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Bocão 64

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Cerca de 65,2 % dos municípios não têm medicamentos básicos nas farmácias, diz pesquisa


Mais da metade das farmácias brasileiras enfrentam falta de medicamentos básicos, de acordo com a segunda edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), realizada entre os dias 1º e 29 de agosto.

O levantamento consultou 3.178 municípios que representam 57,1% do total de cidades. Os fármacos que mais estão em falta são antibióticos, em 89,4% das cidades, e medicamentos para transtornos respiratórios, representando 55,2% do total de municípios que participaram da pesquisa.

A escassez de medicamentos para o sistema nervoso chega a 41,9% em componentes básicos, já para componentes especializados a falta bate 41,7% dos lugares pesquisados. Os anti-hipertensivos com componentes básicos somam 40,5%, para o controle da diabetes a falta é um pouco menor com 33,4% dos municípios que responderam a pesquisa. Além disso, 23,7% dos participantes da pesquisa dizem que faltam outros medicamentos.

Para 57% das gestões municipais, não há prazo para normalizar o abastecimento desses medicamentos. Já para 27% dos gestores, a normalização deve acontecer entre 30 a 60 dias e 14% das gestões alegam que não há desabastecimento.

O presidente da CNM avaliou a situação como crônica: “É claro que não podemos negar que ainda podemos sentir os efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia, mas não podemos justificar a omissão da área pública para resolver esse que é um problema gravíssimo e já se tornou crônico”, afirmou.

A CNM também questionou os municípios sobre a falta de medicamentos de alto custo, que são de responsabilidade dos estados e da União, e para 60,4% das cidades eles estão em falta.

Para 65,5% das administrações, não há prazo para acontecer o abastecimento dos medicamentos de componentes específicos e para 15,2% delas a normalização pode acontecer em até 30 dias.

Comparando o primeiro levantamento da CNM com o segundo é possível perceber uma melhora no abastecimento. Na primeira pesquisa, 81,4% dos municípios sofriam com desabastecimento. Agora, esse número é de 65,2%. Porém a falta de dados para a normalização do abastecimento de medicamentos básicos ainda atinge 57% dos municípios, enquanto 65,5% dos municípios relatam falta de medicamentos especializados.

A CNM afirma se preocupar com a situação atual, pois a população pode ser afetada no controle da diabetes por exemplo, e quadros infecciosos tratados com com antibióticos leves, que poderiam ser tratados em casa, podem levar ao aumento de internações hospitalares.

Outros itens como medicamentos para o sistema nervoso do componente básico 41,9%; medicamentos para o sistema nervoso do componente especializado 41,7%; anti-hipertensivos do componente básico 40,5%; medicamentos para controle da diabetes do componente básico 33,4%, e 23,7% dos municípios responderam que ainda faltam outros medicamentos.

Pesquisa Ideia para presidente: Lula tem 49% dos votos válidos; Bolsonaro, 38%


Pesquisa Exame/Ideia para presidente divulgada nesta quinta-feira (29) mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 49% dos votos válidos; Jair Bolsonaro (PL) tem 38%.

Os votos válidos, que excluem os votos em branco e nulos, determinam o resultado das eleições. Nas disputas para presidente e governador, o candidato que atinge mais de 50% dos votos válidos vence as eleições no primeiro turno. Caso nenhum alcance esse percentual, é realizado um segundo turno.

Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 7%; e Simone Tebet (MDB), com 5%. Outros candidatos somam 1% dos votos válidos.

A pesquisa ouviu 1.500 pessoas por telefone entre os dias 23 e 28 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Ela foi registrada na Justiça Eleitoral com a sequência BR-09782/2022.

Primeiro turno – votos válidos
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 49%
Jair Bolsonaro (PL) – 38%
Ciro Gomes (PDT) – 7%
Simone Tebet (MDB) – 5%
Outros – 1%

No cenário em que todas as respostas são consideradas, Lula tem 47% das intenções de voto, e Bolsonaro, 37%. Na sequência aparecem Ciro Gomes, com 6%, e Simone Tebet, com 5%.

Felipe D’Avila (Novo), Vera Lúcia (PSTU), Soraya Thronicke (União Brasil), Eymael (DC), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP) e Padre Kelmon (PTB) não atingiram 1%. Votos brancos ou nulos somaram 1%, e os que não sabem ou não responderam, 3%.

Primeiro turno – votos totais
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 47%
Jair Bolsonaro (PL) – 37%
Ciro Gomes (PDT) – 6%
Simone Tebet (MDB) – 5%
Felipe d’Avila (Novo) – 0,4%
Vera Lúcia (PSTU) – 0,2%
Soraya Thronicke (União) — 0,2%
José Maria Eymael (Democracia Cristã) – 0,1%
Sofia Manzano (PCB) – 0,1%
Leonardo Péricles (UP) – 0,1%
Padre Kelmon (PTB) – 0,1%

Segundo turno – votos totais
A pesquisa também analisou cenários de segundo turno. No principal, entre Lula e Bolsonaro, o candidato petista aparece na frente com 52% das intenções de voto, contra 41% do atual presidente. Brancos e nulos representam 4%, e os que não sabem ou não responderam, 3%.

Cenário 1
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 52%
Jair Bolsonaro (PL) – 41%
Ninguém/Branco/Nulo – 4%
Não sabem – 3%
Cenário 2
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 53%
Simone Tebet (MDB) – 20%
Ninguém/Branco/Nulo – 23%

Beber café pode reduzir o risco de doenças cardíacas e morte precoce, diz estudo


Beber duas a três xícaras por dia da maioria dos tipos de café pode protegê-lo de doenças cardiovasculares e uma morte precoce, segundo um novo estudo.

“Os resultados sugerem que a ingestão leve a moderada de café moído, instantâneo e descafeinado deve ser considerada parte de um estilo de vida saudável”, disse o autor do estudo, Peter Kistler, chefe de pesquisa de eletrofisiologia clínica do Baker Heart and Diabetes Institute e chefe de eletrofisiologia do Alfred, Hospital em Melbourne.

Pesquisadores descobriram “reduções significativas” no risco de doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva e acidente vascular cerebral para todos os três tipos de café. No entanto, apenas café moído e instantâneo com cafeína reduziu o risco de batimentos cardíacos irregulares chamados arritmia. O café descafeinado não diminuiu esse risco, de acordo com o estudo publicado quarta-feira (28) no European Journal of Preventive Cardiology.

Estudos anteriores também descobriram que quantidades moderadas de café preto – entre 3 e 5 xícaras por dia – demonstraram reduzir o risco de doenças cardíacas, bem como Alzheimer, Parkinson, diabetes tipo 2 , doenças hepáticas e câncer de próstata.

“Este manuscrito se soma ao corpo de evidências de ensaios observacionais que associam o consumo moderado de café à cardioproteção, o que parece promissor”, disse Charlotte Mills, professora de ciências nutricionais da Universidade de Reading, no Reino Unido, em um comunicado. No entanto, este estudo, como muitos no passado, foi apenas observacional por natureza e, portanto, não pode provar uma causa e efeito diretos, acrescentou Mills, que não esteve envolvido no estudo.

“O café faz você saudável ou as pessoas inerentemente mais saudáveis ​​consomem café?” ela perguntou. “Ensaios controlados randomizados são necessários para provar a relação entre café e saúde cardiovascular”.

Pesquisa revela que 54% das mulheres subestimam importância da mamografia


O Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia como método de rastreamento para o câncer de mama, ou seja, exame de rotina, para mulheres sem sinais e sintomas na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.

De acordo com o ministério, o Instituto Nacional de Câncer e a Sociedade Brasileira de Mastologia, o autoexame das mamas não é mais uma técnica recomendada às mulheres para rastreamento da doença. A orientação tem como base diversos estudos sobre o tema que demonstraram baixa efetividade e possíveis danos associados a essa prática.

No entanto, o autoexame ainda é considerado por muitas mulheres a principal forma de detectar tumores de mama precocemente. É o que aponta uma levantamento realizado pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) com 1.397 mulheres, a pedido da Pfizer. Foram entrevistadas moradoras de cidade de São Paulo e das regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal, com 20 anos ou mais de idade.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o autoexame é indicado como autoconhecimento em relação ao próprio corpo, mas não deve substituir os exames realizados ou prescritos pelo médico, já que muitas lesões, ainda pequenas, não são palpáveis. De acordo com a pesquisa do Ipec, 64% das mulheres consultadas afirmaram acreditar que o procedimento seria o principal meio para o diagnóstico do câncer de mama em seu estágio inicial.

Além de desencontros sobre o papel do autoexame, a maioria das mulheres ouvidas pela pesquisa também demonstra desconhecer as recomendações médicas para a realização da mamografia. O exame pode revelar possíveis lesões nos seios, especialmente em mulheres após a menopausa, além de detectar tumores menores que 1 cm.

Para 54% das mulheres que responderam ao inquérito, não está clara a necessidade de passar pelo procedimento caso outros exames, como o ultrassom das mamas, não indiquem alterações: 38% disseram acreditam que a mamografia deve ser feita apenas mediante achados suspeitos em outros testes, enquanto 16% não souberam opinar.

Cerca de 51% das participantes também não estão cientes da regularidade do exame. Já 30% das entrevistadas estão convencidas de que, após um primeiro exame com resultado normal, a mulher estaria liberada para realizar apenas o autoexame em casa, enquanto 21% da amostra afirma desconhecer qual seria a orientação correta.

“Ao fazer a apalpação e não encontrar nada, a mulher pode acreditar que as mamas estão saudáveis e deixar de fazer avaliações de rotina que detectariam um possível tumor precocemente. Quando a doença é diagnosticada no estágio inicial, ela é mais fácil de tratar, o que melhora o prognóstico e contribui para a redução da mortalidade”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

Atualmente, os tumores de mama são a principal causa de morte por câncer entre as mulheres. Em outra frente, o levantamento também aponta que 33% das mulheres
ouvidas não têm informações adequados sobre a relação entre a idade e o câncer de mama: 10% nada sabem ou preferem não opinar a esse respeito, enquanto 8% acreditam que aquelas com 40 anos ou menos não precisam se preocupar com a doença e 13% estão convencidas de que as mulheres devem iniciar os exames de rastreamento apenas quando entram na menopausa.

Impactos da pandemia

Os dados da pesquisa indicam que o contexto da pandemia de Covid-19 continua a impactar o cuidado com a saúde feminina.

Quando questionadas sobre os exames mamários feitos nos últimos 18 meses, 48% das participantes do levantamento responderam que não realizaram procedimentos com acompanhamento médico: 21% recorreram ao autoexame e 27% não passaram por nenhuma avaliação nesse período.

Considerando o total da amostra, apenas 34% das respondentes afirmam ter mantido a mamografia nos últimos 18 meses, número que cai para 26% tanto no Distrito Federal quanto em Belém. Quando se trata dos cuidados gerais de saúde, somente 17% das mulheres ouvidas pelo Ipec dizem que, durante a pandemia, realizaram seus exames de rotina com a mesma frequência habitual que mantinham anteriormente à Covid-19. Em Belém esse porcentual oscila negativamente para 11%. Além disso,
23% das entrevistadas nessa região afirmam ter retomado sua rotina de consultas e exames apenas neste ano.


O novo levantamento aponta, ainda, que uma porcentagem considerável de mulheres ainda não retomou suas consultas médicas e exames desde que a pandemia começou: essa é a situação de 7% das participantes, mas a taxa chega a 9% em Porto Alegre e no Recife.

“Temos discutido o afastamento das pessoas de seus cuidados médicos de rotina desde o começo da pandemia.