrida do calor altera o fluxo sanguíneo pelas veias e a circulação de oxigênio, causando tontura, falta de ar, dor de cabeça, entre outros sintomas.

Além disso, A pele resseca com a alta temperatura, podendo até mesmo desenvolver dermatites [inflamações cutâneas]. Qualquer doença de pele pode ser agravada por um banho muito quente. Nos cabelos, a oleosidade aumenta, predispondo à caspa.

Quais os malefícios para o cabelo?
Os problemas mais comuns são o aumento da oleosidade, a caspa e a queda. Os banhos muito quentes podem deixar seu cabelo sem brilho, opaco, fraco e quebradiço.

A melhor temperatura para os fios é sempre a água gelada, no máximo morna.

Quais os malefícios para a pele?
A pele é muito afetada pela alta temperatura do banho. A epiderme, parte superficial da pele, possui uma camada protetora que é "removida" quando entra em contato com a água muito quente. Sem essa proteção, a pele fica exposta.

A água muito quente ainda remove os óleos naturais da pele, dilata os poros e favorece a liberação de glândulas sebáceas, causando coceiras e favorecendo o surgimento de de acnes.

Outra coisa que pouca gente sabe é que, quando tomamos banho muito quente, o sangue que trabalhava na digestão precisa ser deslocado para a pele, afim de protegê-la; fazendo assim com que o processo digestivo fique prejudicado.

Qual a temperatura ideal para o banho?
Os especialistas em saúde afirmam que o banho morno é a melhor opção em qualquer estação do ano. Com a temperatura da água em torno de 37ºC, que se assemelha a nossa temperatura corporal. Mesmo assim, ele não deve durar mais do que 10 minutos —melhor ainda se for 5 minutos— para não ressecar a pele e economizar água.

Mas, o banho acima de 38ºC, tomado de forma moderada, também pode trazer benefícios como:

Relaxar os músculos: A temperatura quente do banho provoca vasodilatação. Ao ser ativada a circulação, chega mais oxigênio aos músculos, o que facilita o alívio de dores e tensão.

Combater o estresse: A parte emocional também pode ser beneficiada com um bom banho quente, já que ele auxilia na diminuição da ansiedade e do estresse.

Diminuir a obstrução nasal: Se você estiver com nariz entupido, o que é bastante comum em casos de rinite, sinusite, gripe ou resfriado, um banho quente pode ajudar, já que o ar quente e úmido, ao ser inalado, auxilia a abrir as cavidades nasais.

Eliminar células mortas: Não à toa um dos procedimentos da limpeza de pele é direcionar vapor para a área a ser tratada. O calor estimula a abertura dos poros e eliminação de células mortas.

Quando a vacina contra a varíola dos macacos deve estar disponível no Brasil?


A vacinação contra o vírus monkeypox, o causador da doença conhecida popularmente como varíola dos macacos, já está acontecendo em alguns países do Hemisfério Norte, como Reino Unido e Espanha.

Por ora, não existe nenhuma previsão certeira de quando as primeiras doses devem chegar ao Brasil — o Ministério da Saúde diz que mantém conversas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), para adquirir o imunizante.

Existe uma expectativa de que o decreto de emergência de saúde pública de importância internacional, feito pela OMS em 23 de julho, possa agilizar as negociações ou os processos regulatórios e garantir a proteção a alguns grupos específicos.

Entenda a seguir que vacinas são utilizadas, quem são os primeiros a tomar as doses e como autoridades nacionais e internacionais estão trabalhando para ampliar a oferta do imunizante contra o monkeypox.

A virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que os patógenos deste grupo (os orthopoxvirus) costumam conferir uma espécie de "proteção cruzada" — se você se infecta com um deles, o sistema imune gera uma resposta capaz de bloquear a invasão dos demais.

"Algumas cepas do vaccinia são pouco virulentas, o que as torna um alvo frequente de estudos para novas vacinas", diz a especialista.

O imunizante da Bavarian Nordic, que começou a ser utilizado há pouco para conter o monkeypox em algumas partes do mundo, se vale justamente dessa estratégia: ela traz o vírus vaccinia atenuado (mais "fraquinho"), que vai promover justamente essa imunidade cruzada.

Que vacina é essa?
Há cerca de uma década, a farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic desenvolveu um imunizante a partir do vírus vaccinia, que pertence à mesma família do smallpox (o causador da varíola humana) e do monkeypox.

Nos Estados Unidos, ela é conhecida como Jynneos. Já na Europa, o nome deste produto é Imvanex.

"Trata-se de um vírus tão atenuado que ele nem consegue se replicar nas células humanas. Mesmo assim, ele gera uma resposta imune que protege contra o monkeypox", explica Damaso.

A Jynneos/Imvanex é aplicada num esquema de duas doses, com um intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda.

Algumas autoridades locais estão optando por dar apenas uma dose por pessoa, dada a escassez desse imunizante no momento atual.

A própria Bavarian Nordic está ampliando sua capacidade produtiva e, segundo uma reportagem da agência de notícias financeiras Bloomberg no Reino Unido, está considerando iniciar uma operação emergencial, mantendo a fabricação por 24 horas ao dia, para atender o aumento da demanda por doses.

Além desta vacina, os Estados Unidos possuem uma segunda opção disponível, conhecida como ACAM2000. Ela, porém, não pode ser utilizada em alguns grupos com problemas no sistema imunológico.

Além desses dois recursos, há estudos demonstrando que pessoas vacinadas contra a varíola humana, causada pelo vírus smallpox, também estão mais protegidas do monkeypox.

Como o smallpox foi erradicado e não circula mais pelo mundo, a produção desses imunizantes em específico foi completamente paralisada e a campanha de vacinação não acontece desde o início dos anos 1980.

Mesmo assim, pessoas com mais de 40 anos que tomaram as doses contra a varíola humana durante a infância parecem manter um bom nível de proteção agora.