A vida sorriu para mim e eu para ela, numa verdadeira troca de amabilidades e gentilezas. Não me pergunte como, por que e, muito menos, por quanto tempo. Talvez até prefira nem saber pois de nada iria adiantar prever se não posso intervir. Só sei que amanheci feliz e isso é tudo o que interessa. Quisera poder fazer esse dia ter mais que vinte e quatro horas para perpetuar esse sentimento de paz, serenidade e alegria. Como isso não é possível, trato de viver, viver intensamente, profundamente, sem receio de gastar o tempo ou o sentimento, sem medo de ser feliz. Será efêmero esse sentimento? O que fazer para perpetuá-lo?
            Acho que estou viajando no
pensamento, pensando ser o gênio da lâmpada. Mas quem não desejaria ser? Quem não
gostaria de transformar sonhos em realidade, fazer o bem a si próprio e aos
outros? Não seria essa a missão mais importante do ser humano nesse nosso mundo
terreno? No campo da hipótese, sim, o teorema está absolutamente correto. Na
hora da demonstração, faltam elementos fundamentais para provar o enunciado.
Mas, a vida segue seu rumo e eu vou junto, só que hoje, estou feliz. Tudo é
mais harmônico, mais bonito e interessante, quando se olha o mundo com o olhar
de felicidade. Mas, o que será felicidade Onde posso encontrá-la ou adquiri-la
para manter, perpetuar essa sensação de alegria e bem estar? Perdi a conta das
inúmeras vezes que me fiz essa pergunta.
            As poucas vezes em que me senti
triste e deprimido foram para mim, de fundamental importância, afinal de
contas, no meu ponto de vista, a felicidade é construída a partir da tristeza,
por isso tem esse valor inestimável. Só pude entender e valorizar o que é estar
e ser feliz, após viver momentos de tristeza e infelicidade. Quando nada
interessa ou faz sentido, o céu, antes azul, está cinza escuro, sem luz, sem
lua, o ar pesado sufoca, falta oxigênio, o pânico apavora, a tristeza e a
solidão dominam, instala-se o caos.
            Quem nunca vivenciou essa cena
angustiante, tão comum para tantas pessoas, hoje em dia? Os relatos são cada
vez mais fortes e frequentes, reforçando o diagnóstico do mal do século, a
depressão.
    A competitividade exacerbada, a
falta de oportunidade para todos, o desequilíbrio socioeconômico, a quebra de
conceitos fundamentais que são alicerce para uma vida equilibrada, provocam no
ser humano a ausência de perspectiva de vida. E o que é a vida, sem
perspectiva?
            Faço parte de um grupo de pessoas
que não esperam acontecer mas, provocam os acontecimentos, transformando todas
essas causas citadas em desafios, metas a serem alcançadas. Talvez seja essa a
fórmula tão sonhada para a construção da felicidade. Buscar no caos a força
para resolver problemas e promover, de forma verdadeira, as mudanças
necessárias, começando por cada um, no seu interior, com coragem e
determinação.
A felicidade deve e terá que vir dessa busca contínua e constante para encontrar soluções coerentes e formas de aplicá-las. O que importa agora é que estou bem, vivendo intensamente esse meu momento, sem medo de ser feliz, sem pensar nem projetar o que virá depois, consciente de que AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA.
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