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sábado, 3 de setembro de 2022

O que dizem as pesquisas eleitorais a um mês das eleições


Um levantamento feito por Caio Junqueira e Ludmila Candal, da CNN, mostra que todos os presidenciáveis que lideravam a pesquisa de intenção de voto do Datafolha divulgada a um mês das eleições foram eleitos — desde o primeiro pleito após a redemocratização. No agregador de pesquisas CNN/Locomotiva, atualmente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os dados foram apresentados durante o quadro Arena Eleições na quinta-feira (1º).
Pesquisa Folha/Globo/Datafolha divulgada na quinta-feira (1º) mostra o ex-presidente Lula na liderança, com 45% das intenções de voto na corrida pelo Palácio do Planalto. Bolsonaro tem 32%, Ciro Gomes (PDT), 9%, e Simone Tebet, 5%. O primeiro turno das eleições acontece em 2 de outubro.

A Datafolha divulgada a um mês do primeiro pleito, em 18 de outubro de 1989, apontava Fernando Collor (então do PRN) com 26% das intenções de voto. Leonel Brizola (PDT) e Lula apareciam com 15%.

No primeiro turno, que aconteceu em 15 de novembro daquele ano, Collor (30%) e Lula (17%) foram escolhidos pelas urnas para disputar o segundo turno. Mais tarde, o candidato do PRN seria eleito, com 53% dos votos válidos.

Em 29 de agosto de 1994 era divulgada uma pesquisa Datafolha para o pleito daquele ano. Fernando Henrique Cardoso (PSDB), alavancado pelo sucesso do Plano Real, aparecia com 44%; Lula, com 23%. O tucano seria eleito em primeiro turno, no dia 3 de outubro, com 54%.

Quatro anos mais tarde, a Datafolha de 2 de setembro de 1998 mostrava FHC com 46% e Lula com 27%. Nas eleições, em 4 de outubro, FHC foi reeleito (53%). Caio Junqueira afirma que o pleito de 1998 — assim como o de 2006 e o de 2014 — é comparável ao de 2022, por ter um presidente em busca de recondução, com a máquina pública a seu favor.

A Datafolha de 9 de setembro de 2002 mostrava Lula com 40%, e José Serra (PSDB) com 21%. Ambos foram para o segundo turno, com 46 e 23%, respectivamente. No confronto direto, o petista se elegeu com 61% dos votos válidos.

Um mês antes do pleito de 2006, em 05 de setembro, Lula tinha 51% — alavancado pelo impacto do Bolsa Família —, e Geraldo Alckmin (PSDB), 27%. O petista (48%) e o tucano (41%) seriam escolhidos em 1º de outubro. Lula venceu o segundo turno, com 61%.

Em 03 de setembro de 2010, a pesquisa mostrou Dilma Rousseff (PT) com 50% e José Serra com 20%.Eles receberam 46% e 32% dos votos, respectivamente, e foram ao segundo turno. A petista seria então eleita com 56%.

Quatro anos depois, a Datafolha de 03 de setembro de 2014 mostrava Dilma com 35% e Marina Silva (PSB) com 34%. A popularidade da pessebista foi impulsionada pela morte de Eduardo Campos (1965-2014), então presidenciável de sua sigla. Ela, porém, sequer chegaria ao segundo turno. A petista (41%) e o tucano (33%) foram os escolhidos em 5 de outubro. Com 51%, Dilma foi reeleita no confronto direto.

A um mês das eleições de 2018, em 7 de outubro, Jair Bolsonaro (na época, do PSL) tinha 24%. Fernando Haddad (PT) — que substituia Lula, na época preso—, aparecia com 9%. Ambos iriam ao segundo turno, com 46% e 29%, respectivamente, nas eleições de 7 de outubro. O atual presidente foi eleito com 55%.

Caio Junqueira pontua que as eleições de 2018 foram “disruptivas”, visto a vitória de Bolsonaro, com apenas seis segundos de horário eleitoral gratuito e a proporção de sua sigla. “Se o Bolsonaro ganhar nesse ano, sob esse aspecto [das pesquisas], seria também uma eleição disruptiva”, completa. 

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