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Bocão 64

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Plataforma gratuita apoia desenvolvimento socioemocional de professores

Entre os muitos desafios a serem enfrentados pelos professores e professoras, aqueles relacionados aos aspectos socioemocionais representam uma parcela significativa. Isso é demonstrado a cada nova matéria que fazemos a respeito de acolhimento na escola ou sobre gestão escolar.

O Instituto Ayrton Senna lançou recentemente uma plataforma para quem busca recursos sobre a questão socioemocional dos professores: a “Humane”, espaço voltado para compartilhar experiências dentro e fora da sala de aula. 

O objetivo, de acordo com o Instituto, é oferecer aos educadores um espaço para aprender, ensinar, compartilhar e cocriar experiências de desenvolvimento para fortalecer práticas, carreiras e, consequentemente, a educação brasileira. 

Como primeira ação, a plataforma liberou dois cursos. O primeiro deles, chamado de “Socioemocional de professores”, sugere uma perspectiva integral do assunto. A jornada de desenvolvimento inclui um instrumento avaliativo, para que o professor sistematize quais aspectos deseja trabalhar, além de trilhas formativas que trabalham macrocompetências como autorregulação das emoções, conexões com o outro e inventividade, por exemplo. Há, também, um espaço chamado “Diário de Bordo”, no qual é possível compartilhar pensamentos, ideias e objetivos. 

Em um segundo curso liberado nesta primeira fase,”Alfabetização 360“, há uma Biblioteca de Alfabetização. Nela, há ferramentas para o processo da aprendizagem inicial da leitura e escrita, sem perder de vista as competências socioemocionais e o conceito de educação integral. 

Há, também, um trecho dedicado à implementação do conceito na escola. Esta área traz avaliações diagnósticas e trilhas de gestão da aprendizagem com foco em alfabetização inicial e desenvolvimento socioemocional. 

Educação financeira nas escolas impacta alunos, professores e famílias


O número de brasileiros endividados no país bateu recorde histórico em abril de 2021. Segundo um estudo da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 46% da população teve a renda reduzida no ano passado. A crise econômica traz o alerta para a educação financeira. Tanto que, dia após dia, tem se multiplicado o número de plataformas e canais no YouTube, por exemplo, dedicados ao assunto. Esses ensinamentos, entretanto, não precisam acontecer apenas na vida adulta – podem começar desde a educação básica.

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o estudo de conceitos básicos de economia e finanças é um dos aspectos das aulas de matemática para o ensino fundamental. Nesse contexto, algumas possibilidades envolvem discussões sobre taxas de juros, inflação, aplicações financeiras e impostos, o que também pode acontecer de forma interdisciplinar, envolvendo debates sobre as dimensões culturais, sociais, políticas, psicológicas e econômicas a respeito da relação entre consumo, trabalho e dinheiro.

Esse debate é, inclusive, a proposta do Programa Nacional de Educação Financeira nas Escolas, uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada com o objetivo de incentivar o tema entre crianças e jovens de todo o Brasil. Lançada recentemente, a iniciativa visa capacitar mais de 500 mil professores ao longo de três anos, para que possam alcançar mais de 25 milhões de estudantes da educação básica.

A ideia é que professores do ensino fundamental e médio possam realizar cursos em uma plataforma online e trabalhar esses conhecimentos com suas turmas, incentivando uma cultura de planejamento, prevenção, poupança, investimento e consumo consciente.
Uma das formações tem como público prioritário professores do 9º ano. O curso aborda cinco grandes temáticas: finanças pessoais, matemática financeira, atitudes empreendedoras, desenvolvimento de técnicas comportamentais e projetos de vida.

O contexto recente da pandemia de Covid-19, que impactou as finanças de inúmeras famílias pelo Brasil, bem como a frequência e engajamento de crianças e jovens com os estudos e o baixo grau de educação financeira apontado por diversas pesquisas foram alguns dos motivadores para a criação da iniciativa.

Na ocasião, representantes do governo comentaram a importância da educação financeira desde cedo para o desenvolvimento de cidadãos com mais liberdade, autoestima e bem-estar. “Em nosso país, muito se fala em dinheiro, ou melhor, na falta dele, e pouca orientação educativa sobre finanças é dada pelos mais diversos segmentos da sociedade, o que acaba limitando as oportunidades dos indivíduos prosperarem. Poupar é fundamental para atingir objetivos mais audaciosos. É preciso inserir logo, de maneira lúdica, os conceitos básicos de educação financeira na realidade das crianças, para que no futuro tenham a facilidade de lidar com situações reais”, comentou Mauro Rabelo, secretário de educação básica do MEC.

Crianças aprendem, todos aprendem 

Outra iniciativa que visa levar mais conhecimentos sobre finanças para crianças e jovens é o Aprender Valor, do Banco Central do Brasil (BC). Destinado a escolas e redes municipais e estaduais de educação, especificamente ao ensino fundamental, o programa propõe projetos escolares que integrem a educação financeira a diferentes componentes curriculares, a partir de sequências didáticas com atividades sobre planejamento do uso de recursos, poupança, entre outras.

O programa se conecta diretamente à cidadania financeira, um dos seis objetivos estratégicos do Banco Central, além de estar alinhado à educação financeira, um dos pilares da Agenda BC. “Desde 2003, o BC vem atuando na promoção e disseminação de conteúdos para a educação financeira de jovens e adultos a partir de cursos, vídeos, cartilhas e outras publicações no Portal Cidadania Financeira”, explica Ronaldo Vieira da Silva, chefe adjunto do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC.