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Bocão 64

sábado, 3 de setembro de 2022

O que dizem as pesquisas eleitorais a um mês das eleições


Um levantamento feito por Caio Junqueira e Ludmila Candal, da CNN, mostra que todos os presidenciáveis que lideravam a pesquisa de intenção de voto do Datafolha divulgada a um mês das eleições foram eleitos — desde o primeiro pleito após a redemocratização. No agregador de pesquisas CNN/Locomotiva, atualmente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os dados foram apresentados durante o quadro Arena Eleições na quinta-feira (1º).
Pesquisa Folha/Globo/Datafolha divulgada na quinta-feira (1º) mostra o ex-presidente Lula na liderança, com 45% das intenções de voto na corrida pelo Palácio do Planalto. Bolsonaro tem 32%, Ciro Gomes (PDT), 9%, e Simone Tebet, 5%. O primeiro turno das eleições acontece em 2 de outubro.

A Datafolha divulgada a um mês do primeiro pleito, em 18 de outubro de 1989, apontava Fernando Collor (então do PRN) com 26% das intenções de voto. Leonel Brizola (PDT) e Lula apareciam com 15%.

No primeiro turno, que aconteceu em 15 de novembro daquele ano, Collor (30%) e Lula (17%) foram escolhidos pelas urnas para disputar o segundo turno. Mais tarde, o candidato do PRN seria eleito, com 53% dos votos válidos.

Em 29 de agosto de 1994 era divulgada uma pesquisa Datafolha para o pleito daquele ano. Fernando Henrique Cardoso (PSDB), alavancado pelo sucesso do Plano Real, aparecia com 44%; Lula, com 23%. O tucano seria eleito em primeiro turno, no dia 3 de outubro, com 54%.

Quatro anos mais tarde, a Datafolha de 2 de setembro de 1998 mostrava FHC com 46% e Lula com 27%. Nas eleições, em 4 de outubro, FHC foi reeleito (53%). Caio Junqueira afirma que o pleito de 1998 — assim como o de 2006 e o de 2014 — é comparável ao de 2022, por ter um presidente em busca de recondução, com a máquina pública a seu favor.

A Datafolha de 9 de setembro de 2002 mostrava Lula com 40%, e José Serra (PSDB) com 21%. Ambos foram para o segundo turno, com 46 e 23%, respectivamente. No confronto direto, o petista se elegeu com 61% dos votos válidos.

Um mês antes do pleito de 2006, em 05 de setembro, Lula tinha 51% — alavancado pelo impacto do Bolsa Família —, e Geraldo Alckmin (PSDB), 27%. O petista (48%) e o tucano (41%) seriam escolhidos em 1º de outubro. Lula venceu o segundo turno, com 61%.

Em 03 de setembro de 2010, a pesquisa mostrou Dilma Rousseff (PT) com 50% e José Serra com 20%.Eles receberam 46% e 32% dos votos, respectivamente, e foram ao segundo turno. A petista seria então eleita com 56%.

Quatro anos depois, a Datafolha de 03 de setembro de 2014 mostrava Dilma com 35% e Marina Silva (PSB) com 34%. A popularidade da pessebista foi impulsionada pela morte de Eduardo Campos (1965-2014), então presidenciável de sua sigla. Ela, porém, sequer chegaria ao segundo turno. A petista (41%) e o tucano (33%) foram os escolhidos em 5 de outubro. Com 51%, Dilma foi reeleita no confronto direto.

A um mês das eleições de 2018, em 7 de outubro, Jair Bolsonaro (na época, do PSL) tinha 24%. Fernando Haddad (PT) — que substituia Lula, na época preso—, aparecia com 9%. Ambos iriam ao segundo turno, com 46% e 29%, respectivamente, nas eleições de 7 de outubro. O atual presidente foi eleito com 55%.

Caio Junqueira pontua que as eleições de 2018 foram “disruptivas”, visto a vitória de Bolsonaro, com apenas seis segundos de horário eleitoral gratuito e a proporção de sua sigla. “Se o Bolsonaro ganhar nesse ano, sob esse aspecto [das pesquisas], seria também uma eleição disruptiva”, completa. 

Vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofre atentado em Buenos Aires; suspeito é brasileiro e está detido

A vice-presidente Cristina Kirchner, sofreu um atentado na porta de sua casa em Buenos Aires, por volta das 21h desta quinta-feira (1).

De acordo com a Polícia Federal Argentina, um homem brasileiro, identificado como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido. Ele é apontado pela polícia como o autor da tentativa de disparo.

Vídeos das pessoas que estavam próximo à aglomeração ao redor da vice-presidente flagraram o momento em que um homem aponta a arma para a cabeça de Cristina e atira. Ela chega a levar as mãos para a cabeça, mas a arma falha.

Segundo o presidente da Argentina Alberto Fernández, a pistola .380, tinha cinco projéteis e não disparou apesar de ter sido acionada.

Centenas de pessoas se reuniram próximo da casa de Cristina para demonstrar apoio. A vice-presidente está em meio a um julgamento por corrupção.

Fernández declarou feriado nacional em solidariedade à Kirchner. Ainda disse que o ataque “merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina. De todos os setores políticos. De todos os homens e mulheres da república, porque esses fatos afetam nossa democracia”
O ministro da Economia do país, Sergio Massa, em seu perfil no Twitter chamou o incidente de “tentativa de assassinato”.

“Quando o ódio e a violência prevalecem sobre o debate, as sociedades são destruídas e situações como estas surgem: tentativa de assassinato”, disse o ministro em um tuíte.

O diretor da Agência Federal de Inteligência, em entrevista à Televisión Pública, afirmou que as forças policiais tentam solucionar o caso o mais rápido possível.

“Estamos colaborando para esclarecer o mais rapidamente isso e ver a totalidade do acontecimento, em que tentaram assassinar a vice-presidenta Cristina Kirchner. É um desastre, estamos tentando dar conta de entender o significado deste ato que tem tanta transcendência, que vai impactar em todo o cenário político argentino”, afirmou.

Justiça eleitoral determina busca e apreensão na casa de Sergio Moro

A Justiça Eleitoral cumpriu neste sábado (3) mandados de busca e apreensão na casa do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), candidato ao Senado pelo Paraná. A CNN teve acesso à decisão, que está sob segredo de Justiça.

A medida, determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado, teve o objetivo de apreender materiais de campanha irregulares. A decisão acatou um pedido da coligação formada por PT, PC do B e PV.

Os partidos alegam que os materiais violam a legislação eleitoral, porque o tamanho da fonte do nome de Moro está desproporcional ao tamanho da dos nomes dos suplentes.

A decisão requer que “seja determinado aos REPRESENTADOS a remoção imediata da veiculação de todo e qualquer material de propaganda eleitoral que utilize a logomarca aqui apontada de suas páginas oficiais na internet, especificamente nos endereços apontados, sob pena de multa diária e por descumprimento”.

Em nota, a defesa de Moro negou as irregularidades e disse que vai pedir que a decisão seja reconsiderada.

“A busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular. Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão.”

Segundo a defesa, os mandados foram cumpridos na casa de Moro, porque esse é o endereço registrado na candidatura.

“A busca e apreensão foi feita na residência, uma vez que o endereço foi indicado no registro da candidatura. No local, nada foi apreendido.”

Em suas redes sociais, Moro afirmou que “repudia a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”.

Lula promete novos ministérios, e Bolsonaro rebate campanha petista


Os candidatos à Presidência que lideram as pesquisas de intenção de voto voltaram a fazer promessas de campanha neste sábado (3). Ao cumprir agenda no Maranhão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que pretende criar novos ministérios voltados à área social e ao meio ambiente.

“Nós vamos recriar o Ministério das Mulheres. Nós vamos criar um Ministério dos Povos Originários para que a gente possa ter pessoas sempre marginalizadas também com o ministério. A gente vai retirar o ministério da pesca porque não pode ter a pesca no Ministério da Agricultura”, afirmou o petista durante visita ao movimento das quebradeiras de coco do Maranhão.

Lula ainda defendeu a criação de um Ministério da Igualdade Racial e disse que não quer “construir uma sociedade de pobres”, mas buscar “salto de qualidade de vida das pessoas”. “Quero que todo mundo tenha o direito de ter o mínimo necessário”, explicou.
Durante pronunciamento em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, Jair Bolsonaro (PL) rebateu a campanha de Lula, que tem afirmado que a prisão do petista foi uma armação. Segundo Bolsonaro, o ex-presidente “vive de mentiras”.

“Então a devolução dos seis bilhões de reais por parte dos delatores? Ele vive de mentiras. (…) Se ele não está roubando, está mentindo. Se não está mentindo, está roubando. Às vezes, ele está fazendo as duas coisas ao mesmo tempo. (…) Eu estava dentro do parlamento, assisti a muita coisa lá dentro, ele loteava tudo, segundo o próprio Palocci. A Petrobras foi loteada em troca de apoio político”, disse Bolsonaro.
Em evento em Serra, no Espírito Santo, Ciro Gomes (PDT) voltou a dizer que o modelo econômico do governo de Bolsonaro é o mesmo implementado por Lula e Dilma Rousseff (PT). O pedetista disse que os ex-presidentes, assim como o atual, eram pautados por “câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação”.

“O que nós temos que discutir aqui é um modelo, é como é que a política se organiza e como é que a política organiza a economia. E aí lamentavelmente são rigorosamente a mesma proposta. Quer ver? Preste bem atenção, o modelo econômico do Bolsonaro: câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação. A gente não precisa entender isso não, mas esse é o modelo. Segundo, qual era o modelo da Dilma: câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação. Terceiro, qual é o modelo do Lula: câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação”.

O pedetista ainda voltou a defender a criação de um programa de renda mínima. Segundo ele, nenhum brasileiro pode viver com “menos de R$ 417” por mês.

A candidata pelo MDB à Presidência da República, Simone Tebet, esteve em Belém neste sábado. Durante visita a uma usina, ela falou sobre os planos para combater o desmatamento ilegal na região da Amazônia. Tebet disse que pretende dar melhores condições aos órgãos de fiscalização, além de possibilitar oportunidades de emprego para os moradores locais.

“Desmatamento ilegal zero. Nós devolveremos os órgãos de fiscalização e controle. Dando não só efetivo, mas condições para eles fazerem o dever de casa. E lembrando, isso é muito importante, que é uma integração. É lavoura, pecuária e floresta em pé. Lembrando que aqui temos quase 30 milhões de brasileiros que precisam da dignidade do emprego. Isso é possível sem derrubar uma única árvore”, afirmou.