A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, em 2021, 51,1% da população brasileira era do sexo feminino. O dado representa 4,8 milhões de mulheres a mais que homens no país.
O trabalho aponta a existência de 108,7 milhões de mulheres e 103,9 milhões de homens, em um contingente populacional de 212,6 milhões de pessoas. A participação feminina na população é superior à masculina desde o início da série histórica, em 2012.
Segundo o IBGE, há 95,6 homens para cada 100 mulheres no Brasil. Uma lógica que se reproduz em quase todas as regiões do país. Apenas no Norte a lógica é diferente: há 102,3 homens a cada 100 mulheres.
A pesquisa apontou que, entre 2012 e 2021, houve redução dos percentuais de mulheres e homens em todas as faixas etárias até 34 anos. Nas faixas etárias acima de 34 anos, houve crescimento tanto para os homens quanto para as mulheres. O levantamento também mostrou que a população masculina tem um padrão mais jovem.
“Nos grupos de idade de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos é observada uma razão de sexo (população masculina em relação à população feminina) mais elevada quando comparados aos demais grupos etários, sendo, respectivamente, de 104,8 e 104,7 homens para cada 100 mulheres nesses grupos”, diz um trecho do relatório da pesquisa.
No entanto, o órgão ressalta que, como a mortalidade dos homens é maior em cada uma das faixas etárias, a razão de sexo tende a reduzir com o aumento da idade.
“No grupo etário de 25 a 29 anos, o contingente de homens e de mulheres era similar, correspondendo, cada um, a 4,0% da população total. A partir dos 30 anos, o percentual de mulheres era superior ao dos homens em todos os grupos de idade, sendo a proporção de 26,6% e 29,5%, respectivamente, de homens e mulheres”, explica a pesquisa.
Entre os idosos, também há uma concentração maior de mulheres. Segundo o IBGE, a razão de sexo calculada para as pessoas a partir dos 60 anos é de aproximadamente 78,8 homens para cada 100 mulheres. Em relação à população a partir dos 70 anos, a razão é ainda menor. São 71,8 homens para cada 100 mulheres.
Segundo o instituto, a explicação para o fenômeno é o fato de a expectativa de vida entre as mulheres ser maior.
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