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Bocão 64

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Representatividade das mulheres na política.

 





Nos últimos anos, o Brasil vivenciou uma progressão no debate público em torno das questões femininas. Temas comassédioabortomaternidade e carreira, vem sendo discutidos amplamente na sociedade e ganhando espaço no cenário político. A luta pelo direito das mulheres vem progredindo não só no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns avanços já foram conquistados nas última décadas, como o direito ao voto e o direito de serem eleitas. Porém, no que tange a representatividade das mulheres na política, esse debate ainda se encontra muito distante do desejado.

Muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. Isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres na política e que reverbera, até hoje, no nosso cenário de baixa representatividade feminina no governo.

Mulheres na política do Brasil

Segundo o Inter-Parliamentary Uniono Brasil é um dos piores países em termos de representatividade política feminina, ocupando o terceiro lugar na América Latina em menor representação parlamentar de mulheres. No ranking, a nossa taxa é de aproximadamente 10 pontos percentuais a menos que a média global e está praticamente estabilizada desde a década de 1940. Isso indica que além de estarmos atrás de muitos países em relação à representatividade feminina, poucos avanços têm se apresentado nas últimas décadas.

Esse cenário se observa em todas as esfera do poder do Estado. Desde as câmaras dos vereadores até o Senado Federal, essa taxa de representatividade ainda permanece muito baixa, mesmo em um cenário no qual 51% dos eleitores são mulheres. O quadro abaixo, com dados de 2016, mostra como o número de mulheres na política é baixo no Brasil. Como você pode ver, naquele ano, apenas um cargo de governo estadual era ocupado por mulher, hoje a situação não é muito diferente, apenas dois governos estaduais não são governados por homens.



Diante desse quadro, percebe-se que as mulheres não têm alcançado as esferas de poder do Estado de maneira igualitária, o que as deixa à margem dos processos de elaboração das políticas públicas. Ou seja, as mulheres não se encontram devidamente representadas nesse sistema político vigente.

Embora existam cotas eleitorais (lei que assegura uma porcentagem mínima de 30% e máxima de 70% a participação de determinado gênero em qualquer processo eleitoral vigente) esse mecanismo pouco tem contribuído para melhorar a atuação e a chegada das mulheres aos cargos do governo brasileiro. Como dissemos anteriormente, o percentual de mulheres no poder permanece quase o mesmo desde 1940.

Além disso, muitas das candidatas que se inscrevem na lista de cotas partidárias são consideradas candidatas laranjas, ou seja, são mulheres que não têm interesse em pleitear um cargo político, estão ali só para cumprir o coeficiente necessário que os partidos devem ter para serem considerados legais no processo eleitoral. Algumas nem chegam a fazer campanha política e também não obtém votos qualificados.

Dessa forma, a aplicação das cotas vem sendo questionada em relação a sua eficácia no Brasil, pois confere a responsabilidade dos partidos para a promoção da paridade de gênero, mas não tem alcançado uma participação igualitária nos partidos.

Como melhorar a representação das mulheres na política?

Diante desse cenário, algumas ações foram tomadas com a finalidade de contribuir para a inclusão e a representatividade das mulheres no meio público. Uma das ações que merece destaque é a Plataforma 50-50 lançada pelo Instituto Patrícia Galvão (IPG) e o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades da Universidade de Brasília (Demode/UnB) para as eleições municipais. O principal objetivo do projeto é contribuir para uma maior igualdade entre homens e mulheres no processo eleitoral. Para isso, os candidatos e candidatas assumem compromissos com a igualdade de gênero.  A iniciativa conta com a parceria do Tribunal Superior Eleitoral e da ONU Mulheres.

Agenda 50-50 é um projeto que entende que as políticas públicas são primordiais para o exercício da igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. Por isso, é imprescindível que homens e mulheres possam participar e contribuir para a elaboração dessas políticas, e assim, construir uma cidade melhor, com mais representatividade para todos.

Embora nos últimos anos tenhamos progredido em alguns aspectos em relação às questões dos direitos das mulheres, percebemos que na atuação política, muito ainda precisa ser feito. A desejada igualdade de gênero está em progresso e ações afirmativas como a Plataforma 50-50 estimulam o debate e contribuem para que possamos reparar essa desigualdade construída historicamente.  

Vale destacar ainda, que mesmo com a importância das iniciativas de ações afirmativas, essas não se configuram como meio e fins únicos para a viabilização de mais mulheres na política. Para isso, é necessário que os políticos, os partidos e o Estado se comprometam com uma agenda mais igualitária e que a sociedade civil consiga estimular e exigir uma mudança nesse cenário.


Referências do texto: confira aqui onde encontramos dados e informações!

BUENO, Juliana Moura. Ainda precisamos falar sobre as mulheres na política. 2017. 

REZENDE, Daniela Leandro. Desafios à representação política de mulheres na Câmara dos Deputados. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 23, n. 3, p. 1199-1218, set. 2017

ROSSI, M. Brasil, a lanterna no ranking de participação de mulheres na política

SENADO FEDERAL. + Mulheres na Política . Brasília: Procuradoria Especial da Mulheres. 

Senado Federal – Tabela


por: karoline Florentino





A saúde da beleza é violência de gênero

 

Abdominoplastia para reduzir as gorduras do abdômen; Mini lifting facial para rejuvenescimento facial; Lipoaspiração para eliminar gorduras localizadas; Mamoplastia de aumento ou redutora dos seios; Blefaroplastia para rejuvenescer a aparência das pálpebras; Rinoplastia para corrigir a aparência no nariz, Otoplastia para as orelhas; Frontoplastia para remodelar a testa; Gluteoplastia para aumentar o tamanho do bumbum; Botox para rugas, marcas de expressão, sombrancelhas; Bioplastia para aumento de lábios, queixo, mandíbula, maçãs do rosto; Braquioplastia para eliminar flacidez ou pele da região do braço, Rejuvenescimento das mãos a laser ou cirúrgica; Ninfoplastia ou labioplastia cirurgia para retirada ou enchimento nos grandes lábios e de aparência da vagina; Rejuvenescimento Vaginal para o canal da vaginal ser mais apertado e estreito, etc, etc, etc…. Poderia preencher páginas e páginas com nomes de procedimentos estéticos aqui… e, inclusive acho que exagerei, mas essa introdução é apenas uma ilustração dos inúmeros procedimentos da Saúde Estética em nome da beleza existentes para o público majoritariamente Mulheres.

Essas são algumas intervenções cirúrgicas propostas pela medicina para a “saúde” e beleza da mulher no nosso país e no mundo, hoje em nome da “autoestima” e “saúde” você pode mudar qualquer parte do seu corpo, claro que se tiver como bancar, será mais rápido e seguro, já que esses procedimentos costumam ser caros e quem acaba consumindo é a classe média, alta do país. Contudo, muitas mulheres pobres impulsionadas pela mídia da beleza e da saúde como estética, acabam buscando essas intervenções com ofertas mais populares, em outros países sempre com o slogan de milagres, mas nem sempre tem o resultado desejado que viu na celebridade no Instagram, pior ainda quando termina em morte.

Segundo a Sociedade internacional de Cirurgia Plástica Estética – ISAPS, o Brasil em 2018 fez 1.498.327 cirurgias estéticas, somos hoje o país com mais procedimentos estéticos do mundo, seguido pelos Estados Unidos, Alemanha e Itália. Segundo o estudo, 87.4% dos pacientes no mundo todo, são as mulheres que mais buscam pelos procedimentos estéticos.

Uma pesquisa de doutorado da UNIFESP, defendida em 2017, antes desses dados serem divulgados pelo ISAPS, apresentou que “mais de 90% das certidões de óbito de pessoas que faleceram após passarem por lipoaspiração não trazem informações precisas. O preenchimento incorreto dificulta estabelecer a real causa da morte.”

Os dados fazem parte da tese de doutorado de Di Santis, defendida no Programa de Pós-Graduação em Saúde, baseada em evidências, na Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo. O trabalho reacendeu, entre os especialistas, um antigo debate para a criação de um projeto de lei que torne obrigatória a notificação de casos de complicações e mortes por lipoaspiração em todo o território nacional.

O pesquisador Érico Pampado Di Santis explica em sua tese que falta informações precisas sobre a causa de mortes nesses procedimentos estéticos e que 98% das vítimas são mulheres.

A beleza do corpo, especialmente o feminino, é regulamentada por uma norma rígida e única: a magreza. Não existe alternativa legítima a esse modelo. Impossível realmente imaginar uma pin-up, uma estrela, uma top model, enfim, que não corresponda ao imperativo da magreza absoluta. É o modelo da hipermagreza. A moda tornou-se mais tolerante. A beleza, ao contrário, tornou-se mais despótica, autoritária e inflexível. A proliferação de imagens – cinema, televisão, fotos, publicidade – reforça o modelo dominante e castiga qualquer divergência. A consequência disso é a hiperdimensão tomada pelas dietas, pelas academias de ginástica e pelas cirurgias plásticas. Ser magro é um imperativo categórico. Toda infração à norma é malvista e criticada. (LIPOVETSKY, 2016, p.12).

Vale tudo para alcançar esse corpo construído continuamente como aquele que é sinônimo de felicidade, beleza, saúde. Conquistar esse corpo magro, enaltecido socialmente, é um tipo de status e, para lograr essa conquista, como um prêmio, vale qualquer coisa.

Nosso corpo é considerado um portfólio de apresentação, define quem somos ao outro, que nos julga através do que vê. Sendo assim, emagrecer é um imperativo central na vida da maioria das mulheres, com motivação estética e do discurso vigente de saúde.

O mercado do emagrecimento lucra com um exército industrial para atender à ordem de ter um corpo magro e malhado, são chás, shakes, pílulas, programas, dietas e receitas milagrosas que prometem resultados rápidos e sem consequências para a saúde, mas que não cumprem o que garantem.

A discussão do emagrecimento, das dietas e dos produtos para alcançar um corpo com saúde saiu dos consultórios e laboratórios e ocupou o cotidiano das pessoas. Em todos os espaços sociais existem conversas sobre receitas e controles sobre o corpo, destacando-se como atingir isso rapidamente. (JIMENEZ-JIMENEZ, 2020, p. 119)

O mercado do emagrecimento apoia-se na mídia e boca a boca, e as matérias sensacionalistas que vemos sobre a epidemia da obesidade colaboram para essa busca frenética e, consequentemente, a venda de produtos que deixem o corpo menor, magro, firme, branco, atrativo, etc.

A saúde da beleza é violência de gênero, porque em nome da saúde e da imposição desde pequenas em todas as instituições que frequentamos é exigido, ensinado e impulsionado o consumo de uma construção de corpo “perfeito” sem a verdadeira seriedade e riscos que todos esses procedimentos acarretam como violência na mulher.

Dormir com fome, ter muitas dores nas cicatrizações das cirurgias, malhar até a exaustação, etc… são alguns exemplos corriqueiros que a maioria das mulheres já experimentaram para alcançarem o corpo que nos vendem como saudável, feliz e belo… isso é violência de gênero também!

 

Para Consultar

 

– DI SANTIS, Érico Pampado. Mortes relacionadas à lipoaspiração no Brasil entre 1987 e 2015. 2017. 215 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2017.

– Sociedade internacional de Cirurgia Plástica Estética. Disponível em: https://www.isaps.org/pt/

– JIMENEZ-JIMENEZ, Luisa, Maria. Por que a BELEZA é tão importante para as MULHERES? 2018. (Blog/Facebook). Disponível em: https://www.todasfridas.com.br/2018/11/12/por-que-a-beleza-e-tao-importante-para-as-mulheres/

– JIMENEZ-JIMENEZ, Luisa, Maria. Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos. 2020. Doutorado (Programa de Pós Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO) – Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Cuiabá, MT, Brasil. Disponível em: http://lutecomoumagorda.home.blog/tese-de-doutorado-lute-como-uma-gorda-gordofobias-resistencias-e-ativismos/

– WOLF, Naomi. O mito da beleza: Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

 por:  | Todas Fridas

Sou feminista e vivi um relacionamento abusivo? Como pode isso acontecer?

 

Recebo em meu consultório e escuto diversas mulheres com intenso sentimento de culpa se questionando: “Eu sou feminista, conheço sobre relacionamentos abusivos e não percebi  quando estava em um. Como pode isso acontecer? Será que eu esqueci tudo que eu sei?”

Eu arrisco em dizer para vocês que nós mulheres somos socializadas para termos relações abusivas e para aceitarmos menos do que merecemos, as famosas “migalhas”.  Trarei aqui para vocês, alguns aspectos da nossa socialização, que ficam fixados até mesmo no nosso inconsciente:

  • Romantização de violência como amor desde a infância – Passamos para nossas crianças uma visão extremamente deturpada do que é amor.

Quem ai quando era criança tinha um colega de escola do qual viviam se batendo e brigando? E que os adultos diziam “Esses ai quando crescerem vão casar”. Ou mesmo já ouviu na infância/adolescência que se tem algum menino na escola que fica te “pentelhando” constantemente é porque ele gosta de você, se não gostasse te ignoraria. Assim, passamos para nossas meninas a ideia de que se alguém te agride, esse é um sinônimo de amor “oculto”.

Outro fator importante são as personagens, nas quais nos inspiramos e que ficam internalizadas em nosso imaginário. Destaco aqui as princesas da Disney. Podemos observar o quanto de abuso existe nessas histórias fantasiados de amor, mulheres beijadas enquanto estão dormindo sem consentimento, o homem representado sempre como salvador da vida das mulheres, incentivo a rivalidade feminina, princesa que se apaixona pelo seqüestrador, mulheres sendo celebradas por serem belas e caladas e sempre o encontro do “FELIZES PARA SEMPRE”, quando se encontra um príncipe encantado para se viver o romance de conto de fadas. Mulheres solteiras e não pertencentes ao padrão de beleza, são colocadas como bruxas más e solitárias. E eu imagino que quando você era criança queria ser a princesa e não a bruxa né? Pois é, eu também!

  • Maternidade e ideal de casamento compulsórios

 Eu não sei se alguma menina já foi questionada se gostaria de casar e ser mãe, porque eu nunca vi! É sempre um “quando você for”. Me lembro de desde criança já pensar em como seria meu casamento (Que loucura né?) e colocava os nomes das minhas bonecas dizendo que estes seriam os nomes das minhas filhas no futuro. Eu já havia refletido se gostaria de casar e ter filhos? Claro que não, pois era uma criança! E imagino que vocês também não, daí vem a ideia de compulsório, é como se fosse o seu destino certo como mulher, e mais do que isso, sua OBRIGAÇÃO, é passado para nós, como o que nos faz ser mulher. Por conta disso, a menarca (primeira menstruação) é um momento tão épico, é como se somente a partir daí pudéssemos ser vistas como mulheres, “mocinhas”, pois podemos gerar filhos.

A grande ideia do casamento, não veio de um ideal romântico de “felizes para sempre”, mas sim de uma necessidade financeira, capitalista. Mulheres não tinham diversos direitos como cidadãs e não eram consideradas capazes de fazer a gestão das terras de seus pais, dos quais receberiam heranças. Até hoje, mulheres são consideradas incapazes de lidar de maneira responsável com suas finanças, imagina naquela época né? Então, os pais que não tinham filhos homens entendiam que não tinham para quem repassar seus bens, visto isso surgiu à ideia de “arranjar” casamentos para suas filhas, com homens de famílias ricas, para que a fortuna das famílias continuasse prosperando. Nada romântico né?

Assim como muitos símbolos do casamento, o branco que celebra a virgindade da mulher, o pai entregar no altar, que representa a transmissão de um homem que era “dono”, para outro homem que será “dono”. Adicionar o sobrenome do marido ao seu nome, que é a demarcação final do patriarcado de propriedade privada.

Que horror! Então está dizendo que não podemos casar? Que não podemos utilizar todos estes rituais? Claro que não! Porém, a conscientização sobre todo este significado é importante, para não nos levar ao desespero para o casamento, que o patriarcado nos prega, pois ele precisa que nos casemos, dediquemos a maior parte de nossas vidas e energia para um homem e que tenhamos filhos para que tenha continuidade.

Como Silvia Federici aponta: “Imagina se as mulheres entram em greve e não produzem mais filhos, o capitalismo para! Se não há controle sobre o corpo da mulher, não há controle da força de trabalho!”

O patriarcado nos leva a compreender que nosso único destino possível é o que nos mostram nas princesas: Dedicar a nossa vida em busca de um príncipe encantado, para termos nossos felizes para sempre. Engraçado que depois do casamento a maior parte das histórias acaba né? Não nos deixam saber se o feliz foi de fato tão feliz assim…

  • Padrão de beleza e incentivo ao ódio ao nosso corpo

Já existiram diversas maneiras de controlar mulheres, pelas tarefas domésticas intermináveis, controle dos homens sobre a autonomia e toda vez que qualquer estratégia se enfraquece, surge outra para fortalecê-la. A estratégia mais recente e ao mesmo tempo antiga, de controlar nossos comportamentos é a de ódio ao nosso corpo e busca incessante por um padrão de beleza inalcançável, que nos valide como mulheres interessantes e desejáveis para os homens.

Naomi Wolf já nos traz que: “O mito da beleza gera nas mulheres uma redução do amor próprio, com o resultado de altos lucros nas empresas, a ideologia da beleza mostra as mulheres que elas têm pouco controle e pouca escolha. As imagens de mulheres segundo o mito da beleza são simplistas e estereotipadas.”

Tudo isso nos faz acreditar que nunca somos suficientes para os homens e mesmo para nós mesmas. Nunca somos bonitas e interessantes o suficiente, pois não pertencemos ao padrão de beleza, e mesmo aquelas que pertencem, acreditam que não pertencem, pois nunca se vêem como as modelos nas capas de revistas.

Toda esta preocupação com a beleza reduz nossa autoestima, faz com que nos “apaguemos” em uma busca constante de algo irreal e inalcançável.

Mas o que tudo isso tem a ver com relacionamentos abusivos?

TUDO!

Todas nós mulheres, somos atravessadas por estas e tantas outras pressões e imaginários sociais, corremos atrás de tudo isso sem nem saber por quê. Nascemos e tão logo nos preocupamos com nossos casamentos, filhos, dietas (cerca de 70% das meninas de até 4 ANOS estão insatisfeitas com seus corpos), se nossos cabelos estão bonitos os suficientes e tão logo se entraremos na tão fatídica lista de “meninas mais bonitas da sala”, das quais os meninos caem de amores.

Tudo isso nos atravessa e corremos atrás de nossos casamentos, corpos perfeitos, família idealizada em moldes patriarcais sem nem saber por que e se de fato queremos, entendemos que PRECISAMOS.

Tudo isso afeta nossa autoestima drasticamente e nos faz acreditar que merecemos migalhas afetivas, ou que merecemos “pouco”. Muitas vezes, nos sentimos tão mal solteiras e recebemos tantos julgamentos que nos convencemos que é suficiente um homem abusivo que apareça em nossas vidas, ou mesmo aceitar pouco por acreditarmos nunca conseguiremos um “bom” parceiro, por não nos sentirmos bonitas e interessantes o suficiente. Por toda esta romantização da violência como amor desde a infância que se perpetra por toda nossa vida, acreditamos que a violência é normal, “ele vai mudar”, “é só uma fase” e que o divórcio e a solteirice são um fracasso.

Tudo isso que citei atravessa a vida de todas nós, mulheres, feministas ou não e exercem força maior do que imaginamos.

Se você teve ou está em um relacionamento abusivo se perdoe, considere toda esta socialização, além ainda de nossos fatores intrapsíquicos, visão que cada uma temos de amor, vivências de nossas antepassadas…

Conhecimento é poder! Que busquemos racionalizar! Não nos permitir sermos levadas pelas armadilhas do patriarcado.

Faça terapia, cuide se sua saúde mental!

Se está em um relacionamento abusivo BUSQUE ajuda para sair dessa relação quanto antes. Se vive os traumas e gatilhos pelos abusos vividos em uma relação passada, busque terapia também, para se curar.

Você não precisa de um homem, de um casamento, de filhos, de um corpo no padrão de beleza, de nada para ser incrível ou para ser mulher. VOCÊ É O SEU UNIVERSO, APRECIE-O!


por:  | Somos todas Fridas.

Pela primeira vez em 85 anos laboratório da Nasa terá uma mulher como diretora

 



Laurie Leshin assume formalmente suas funções como diretora do JPL da NASA e vice-presidente da Caltech em maioWorcester Polytechnic Institute

Pela primeira vez em seus 85 anos de história, o Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa tem uma diretora. A geoquímica e cientista espacial Laurie Leshin atuará como diretora do JPL e vice-presidente do Instituto de Tecnologia da Califórnia, ambos localizados na cidade de Pasadena (EUA).

A nomeação de Leshin também marca a primeira mulher vice-presidente da Caltech desde que a instituição foi criada há 130 anos. Professores e alunos da Caltech fundaram o JPL em 1936 e gerenciam o laboratório em nome da NASA desde 1958.

É uma espécie de regresso a casa para Leshin, que obteve seu mestrado e doutorado em geoquímica pela Caltech e atuou como membro da equipe científica do rover Curiosity que analisou dados para encontrar evidências de água na superfície de Marte.

Leshin também passou mais de duas décadas apoiando e planejando as próximas missões Mars Sample Return, que devolverão amostras marcianas coletadas pelo rover Perseverance à Terra até a década de 2030. Todas essas missões de exploração de Marte são gerenciadas pelo JPL.

Como cientista, Leshin se concentrou em entender onde e quando a água esteve presente em todo o nosso sistema solar. Leshin também tem um histórico impressionante de servir na academia, ocupando cargos de alto escalão na NASA e duas nomeações na Casa Branca.

Leshin é presidente do Worcester Polytechnic Institute, uma das mais antigas universidades privadas STEM dos Estados Unidos, desde 2014. Ela sucederá Michael Watkins, o diretor anterior do JPL que renunciou para retomar sua carreira acadêmica e de pesquisa no Caltech em Agosto.

“O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA tem um histórico de desafiar o que antes era considerado impossível no campo da exploração espacial. Nesta nova era de descobertas inovadoras e inovação constante, é claro que a Dra. Laurie Leshin tem um histórico de erudição e liderança precisava servir como diretor do JPL e consolidar o status do centro como líder global no século 21”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, em um comunicado.

“Sob o Dr. Leshin, a tecnologia inventada no JPL continuará a permitir que os humanos explorem os lugares em nosso universo que ainda não podemos alcançar e estimular a imaginação de futuros matemáticos, engenheiros e pioneiros nas salas de aula em toda a América.”

Anteriormente, Leshin atuou como diretora de ciência e exploração no Goddard Space Flight Center da NASA em 2005, antes de ser promovido a vice-diretora de ciência e tecnologia em 2008. Nessa função, Leshin supervisionou mais de 50 projetos terrestres e espaciais.

Leshin tornou-se a vice-administradora associada da Diretoria de Missões de Sistemas de Exploração na sede da NASA em Washington em 2010. Lá, ela supervisionou os esforços para lançar as bases para futuros programas de voos espaciais tripulados. Esses recursos agora fazem parte da tripulação comercial, que entrega astronautas à Estação Espacial Internacional, e do programa Artemis, que busca pousar a primeira mulher e a primeira pessoa negra na Lua em 2025.

“Estou emocionada e honrada por ser nomeada diretora do JPL”, disse Leshin em comunicado.

“Algumas das experiências mais impactantes da minha carreira ocorreram no campus da Caltech e no JPL – lições aprendidas e metas alcançadas que me moldaram como líder e cientista espacial. A oportunidade de voltar a trabalhar em estreita colaboração com tantos colegas em toda a Caltech – no laboratório e no campus – e na NASA é um sonho tornado realidade.”

Durante seu tempo como presidente do Worcester Polytechnic Institute, Leshin se concentrou em abordar a disparidade de gênero em STEM, desenvolveu novos espaços acadêmicos e expandiu a pesquisa. O instituto STEM agora tem a maior porcentagem de estudantes de graduação do sexo feminino.

Ela atuou na Comissão de Implementação da Política de Exploração Espacial dos Estados Unidos do presidente George W. Bush em 2004, e o presidente Barack Obama a nomeou para o conselho consultivo do Museu Nacional do Ar e do Espaço da Smithsonian Institution em 2013.

Leshin recebeu a Medalha de Liderança Excepcional e a Medalha de Serviço Público Distinto da NASA, bem como o Prêmio de Ex-alunos Distintos da Caltech.

“Laurie Leshin se destacou em uma exaustiva pesquisa internacional por causa de seu profundo compromisso com as pessoas, sua abordagem estratégica para oportunidades científicas e tecnológicas, sua profunda apreciação pela liderança da NASA em exploração espacial e ciências da Terra, seu domínio de organizações complexas e sua capacidade de inspirar a próxima geração de cientistas e engenheiros”, disse Thomas F. Rosenbaum, presidente da Caltech e da cadeira presidencial Sonja e William Davidow e professor de física, em um comunicado.

“Estamos muito satisfeitos por poder dar as boas-vindas a Laurie de volta ao campus e ao JPL.”

Leshin também recebeu o Prêmio Nier da Meteoritical Society, concedido por pesquisas de destaque em ciência planetária ou o estudo de meteoros e meteoritos. Ela ainda tem um asteroide com o nome dela, o asteroide 4922 Leshin, pela União Astronômica Internacional.

Ela começará seu novo cargo em maio.

“Temos enormes oportunidades pela frente para alavancar a liderança global do JPL na exploração espacial robótica para responder a perguntas científicas inspiradoras e melhorar a vida aqui na Terra”, disse Leshin.

“Estou ansiosa pelo meu trabalho com a Caltech e a NASA para garantir que o JPL continue a impulsionar a inovação em todo o ecossistema espacial global”, disse ela.

“Estou especialmente honrada por ser a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora do JPL. Sei por experiência própria que equipes diversas causam maior impacto e trabalharei todos os dias para garantir que o JPL seja um lugar onde todos pertençam e prosperem. Vamos ousar coisas poderosas, juntos.”


Mulheres e negros dizem não ter oportunidades iguais aos colegas

 Levantamento da Catho com profissionais de todo o Brasil revela que maioria de mulheres e negros sente discriminação no ambiente de trabalho



Os profissionais ainda sofrem discriminação e perdem oportunidades no mercado de trabalho por conta de sua raça ou gênero, é o que revela a última Pesquisa dos Profissionais Brasileiros realizada pela Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos, com 4.566 profissionais de todo o país. Dos trabalhadores ouvidos no levantamento, 54% do sexo feminino alegam, em algum momento da carreira, não terem tido oportunidades iguais quando comparadas às dadas aos colegas de trabalho. Além disso, 58% dos profissionais negros, entre homens e mulheres, também disseram não ter as mesmas chances.

Além dos 58% dos negros, 50,1% dos pardos e 57% dos indígenas participantes da pesquisa responderam “não” quando perguntados se as suas oportunidades sempre foram iguais quando comparadas às dadas aos seus colegas de trabalho. Ainda em relação às oportunidades oferecidas, quando se separam os respondentes por raça, 51% dos profissionais brancos alegam que tiveram igualdade nesse quesito.

“Infelizmente o mercado de trabalho ainda discrimina profissionais pela sua raça ou gênero, o que é inadmissível. O fato de mulheres e negros terem menos oportunidades do que profissionais homens e brancos é mais uma prova disso, como respondem a maioria deles na pesquisa”,  diz Bianca Machado, gerente sênior da Catho.

Outro dado revelado é que, 40% das mulheres declararam já ter sofrido algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho, 7% a menos do que os respondentes do sexo masculino (33%).

Dentro desse recorte, os profissionais negros, mais uma vez, aparecem como os mais prejudicados e são os que mais relataram já ter sofrido discriminação, somando 48% dos respondentes. Em seguida há os indígenas com 38%, pardos com 35,1% e por último os brancos com 35%.

fonte: MARINA FILIPPE 


Mário Alexandre participa de abertura do Ano Legislativo na Câmara de Ilhéus

 Na ocasião, a primeira-dama, Soane Galvão, agradeceu aos edis pelo empenho em trabalhar por Ilhéus, através da parceria sólida com a atual gestão;



O prefeito Mário Alexandre participou nesta terça-feira (1º) da sessão solene virtual de abertura dos trabalhos da Câmara de Vereadores de Ilhéus. Em seu pronunciamento, o gestor destacou os desafios e adversidades provocados pela pandemia, e mais recentemente, pelas enchentes que atingiram a cidade em dezembro do ano passado. Na ocasião, a primeira-dama, Soane Galvão, agradeceu aos edis pelo empenho em trabalhar por Ilhéus, através da parceria sólida com a atual administração.

"A tônica da nossa gestão é o trabalho diário e intenso, pautado no diálogo com os representantes desta Casa, em favor de ações que ajudarão a transformar para melhor a vida do nosso povo”, afirmou o chefe do Executivo ilheense.

Confira a mensagem do prefeito de Ilhéus, Excelentíssimo Senhor Mário Alexandre Correa de Sousa, à Câmara Municipal, na Sessão de Abertura dos Trabalhos Legislativos de 2022, em 1º de Fevereiro de 2022.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, vereador Jerbson Almeida Moraes, Excelentíssimas Senhoras Vereadoras, Excelentíssimos Senhores Vereadores, minhas senhoras, meus senhores.

É com muita honra que trago a essa Augusta Câmara de Vereadores, em cumprimento à Lei Orgânica do Município, a Mensagem do Poder Executivo para abertura da 2ª Sessão Legislativa da Legislatura 2021-2024.

Dou início à minha fala, defendendo a independência e a harmonia entre os Poderes, como princípio fundamental para o avanço da democracia, a ser cada vez mais fortalecida, a fim de promover o bem-estar de todos os cidadãos ilheenses.

Assim, destaco que desde o ano de 2017, nossa gestão tem se pautado na união entre os Poderes Executivo e Legislativo, em que se priorizou o diálogo com intensa participação da Sociedade.

É importante lembrar que, durante nosso primeiro mandato muita coisa foi feita, em que pesem períodos de dificuldade com a arrecadação, como o provocado pela crise econômica que assolou o país e, mais recentemente, por conta da pandemia da Covid-19.

Todavia, os avanços na administração pública, colocaram Ilhéus em destaque no cenário nacional, graças ao esforço coletivo de nossa administração, do Poder Legislativo, das parcerias firmadas com deputados, e o compromisso de Rui, Wagner, Otto e Leão com nossa Ilhéus.

Como mecanismo de defesa da gestão, montei um time qualificado nos órgãos de assessoramento, transformando Ilhéus em referência no que diz respeito ao Sistema de Controle Interno, com uma Controladoria forte e uma Procuradoria de altíssima qualidade.

Em 2021 a CGM auditou 4.941 processos de despesa. A Ouvidoria do Município registrou 228 manifestações da população obtendo resposta em 82%, enquanto o e-SIC registrou 96 pedidos de informações, com 70,8% das quais já foram respondidas e 29,2% se encontram em tramitação.

Outra marca importante de nossa gestão é a participação popular. Cumprimos nossas obrigações realizando audiências públicas para demonstração e avaliação das metas fiscais, para apresentação dos instrumentos de planejamento da gestão PPA, LDO e LOA.

A Controladoria Geral do Município adota as metodologias da Escala Brasil Transparente/CGU, do Ranking da Transparência/MPF e do Índice de Transparência Pública/TCM, como formas de avaliar a transparência ativa e passiva, alcançando a seguinte pontuação numa escala de 0 a 10:

Ranking CGU – 8,66 pontos

Ranking MPF – 8,70 pontos

Ranking TCM – 8,26 pontos

Em busca do aperfeiçoamento, abrimos as comemorações do 487° aniversário de Ilhéus com palestra ministrada pelo Ministro João Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU).

Nossos resultados são positivos graças a força do trabalho, e especialmente dos meus amigos servidores públicos. Priorizei o trabalhador desde o primeiro momento, quando negociei o pagamento dos precatórios e RPV, fiz o PDV, concedemos reajuste salarial anualmente e o ticket que saiu de R$120 para R$500. DETALHE, TODA POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR FOI FEITA COM PRATICAMENTE O MESMO VOLUME DE RECURSOS. EM NOSSA GESTÃO, O SERVIDOR NÃO É UM PROBLEMA, É A SOLUÇÃO!

Agradeço aos que oram por Ilhéus, são os clamores do povo de fé de nossa cidade que me mantém firme e motivado a trabalhar cada dia mais. Sinto-me iluminado pelas conquistas que nossa cidade alcançou sem muito alarde, sem muita promessa e discursos vazios, APENAS A FORÇA DO TRABALHO.

Chegou o óleo em nossas praias, com apoio da comunidade, das forças armadas, e de membros dessa Casa de Leis, VENCEMOS O ÓLEO.

Enfrentamos a pandemia com mão forte, quando o assunto é cuidar de gente, sou especialista e faço por amor. Montamos uma rede bem estrutura de atendimento e apoio aos infectados com o vírus. Perdemos pessoas queridas e carregaremos essa dor por toda vida, mas temos a consciência de que não medimos esforços para salvar vidas.

Em 2021 registramos mais de 3.000 ações preventivas e 450 resgates ao longo do extenso litoral ilheense, graças ao trabalho de nosso time de Salva-Vidas.

Nossa equipe de fiscalização emitiu 467 notificações, em cumprimento às normas de nosso Código de Postura.

Criamos o Núcleo Permanente de Educação para o Trânsito, com objetivo de discutir, planejar, elaborar e acompanhar a política municipal de educação para o trânsito, através da SUTRAM.

A Superintendência de Transportes e Trânsito realizou vistoria com os permissionários de táxi, onde diante de 406 alvarás, apenas 309 estavam regularizados, oportunizando a regularização dos que estavam irregulares. Quanto ao transporte por aplicativo, registramos 110 veículos regularizados.

Nossos agentes de trânsito estão em pontos estratégicos fiscalizando efetivamente a prestação do serviço oferecido pelas concessionárias do transporte coletivo. A autarquia vistoriou 93 veículos reprovando 76%, notificando as concessionárias para que regularize a situação dos ônibus reprovados.

Aliás, falando em transporte público, nosso compromisso é com o povo e estamos enfrentando a realidade em favor dos ilheenses. Anos atrás, o presente de Natal dos ilheenses era certo, reajuste anual da passagem de ônibus.

Em 2018 concedi o último reajuste exigindo melhorias em pontos de ônibus, renovação de frota trocando 34 ônibus reprovados na vistoria daquele ano, cobrei ônibus com ar-condicionado e Wi-Fi, além do aplicativo de monitoramento e acompanhamento dos veículos, e mais, o congelamento da tarifa por 02 anos. NÃO PARAMOS AQUI. ACABAMOS DE COMPLETAR 03 ANOS COM A TARIFA CONGELADA!

Conhecida por nossa riqueza cultural, nosso governo segue promovendo ações que visam resgatar o protagonismo da cultural local. Realizamos o Novembro Negro, o 1° Festival do Rio do Engenho, inauguramos o Memorial Engenho Santana, a sala Silva Campos como espaço de historiografia de Ilhéus.

Ainda sobre cultura, como não comemorar o sucesso que foi o Festival Literário de Ilhéus (FLIOS), a Feira Cultural Rua Viva e Feirinha do Teatro.

Seguimos firmes com o programa de recuperação de escadarias e acessos aos altos e morros de Ilhéus, é o nosso “Caminhos dos Altos”. Obras que demandam grande volume de recursos estão sendo articuladas junto ao Governo Federal e Estadual.

Aprovamos no SICONV propostas que tem por objeto a recuperação de estradas vicinais, e aqui aproveito o ensejo para pedir o apoio de Vossas Excelências junto aos deputados federais para que colaborem neste trabalho. Vale lembrar que temos 1.585 km² de área territorial.

Como não lembrar da tragédia que nos sucedeu com a maior chuva em nossa região dos últimos 100 anos. Naquele momento não tinha secretaria disso ou daquilo, tinha Ilhéus e seu povo precisando de ajuda. Mais uma vez, o sentimento que nos une é o de solidariedade e amor por nossa gente. Gratidão eterna aos companheiros que entraram em campo, melhor dizendo, entraram na água para ajudar nosso povo.

Quero agradecer também o apoio individual de cada vereador que ajudou dentro de suas comunidades, unindo forças com a prefeitura e outros órgãos e entidades.

Tesão pelo trabalho é algo que quando você tem, faz tudo por amor, o trabalho não pesa e o resultado aparece logo. Quando eu atendo um paciente faço com paixão. A política é o meio mais eficaz de se contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade, e minha luta tem sido para demonstrar como isso é possível.

Ilhéus vive uma outra realidade, retomamos o protagonismo regional, seja na saúde ou principalmente no desenvolvimento econômico. Os investimentos em nossa cidade serão sempre bem-vindos.

Em 2021, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico trabalhou mais perto do empreendedor. É o perfil de Soane, ela gosta de acompanhar de perto, de ver se as coisas estão acontecendo, me aperta toda hora para que Ilhéus aconteça. Foi assim com o andamento das obras do Materno Infantil. Quando finalizou a 1ª etapa do canal do Malhado, ela já estava me cobrando para buscar a continuidade da obra de fechamento do canal e a requalificação da área das Malvinas.

Avançamos na requalificação do calçadão. A máquina responde ao pequeno empreendedor em tempo recorde, resultado do processo de desburocratização do sistema. A Prefeitura não pode ser entrave para quem gera emprego e renda, tem que ser apoio e solução.

Fechamos o ano com saldo positivo de 1.983 novos postos de trabalho, observem bem, A FORÇA DO TRABALHO FAZ A DIFERENÇA NA VIDA DAS PESSOAS!

A CODEBA registrou quase 464.590 toneladas de produtos movimentados pelo Porto Internacional do Malhado.

Em maio de 2021, foi dado um passo importante para a concretização da ZPE de Ilhéus, com a assinatura de um novo termo aditivo que permite que as terras onde serão implantadas a nossa zona especial, sejam adquiridas diretamente, pela concessionária, ao tempo em que editou um novo decreto que declara por utilidade pública, essa mesma área para fins de desapropriação. Junto com o novo marco regulatório aprovado pelo congresso nacional, a ZPE Ilheense dá um pontapé importante para que enfim, possa sair do mundo teórico.

O Município de Ilhéus pactuou com a união através do Ministério da Cidadania, a Proposta de nº 6.962.29/2021 para execução do PAA na modalidade doação simultânea, por meio da portaria nº 91 de setembro de 2020, no valor de R$ 780.000,00, atendendo 184 produtores, sendo agricultores tradicionais, assentados da reforma agrária e indígenas, e beneficiando 21 entidades da rede socioassistencial certificadas pelo conselho municipal de assistência social de Ilhéus.

Como o objetivo principal do programa é promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar, conseguimos alcançar 94,41% da execução do programa, adquirindo mais de 276 toneladas de alimentos da Agricultura Familiar e doados às pessoas em situação de insegurança alimentar, nutricional e vulnerabilidade social.

Com o advento da Lei nº 4.097/2020 (Lei Municipal de Inovação) foram iniciadas as atividades de criação do Sistema Municipal de Estratégia para Inovação através do diálogo entre os diversos agentes (universidades, centros de pesquisa, Secretaria de Estado, empresas e indústrias).

Ainda sob a égide do estado de pandemia, a Gerência de Inovação prestou auxílio técnico à Secretaria de Educação para a viabilidade da contratação de um canal de TV digital para oferta de videoaulas aos alunos da rede municipal.

Firmamos tratativas e desenvolvemos a parceria e o convênio entre a Positivo Informática, a Orakolo Inteligência e o Município para o projeto de aprendizagem tecnológica que disponibilizou 3.000 (três mil) computadores aos alunos da rede municipal de ensino.

Ilhéus tem 30,6 Milhões de reais distribuídos em 31 contratos de convênios, entre obras em execução e que estão em fase formalização da contratação. O DESENVOLVIMENTO ESTÁ CHEGANDO NA PORTA DO ILHEENSE!

Por fim, quero destacar o brilhante papel dessa Augusta Casa Legislativa. Vossas Excelências são parceiros de Ilhéus, cada um no seu perfil, na sua área de atuação. Essa Casa me deu grandes demonstrações de parceria, aprovando:

  1. Reforma Administrativa;
  2. Atualização do Conselho do FUNDEB;
  3. Plano de Cargos, Carreira e Salários dos Agentes de Trânsito;
  4. Incentivo aos Agentes de Endemia;
  5. Prorrogação do prazo para regularização de imóveis em regime especial;
  6. Homenagens a Mãe Laura e Néo Bastos;
  7. Autorização para criação do cargo de coveiro;
  8. Revisão de salário;
  9. Gratificação natalina do ticket do servidor;
  10. PPA, LDO e LOA, com autorização de 100% para suplementação;

Gratidão e compromisso com o povo de minha terra, são os sentimentos que me definem hoje e me orientarão durante toda esta gestão, com lealdade ao projeto de desenvolvimento de Ilhéus.

Finalizo, invocando a proteção divina e agradeço novamente a atenção de Vossas Excelências, desejando boa sorte a todos, e dizer que SEGUIREMOS COM A FORÇA DO TRABALHO FAZENDO A DIFERENÇA!

MÁRIO ALEXANDRE CORREA DE SOUSA

Prefeito

por Raiane Amorim, Secom
fonte: prefeitura de Ilhéus.