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sexta-feira, 22 de março de 2024

VAIDADE, OU SEGURANÇA? NUANCES DAS MÁSCARAS SOCIAIS QUE USAMOS SEM PERCEBER!

Você ficou insegura porque a outra pessoa parece tão mais bem-sucedida – e aí conta vantagens, demonstra arrogância... Sua amiga liga pedindo ajuda mas você está ocupada, será egoísmo dizer que não pode falar? Perceba nuances de máscaras sociais que usamos quando nos faltam boas doses de autoamor.

Para você entender de verdade, já comece deixando de lado a crença de que qualquer uma dessas emoções – vaidade, egoísmo ou arrogância – carrega autoamor. Nenhuma delas revela amor por si mesmo! São máscaras que a gente usa para esconder as carências que nos fazem sofrer.

Na maioria das vezes, esse é um processo inconsciente. Primeiro gostaria de explicar que coloco os três sentimentos em um mesmo potinho porque eles carregam a mesma energia.

Vou dar alguns exemplos bem didáticos.

COMO A ARROGÂNCIA NASCE? - Vamos supor que, ao chegar em um lugar e se deparar com uma pessoa próspera e bem-sucedida, você sinta insegurança, mas não queira que a outra pessoa perceba.

Uma atitude comum nesses casos é a pessoa insegura começar a agir com arrogância, nariz empinado, “contando vantagens” para impressionar a outra. Isso é o reflexo de um inconsciente inseguro que precisa usar a máscara da arrogância, para perder o medo e suprir a carência.

Ficou fácil de entender? Então vamos continuar…

O FRUTO DO EGOÍSMO - Com o egoísmo acontece um processo semelhante. Acho interessante refletirmos que, em geral, ninguém nos ensina a amar a nós mesmos em primeiro lugar, de uma forma clara.

“Amar o outro como a si mesmo”, é o que nos ensinam – mas o que isso quer dizer? Pode parecer até que devemos amar o outro antes do que a nós mesmos… É preciso prestar atenção, essa frase diz que temos que amar a nós mesmos em PRIMEIRO lugar, para então conseguirmos amar aos outros.

Esse autoamor precisa ser necessariamente bondoso, respeitoso, solidário e cheio de compaixão. Se temos uma atitude que não vem com essa energia de empatia, então não é autoamor, mas egoísmo.

Vou dar outro exemplo. Imagine que você está ocupada acabando um projeto que precisa entregar no trabalho, e uma amiga liga naquele exato momento pedindo a sua ajuda. Você considera arrogante negar ajuda?

Agir com autoamor e empatia, nesse caso, é dizer:

“Estou vendo que você está triste, mas tenho que terminar um trabalho urgente. Depois que terminar, se não estiver muito cansada, estou disponível para você”. Isso é muito diferente do que simplesmente falar: “Não posso conversar com você agora”. É por isso que digo: o autoamor envolve necessariamente empatia pelo outro. O egoísmo não. O egoísmo não leva você a compreender a dor e a necessidade do outro.

AUTOAMOR COMO NUTRIENTE DAS RELAÇÕES - O autoamor é libertador e atua diretamente na sua relação com as pessoas ao redor. A partir do momento em que você aprende a se respeitar e se colocar em primeiro lugar, automaticamente começa a respeitar mais os outros e a nutrir relações mais saudáveis. É impressionante como muda!

Até porque, algo que a escritora Louise Hay sempre dizia, e eu sou a prova disso: as nossas relações com outras pessoas são um reflexo da nossa relação com a gente mesmo.

Por isso que sempre que alguém me pergunta: “Como eu melhoro a minha relação com o meu marido, com os meus filhos ou no meu trabalho?”, a minha resposta não pode ser diferente dessa: “Melhorando a sua relação com você mesma”.

Se estamos bem com nós mesmos, em uma relação de amor, respeito e aceitação, fica muito mais fácil convivermos bem com os outros. Para hoje, fica a reflexão: egoísmo não é, nunca foi e nem será autoamor. São dois pólos que não se complementam: você não está sendo egoísta ao se colocar em primeiro lugar, ame-se sem culpa. Por Dra. Anna Vieira.

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