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segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Evangélicos têm engajamento maior que eleitores católicos, diz especialista

Em entrevista à CNN neste domingo (21), Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, disse que os eleitores evangélicos têm uma característica muito específica nas eleições, que é um grau de engajamento maior do que eleitores de outras denominações religiosas.

“Os evangélicos têm uma capacidade de engajamento e amarração dos votos muito maior do que os eleitores católicos. O que a gente tem visto são lideranças religiosas mais engajadas em recomendação para seus fiéis”, disse.

Segundo ele, enquanto 18% dos católicos recebem algum tipo de orientação de votos nas igrejas ou templos, o número entre os evangélicos é de 28%. “Ou seja, os evangélicos discutem mais política dentro da igreja do que os católicos”, disse.

Meirelles avalia que “a vantagem do ex-presidente Lula em relação ao presidente Jair Bolsonaro em intenções de votos entre os católicos, é maior do que a do Bolsonaro frente ao Lula entre os evangélicos. E os católicos representam uma parcela maior da sociedade brasileira do que os evangélicos”.

“Então, essa tentativa da campanha de Lula para essa parcela do eleitorado é ter uma mensagem clara de respeito à crença e a fé desses eleitores [evangélicos]”, disse.

A campanha do ex-presidente Lula apresentou uma petição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sábado (20) em que pede à Corte a inclusão de novos endereços de redes sociais pertencentes ao candidato, todos direcionados ao ao eleitor evangélico. A informação foi revelada pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmada pela CNN.

Quando questionado sobre se o tempo de campanha eleitoral na TV aberta pode influenciar os resultados das pesquisas, o presidente do Instituto Locomotiva diz que a maior parcela do eleitorado que já decidiu os votos se informada pelas redes sociais.

No entanto, “quando olhamos o eleitor que não declara voto nem em Lula e nem em Bolsonaro, são eleitores que se informam, majoritariamente, pela televisão”, afirmou.

Meirelles destaca ainda o papel da imprensa profissional no combate às notícias falsas.

“A busca pela verdade nunca foi tão importante para a garantia da democracia. As fake news terão uma importância na influência dos votos e a única forma de corresponder a isso é deixar a opinião pública bastante atenta”, disse.

(Publicado por Ingrid Oliveira)

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