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Bocão 64

domingo, 28 de agosto de 2022

Remédio 3 em 1 reduz o risco de problemas cardiovasculares, diz estudo

Pacientes mais velhos com doenças cardíacas que tomaram uma combinação de “polipílula” composta por três medicamentos diferentes tiveram um risco menor de eventos cardiovasculares relevantes, de acordo com um novo estudo publicado sexta-feira (26) no New England Journal of Medicine e apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, na Espanha.

Os autores do estudo, liderados pelo pesquisador Valentin Fuster, diretor do Mount Sinai Heart em Nova York e diretor-geral do Centro Nacional Espanhol de Pesquisa Cardiovascular, analisaram 2.499 pacientes em sete países europeus que tinham histórico de infarto do miocárdio tipo 1 nos últimos seis meses e tinham mais de 75 anos ou idade mínima de 65 anos com pelo menos um fator de risco, como diabetes ou disfunção renal leve ou moderada.

Metade dos pacientes recebeu a polipílula que continha aspirina, ramipril e atorvastatina, enquanto outros receberam o padrão usual de atendimento. Os pacientes foram acompanhados por uma mediana de três anos.
Os pesquisadores identificaram 48 mortes cardiovasculares no grupo da polipílula e 71 no grupo de cuidados habituais, o que significa que os pacientes que tomaram o medicamento tiveram uma redução de risco relativo de 33% para morte cardiovascular. A polipílula também foi favorável em outras medidas estudadas no estudo, como acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto do miocárdio.

A polipílula e o ensaio são frutos de 15 anos de trabalho, disse Fuster. Ele e seus colegas afirmam que um dos principais problemas da medicina é a falta de adesão às medicações, principalmente no campo cardiovascular e mais especificamente em pacientes com ataque cardíaco. A American Heart Association lista os medicamentos prescritos como uma das primeiras coisas que as pessoas podem fazer para evitar um segundo ataque cardíaco.

“Parece que temos um tremendo tipo de ferramenta, que é uma pílula simples, que na verdade é significativamente melhor”, disse Fuster. “Provavelmente, a maior parte do motivo é por causa da melhor adesão, porque é uma droga simples, com resultados excelentes e o impacto é tão bom ou até melhor do que a aspirina no passado”.

Ele disse que era notável que as duas curvas – aquelas que tomaram uma polipílula e aquelas que receberam tratamento padrão – se separaram desde o início e continuaram a se separar com o passar dos anos, o que significa que há uma sensação de que, se o estudo se estendesse, haveria resultados “ainda mais impressionantes”.

Fuster disse que a polipílula é algo que pode ter um impacto “muito significativo” na população em geral.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, alguém tem um ataque cardíaco a cada 40 segundos no país. Há cerca de 805 mil ataques cardíacos nos EUA todos os anos – 200 mil deles acontecendo com pessoas que já tiveram um primeiro.

Existem algumas limitações na pesquisa, incluindo que o estudo não foi realizado de maneira “cega” e todos os pacientes foram inscritos antes da pandemia de Covid-19.

Hospitais e Santas Casas podem fechar 20 mil leitos e dispensar 83 mil pessoas


O novo piso da enfermagem, sancionado este mês, pode levar ao fechamento de mais de 20 mil leitos hospitalares e à dispensa de 83 mil funcionários, segundo pesquisa feita pelas cinco maiores entidades do setor hospitalar do país nesta semana. A escalada do preço de remédios e a defasagem de valores pagos pelo poder público por exames e procedimentos são outros gargalos.

A Lei 14.434/22, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia 4 de agosto, estabelece o piso salarial para enfermeiros, contratados em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), em R$ 4.750, para técnicos de enfermagem em R$ 3.325 e para auxiliares de enfermagem e parteiras em R$ 2.375.

Responsáveis por mais de 50% dos atendimentos ambulatoriais e internações hospitalares realizados no Sistema Único de Saúde (SUS), hospitais filantrópicos e Santas Casas estão entre os mais afetados. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) argumenta que a dificuldade dessas instituições é histórica e não se relaciona apenas com o aumento do piso salarial da categoria.

A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) ouviram para o levantamento 2.511 instituições de saúde de todas as regiões. Dentre os participantes, 42,9% são hospitais e, desses, 35% não têm fins lucrativos. Apenas 12% das instituições consultadas são de grande porte.

Segundo a pesquisa, a folha de pagamento, que já representava a maior despesa dos hospitais, será onerada, em média, em 60% – sendo que em hospitais de pequeno porte este ônus será de 64%. Diante desse cenário, foi questionado aos estabelecimentos quais medidas deverão ser tomadas: 51% terão de reduzir o número de leitos, 77% terão de reduzir o corpo de enfermagem, 65% vão reduzir o quadro de colaboradores em outras áreas e 59% cancelarão investimentos. A pesquisa aponta que serão fechados cerca de 27 leitos por instituição, em média.

“Nossa situação já era dramática e agora ficou insustentável. Sem uma fonte de financiamento, fica muito difícil manter os serviços das Obras Sociais Irmã Dulce”, disse Maria Rita Pontes, superintendente das Osid e sobrinha de Santa Dulce dos Pobres. “O piso é extremamente justo para a categoria, temos contingente de 1.300 pessoas, mas, infelizmente, já nos reunimos com parte delas e explicamos que não podemos assumir essa despesa.”

A lei do piso nacional da enfermagem agrava principalmente a situação dos 1.824 hospitais filantrópicos e Santas Casas espalhados pelo Brasil. O novo piso aumentará em mais de R$ 6,3 bilhões por ano os custos dessas instituições que já enfrentam grande dificuldade para manter os atendimentos à população pela defasagem de 15 anos na tabela SUS, segundo a CMB.

Daniel Menezes, porta-voz do Cofen, disse que o segmento das instituições privadas de saúde teve lucro superior a 20% nos últimos e vai ser menos afetado pelo piso.

“Em relação às Santas Casas e ao setor filantrópico, a gente compreende e é solidário, mas é um problema histórico.” Para ele, o foco das entidades hospitalares deveria ser o da cobrança do Legislativo e do governo para ajustar o financiamento.

STF
A CMB e outras entidades nacionais do setor de saúde, entre elas a CNSaúde, a Abramed, a FBH, a Anahp, a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVac) e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) além de federações de hospitais, propuseram perante o Supremo Tribunal Federal (STF) ação direta pleiteando a declaração de inconstitucionalidade da lei do piso.

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo entrou como parte interessada. Conforme o presidente, Francisco Balestrin, a adoção do piso vai inviabilizar grande parte do atendimento médico-hospitalar e nos planos de saúde.


Brasil ultrapassa 4 mil casos de varíola dos macacos; saiba como prevenir


O Brasil registra 4.472 casos confirmados de varíola dos macacos – ou monkeypox, de acordo com o Ministério da Saúde.

Até o momento, foram confirmadas infecções nos estados de São Paulo (2.788), Rio de Janeiro (578), Minas Gerais (253), Distrito Federal (168), Goiás (189), Bahia (44), Ceará (47), Rio Grande do Norte (18), Espírito Santo (11), Pernambuco (24), Tocantins (2) , Amazonas (19), Acre (1), Rio Grande do Sul (77), Mato Grosso do Sul (16), Mato Grosso (20), Santa Catarina (78), Paraná (118), Pará (12), Tocantins (2), Alagoas (2), Maranhão (2), Paraíba (1), Piauí (3) e Roraima (1).

A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato direto pessoa a pessoa, chamado de pele a pele.

O contágio pode acontecer a partir do contato com lesões cutâneas, crostas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, pelo toque em objetos, tecidos (roupas, lençóis ou toalhas) e superfícies que foram usadas por alguém com a doença, além do contato com secreções respiratórias.

Medidas de prevenção
O Ministério da Saúde recomenda evitar contato próximo com pessoas com suspeita ou diagnóstico da doença, além da higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel antes de comer ou tocar no rosto como uma medida de prevenção.

Diante de algum sintoma suspeito (veja abaixo), as pessoas devem procurar atendimento médico em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação.

Durante a consulta, é importante informar se houve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Com base nesses registros coletados durante a consulta, o especialista poderá fazer o pedido de teste de diagnóstico.

Sintomas da doença
A varíola dos macacos, na maioria dos casos, evolui sem complicações e os sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas.

As manifestações clínicas habitualmente incluem lesões na pele na forma de bolhas ou feridas que podem aparecer em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais. No entanto, o surto atual da doença tem apresentado características epidemiológicas diferentes, com sintomas que podem ser bastante discretos.

Na forma mais comum documentada da doença, os sintomas podem surgir a partir do sétimo dia com uma febre súbita e intensa. São comuns sinais como dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e principalmente o aparecimento de inchaço de gânglios, que pode acontecer tanto no pescoço e na região axilar como na parte genital.

Já a manifestação na pele ocorre entre um e três dias após os sintomas iniciais. Os sinais passam por diferentes estágios: mácula (pequenas manchas), pápula (feridas pequenas semelhantes a espinhas), vesícula (pequenas bolhas), pústula (bolha com a presença de pus) e crosta (que são as cascas de cicatrização).

Número de casos de Covid-19 supera 600 milhões em todo mundo


O número de casos de contaminação por Covid-19 atingiu os 600,64 milhões em todo mundo, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins. Já o número de mortes chegou a 6,485 milhões.

Os EUA relataram 94,18 milhões infecções e 1,04 milhão de vítimas fatais desde o início da pandemia, ambas as contagens mais altas do mundo, correspondendo a mais de 15% dos números globais.

Considerando os dados coletados nos últimos 28 dias, o país norte-americano permanece no topo da lista de óbitos, com 13,4 mil, mas fica na terceira colocação em número de registros positivos para o vírus, com 2,83 milhões.

No recorte das últimas quatro semanas, é o Japão que aparece com o maior número de casos, com 5,79 milhões, e 6,3 mil mortes, seguido da Coreia do Sul, com 3,2 milhões de registros positivos para Covid-19 e 1,5 mil vítimas fatais.

Pelo levantamento da Johns Hopkins, o Brasil aparece com um total de 34,3 milhões de infecções registradas e 683,3 mil mortes, ficando na segunda posição entre as nações em que a pandemia foi mais fatal e na quarta colocação entre os países mais casos relatados, atrás de Estados Unidos, Índia e França.

Nos últimos 28 dias, o Brasil contabilizou 555,3 mil casos e 4,9 mil vítimas fatais.