Ao menos um a cada 5 baianos já viveu uma união conjugal, seja um casamento formal ou não, mas não vivem mais. Essa população foi nomeada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como os “descasados”, que, na Bahia, representam ao menos 20,4% das pessoas com mais de 10 anos de idade. Os dados compõem o índice de “nupcialidade” do Censo do IBGE de 2022.
Segundo o
levantamento, a Bahia possui a segunda maior população de “descasados” do
Brasil, com mais de 2,5 milhões de pessoas descasadas, ficando atrás apenas do
Rio de Janeiro, que possui um índice de 21,4%. Além dos números atuais, o que
chama atenção, é o crescimento deste grupo entre um censo e outro. Em 2010, os
“descasados” eram 15,6%, e em 12 anos o número avançou 4,8%. O mesmo aconteceu
no Brasil como um todo: Há 14 anos, o país possuía um índice de 14,6% da
população e em 2022 o número chegou a 18,6%.
Apesar dos
números, o romance ainda não foi esquecido na Bahia. O IBGE ainda contabilizou
o número de pessoas que ainda vivem em união conjugal. Em 2022, quase metade
dos baianos (48%) com mais de 10 anos, cerca de 5.967.653 pessoas, viviam em
uma união conjugal, sejam casamentos religiosos e/ou civis ou uniões consensuais,
registradas ou não.
Acontece que em
comparação com o país, a Bahia ainda fica atrás de outros estados na “corrida
dos casamentos”. A proporção de uniões conjugais na Bahia, em 2022, ainda era a
5ª menor entre os estados (48%), ficando abaixo da média nacional, que era de
51,3%. Nesse cenário, o estado ficou atrás apenas do Rio de Janeiro (48,6%),
Amazonas (48,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amapá (47,1%).
Entre casados e
“descasados” a Bahia ainda possui um grande índice de pessoas que nunca viveram
uma união conjugal. Em 2022, 3 de cada 10 baianos eram “solteirões” e nunca
tinham vivido uma relação conjugal, cerca de 31,0% ou 3,8 milhões de pessoas
com 10 anos ou mais. Ao contrário dos demais grupos, o índice de “solteirões”
diminuiu entre 2010 e 2022: Há 14 anos, essa população representava 37,4% dos
baianos.
PERFIL DAS UNIÕES
CONJUGAIS NA BAHIA - Os dados do Censo ainda detalham os formatos de união
conjugal na Bahia. Segundo o levantamento, a Bahia viveu um “boom” dos
casamentos civis entre 2010 e 2022. Os casados apenas no civil eram pouco mais
de 1 milhão de baianos há 14 anos e se tornaram 1,2 dos cidadãos do estado em
2022, saindo de 18,4% para 21,4% das uniões do estado.
Em contraponto, os
casamentos apenas religiosos diminuíram: eram 358.101 de baianos casados nesse
modelo em 2010 (6,5%) e se tornaram 262.044 em 2022 (4,4% do total). Os
casamentos que unem o civil e o religioso aumentaram numericamente, saindo de
1,624 milhão para 1,689 em 12 anos, mas diminuíram proporcionalmente, de de
29,3% em 2010 para 28,3% do total de uniões conjugais em 2022.
Já o número de uniões consensuais, sejam elas registradas em cartório ou não, cresceu 8,1% (de 2.536.025 para 2.740.716) e continuou predominante entre os tipos de união conjugal na Bahia, mas manteve sua participação no total praticamente estável, em 45,9%. Por Eduarda Pinto

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