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Bocão 64

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Falta de acompanhamento psicológico nas escolas prejudica a educação


A Psicologia Escolar é uma área que se articula com a educação para proporcionar melhoria nos ambientes educacionais. De início, a relação da psicologia com educação tinha como tendência corrigir determinados problemas de aprendizagem do aluno a adaptá-lo à escola.

Mas com o desenvolvimento da psicologia enquanto ciência, novos estudos foram realizados e ratificou-se uma súplica de mudança da forma como a área estava sendo inserida nas escolas. 

A importância do acompanhamento psicológico e seu impacto na educação

Em suas análises, são incluídos fatores que vão além dos aspectos individuais, familiares e psicoafetivos. Dessa forma, a área contribui de maneira significativa para modificar positivamente o desempenho dos alunos, uma convergência em um ambiente escolar mais saudável para os estudantes, professores e funcionários. Logo, há uma necessidade da psicologia escolar de modo geral.  

Nos parâmetros infantis, a psicologia escolar influencia as relações que as crianças constroem, tendo a possibilidade de perceber questões como: comportamento e dificuldades apresentadas por transtornos. São trabalhadas, nas análises, dúvidas de identidade, sentimentos e individualidade, de acordo com o desenvolvimento infantil e psicológico, fases apresentadas pelas próprias crianças.  

A falta de acompanhamento psicológico na educação infantil pode causar problemas como: falta de adaptação, barreiras no rendimento escolar, isolamento, bullying, dislexia, hiperatividade e outros. Ou seja, problemas educacionais relacionados ao desempenho escolar, problemas sociais ou interpessoais relacionado ao comportamento ou aprendizado, transtornos que afetam o aprendizado, problemas de ambiente de ensino/estruturas. 

A presença do profissional de psicologia vai explorar e estudar as emoções, inteligência, percepções e processo de aprendizagem dos pequenos. Existe a abordagem mais usada nessa área que é a TCC (Terapia Cognitiva Comportamental), acompanhamento ao processo de aprendizagem (útil no ambiente escolar) e mostrando a necessidade do envolvimento de atividades educacionais e recreativas contextualizadas com o grau de desenvolvimento cognitivo das crianças (fundamental). Incluir o trabalho psicológico na escola é garantir a melhoria de todo corpo docente e discente.  


A importância de fazer um acompanhamento psicológico


A ajuda profissional para ter uma boa saúde mental, nunca foi tão comentada quanto agora. Isso porquê o cenário da Covid-19 e a quarentena trouxe à tona debates e mais estudos em torno dos temas. Então, é sobre isso que vamos falar neste post: a importância do acompanhamento psicológico.

Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipos, concedida para a BBC News, mostrou que 53% dos brasileiros afirmam que seu bem-estar mental piorou muito no último ano. Ou seja, consequências de uma pandemia global, seguida por um isolamento social e notícias ruins todos os dias.

Além disso, toda a sobrecarga trazida por este cenário impactou diretamente a saúde mental e consequentemente a saúde física de todos. Sendo assim, médicos e analistas já alertaram sobre as doenças que a ansiedade e depressão podem desencadear e, por isso, o tratamento psicológico é essencial. Deste modo, não tem idade certa e nem gênero. É para todos.

Vivemos em um momento extremamente delicado que requer mais carinho, atenção e responsabilidade emocional no dia a dia. E de fato, mais do que isso, entenda que: a sua imunidade psicológica é sua prioridade e um profissional, da área de saúde, poderá ajudar no bem-estar dela.

Logo, para ajudar a entender melhor sobre o tema, separamos 3 dos principais benefícios de procurar uma ajuda psicológica. Acompanhe:

Acompanhamento psicológicoInteligência Emocional

Acredite. Todos nós temos a capacidade de lidar com as nossas emoções, entretanto, em alguns casos, essa habilidade pode estar adormecida.

Por isso, um dos maiores benefícios da ajuda profissional é trabalhar a inteligência emocional na terapia. Sendo assim, é possível que o paciente consiga lidar melhor com suas emoções, além de ajudar nas tomadas de decisões importantes.

De fato, a inteligência emocional é uma habilidade imprescindível para quem tem ansiedade e depressão, e por isso deve ser trabalhada.


O que fazer para melhorar a inclusão nas escolas?


A inclusão de alunos com deficiência nas escolas brasileiras tem se constituído em um desafio para as instituições de ensino e os educadores, assim como, em alguns casos, tem se tornado um drama para as famílias dessas crianças e jovens. Os profissionais de ensino sentem-se despreparados e sem apoio para atender os alunos com deficiência, enquanto os pais e mães peregrinam para encontrar uma escola que reconheça e respeite os direitos educacionais dos seus filhos.

Foi ouvindo relatos emocionados de mães e pais que participam do Grupo de Formação Todos Juntos, um grupo de trabalho de inclusão da escola na qual sou diretor, que eu resolvi escrever este texto. No encontro do último dia 30 de setembro, pais e mães descreveram as situações enfrentadas para defender o direito dos seus filhos de frequentar a escola. Em alguns casos, eram relatos de cenas degradantes que caracterizavam flagrante desrespeito aos estudantes e suas famílias.

A partir dessas histórias ficou evidente que a inclusão nas escolas comporta graus de responsabilidade em múltiplas dimensões (políticas públicas, gestão escolar, pedagógica e familiar) e que é possível, no âmbito da unidade educacional, criar condições para que as crianças e jovens sejam bem atendidos e as famílias sintam-se acolhidas.             

Um pouco da história de inclusão na rede paulistana

Em 1951, foi criado na cidade de São Paulo o 1º Núcleo Educacional para Crianças Surdas, que depois passou a se chamar Escola Municipal de Educação Infantil e de 1º Grau de Deficientes Auditivos, e atualmente é denominada EMEBS Helen Keller. Entre o final da década de 1980 e início de 1990 são elaboradas diretrizes que orientam a política municipal paulistana de Educação Especial, propondo o apoio à escolarização de crianças com deficiência em classes comuns.

Em 2004, uma década depois da Declaração de Salamanca – Resolução da Nações Unidas que define princípios, políticas e práticas em Educação Especial –, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo regulamentou a sua política para este fim, por meio do Decreto nº 45.415 e da Portaria nº 5.718.

Os profissionais de ensino sentem-se despreparados e sem apoio para atender os alunos com deficiência, enquanto os pais e mães peregrinam para encontrar uma escola que reconheça e respeite os direitos educacionais dos seus filhos    Crédito: Getty Images

A inclusão de alunos com deficiência nas escolas brasileiras tem se constituído em um desafio para as instituições de ensino e os educadores, assim como, em alguns casos, tem se tornado um drama para as famílias dessas crianças e jovens. Os profissionais de ensino sentem-se despreparados e sem apoio para atender os alunos com deficiência, enquanto os pais e mães peregrinam para encontrar uma escola que reconheça e respeite os direitos educacionais dos seus filhos.

Foi ouvindo relatos emocionados de mães e pais que participam do Grupo de Formação Todos Juntos, um grupo de trabalho de inclusão da escola na qual sou diretor, que eu resolvi escrever este texto. No encontro do último dia 30 de setembro, pais e mães descreveram as situações enfrentadas para defender o direito dos seus filhos de frequentar a escola. Em alguns casos, eram relatos de cenas degradantes que caracterizavam flagrante desrespeito aos estudantes e suas famílias.

A partir dessas histórias ficou evidente que a inclusão nas escolas comporta graus de responsabilidade em múltiplas dimensões (políticas públicas, gestão escolar, pedagógica e familiar) e que é possível, no âmbito da unidade educacional, criar condições para que as crianças e jovens sejam bem atendidos e as famílias sintam-se acolhidas.             

Um pouco da história de inclusão na rede paulistana

Em 1951, foi criado na cidade de São Paulo o 1º Núcleo Educacional para Crianças Surdas, que depois passou a se chamar Escola Municipal de Educação Infantil e de 1º Grau de Deficientes Auditivos, e atualmente é denominada EMEBS Helen Keller. Entre o final da década de 1980 e início de 1990 são elaboradas diretrizes que orientam a política municipal paulistana de Educação Especial, propondo o apoio à escolarização de crianças com deficiência em classes comuns.

Em 2004, uma década depois da Declaração de Salamanca – Resolução da Nações Unidas que define princípios, políticas e práticas em Educação Especial –, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo regulamentou a sua política para este fim, por meio do Decreto nº 45.415 e da Portaria nº 5.718.

Atualmente, as escolas da rede municipal de São Paulo contam mais diretamente com o apoio do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (CEFAI), que disponibiliza estagiários remunerados para acompanhar crianças com mobilidade reduzida, e com o/a Professor/a de Atendimento Educacional Especializado (PAEE), a quem compete propiciar a participação efetiva das crianças com deficiência na escola, elaborar e executar o plano de ação específico, orientar os professores e demais profissionais e articular a participação das famílias, da gestão e da coordenação pedagógica no plano de inclusão da unidade escolar.

O que ainda tem prevalecido nas escolas   

As histórias relatadas revelam que as crianças e as suas famílias ainda estão enfrentando dificuldades nas escolas e, às vezes, as pessoas sequer se dão conta do preconceito ou da sua incompreensão sobre o significado da inclusão, como revela D.R., mãe da aluna M.H.:

“[...] Fui surpreendida por uma fala da professora em tom de elogio: ‘Você pegou a M.H. pra criar, mas cuida dela direitinho, ela vem sempre com o cabelo arrumado!’. Diante da fala da professora e do silêncio das coordenadoras, eu fiquei surpresa e receosa, pois sei que preconceito e discriminação não acontecem em categorias isoladas”.

D.R. conta, também, que durante a reunião de pais passou pela seguinte situação:

“[...] Peguei o boletim da minha filha e fui conversar individualmente com a professora. Ela me disse que o conceito ‘Satisfatório’ no boletim da minha filha era devido ao laudo dela. Perguntei ‘Como assim?’ e ela disse que minha filha jamais teria esse conceito se não fosse o relatório médico... E eu me vi diante de uma educadora que fadava minha filha ao fracasso, que sequer enxergava que ela pudesse minimamente acessar o currículo escolar. Era como se o laudo a rotulasse e definisse quem ela era e que eu não me preocupasse, pois o laudo garantia que o conceito dela fosse ‘Satisfatório’”.

Por fim, é importante lembrar que a política de inclusão dos alunos com deficiência é de responsabilidade de vários atores sociais, principalmente dos formuladores e dos gestores de políticas públicas, mas isso não significa que a falha de um justifica a omissão ou a negligencia dos demais, principalmente daqueles que estão na ponta do processo e atendem diretamente esses estudantes.

O que a experiência tem mostrado é que os bons exemplos de inclusão no Brasil vêm de profissionais e instituições que reconhecem o direito à Educação das crianças e jovens com deficiência, ainda que isso não exima a responsabilidade do poder público de criar as condições adequadas para a política de inclusão nas escolas.

Fonte: Claudio Neto / Brasil Escola


Canabidiol e autismo: existe comprovação de eficácia?


Muito se fala sobre o uso do canabidiol (CBD) para o tratamento de pessoas com autismo. De fato, a maioria das pessoas da comunidade, sejam eles autistas, pais, familiares ou cuidadores, já ouviram falar sobre isso. Existem muitos relatos do uso circulando pela internet, mas pouco se fala sobre os estudos a cerca do tema.

Neste artigo, falaremos sobre isso de forma abrangente, respondendo as seguintes perguntas:

O que é o canabidiol?
Canabidiol para que serve?
O uso é do canabidiol é seguro?
Existe comprovação da eficácia terapêutica?O uso no tratamento do autista funciona?
O que dizem os estudos?

Canabidiol e autismo: existe comprovação de eficácia?
Muito se fala sobre o uso do canabidiol (CBD) para o tratamento de pessoas com autismo. De fato, a maioria das pessoas da comunidade, sejam eles autistas, pais, familiares ou cuidadores, já ouviram falar sobre isso. Existem muitos relatos do uso circulando pela internet, mas pouco se fala sobre os estudos a cerca do tema.
O que é o canabidiol (CBD)

É uma das muitas substâncias presentes na planta cannabis, popularmente conhecida como maconha. Essas substâncias presentes na planta são chamadas de canabinoides, e agem sobre o sistema nervoso central.

Os medicamentos à base de cannabis são permitidos no Brasil desde 2020, no entanto, só podem ser adquiridos com prescrição médica. Apesar de ser extraído da maconha, o canabidiol (CBD) não produz efeitos de euforia e outros ligados ao uso recreativo da planta, pois durante a extração do CBD são filtradas e descartadas outras substâncias, como o Tetrahidrocanabinol (THC) por exemplo, que são responsáveis por tais efeitos.1

Canabidiol para que serve?

O potencial terapêutico do canabidiol pode beneficiar pacientes que tenham problemas como: ansiedade, insônia, epilepsia, dor crônica, etc. No entanto, ainda faltam estudos que esclareçam os mecanismos por trás desses benefícios e quais as dosagens mais adequadas para cada caso.

Estudos sugerem que o óleo de canabidiol pode auxiliar no tratamento da epilepsia. Isso certamente é animador para famílias com autistas que tenham essa comorbidade tão comum no TEA. Graças a interação da substância com os receptores do tipo CB1 do cérebro, o canabidiol é capaz de diminuir a frequência das crises convulsivas.

Apesar disso, ainda não existe um estudo que comprove totalmente sua a eficácia para esses casos, sendo prescritos apenas quando os outros medicamentos indicados para epilepsia não são capazes de controlar as crises de forma adequada.
Sabe aquele ditado popular que diz que a diferença entre um o remédio e um veneno está na dosagem? Então! Isso é verdade para a maioria das substâncias contidas nos medicamentos, e não é diferente com o canabidiol.

Em dosagens altas, efeitos indesejados podem aparecer, como cansaço e sono excessivo, diarreia, alterações no apetite e no peso, irritabilidade, vômitos e problemas respiratórios. No entanto, vale ressaltar que esses efeitos só costumam ocorrer quando há o uso indevido do produto, em altas concentrações e sem recomendação médica.

É seguro adquirir um óleo artesanal?

A comunidade médica não recomenda o uso de óleos canábicos artesanais. Eles costumam ser vendidos ilegalmente como alternativa mais barata e acessível para pessoas com menor poder aquisitivo, no entanto, nesses casos a procedência da planta e das substâncias presentes no produto, não são conhecidas, e isso pode ser muito perigoso para a saúde da pessoa que irá utilizar.

Apesar de a intensão de quem produz muitas vezes ser genuinamente boa, a falta de recursos torna muito difícil existir um real controle sobre as substâncias, ou seja: o óleo pode ter muito THC e causar efeitos prejudiciais e intensos, além de ser difícil saber se existe CBD suficiente no extrato, ou mesmo se ele não está concentrado demais, o que é ainda pior.

Além disso, por ser ilegal, não existe fiscalização. Então, o extrato pode estar contaminado e ser potencialmente tóxica.

Existe comprovação de eficácia terapêutica?

Atualmente, só existem estudos que comprovam a eficácia do canabidiol para tratar a epilepsia. É verdade que muitos outros benefícios da maconha medicinal são conhecidos, no entanto, lembre-se de que estamos falando aqui apenas sobre o canabidiol, uma das substâncias encontradas na planta, que geralmente é encontrado na forma de óleo.
Quando o óleo de canabidiol pode ajudar

Existem diversos relatos de pais que contam que seus filhos autistas que passaram a fazer o tratamento com o canabidiol para controle da epilepsia também tiveram melhoras nos quadros de ansiedade, irritabilidade, insônia e agressividade.

De fato, a substância é capaz de promover esse tipo de benefício, no entanto, pelo menos no Brasil, os médicos não costumam prescrever o CBD para esses fins, sendo ministrado apenas quando métodos convencionais não funcionam.

Qual o potencial do CBD para tratar pessoas com TEA

De fato, além dos benefícios já conhecidos, como os citados acima, existem relatos por todo mundo que apontam que o uso da cannabis medicinal promove uma melhora significativa no que se diz respeito ao comportamento, funcionalidade e qualidade de vida em pacientes do espectro. Além disso, existem especulações sobre a ação dos canabinoides influenciarem nos sintomas centrais do transtorno, como na interação social, por exemplo.

Ainda que seja extremamente importante dar atenção e investigar esses relatos, vale lembrar que relatos não substituem estudos que comprovem esses benefícios. Veja, não estamos dizendo que esses relatos são falsos, mas sim que faltam estudos que comprovem que a razão para a melhora desses quadros é a administração do óleo. Sendo assim, temos que apoiar a ciência e torcer para que essas questões sejam respondidas nos próximos anos.