A banda de arrocha Toque Dez, nascida em Serrinha, vai embalar o São João da Bahia em 2025 com uma agenda de 39 shows e um faturamento superior a R$ 11 milhões, colocando o grupo no topo da lista de contratações para o período junino, segundo o Painel de Transparência dos Festejos Juninos, divulgado no último domingo (1º) pelo Ministério Público da Bahia (MPBA).
O valor milionário chama atenção e repete o
protagonismo do grupo no ano anterior, quando recebeu R$ 7 milhões por 44
apresentações em municípios do interior baiano. O salto financeiro em 2025
reforça a crescente valorização de bandas do arrocha nas festividades, que
historicamente foram dominadas pelo forró tradicional.
Segundo
o levantamento do MPBA, das dez bandas mais contratadas neste São João, sete
pertencem ao gênero arrocha, revelando uma mudança clara nos gostos do público
e na prioridade das prefeituras baianas na hora de montar suas grades de
atrações.
Além
do Toque Dez, nomes como Tayrone, Devinho Novaes e Unha Pintada também figuram
entre os artistas mais requisitados e bem remunerados. Apesar da presença de
veteranos do forró como Mastruz com Leite e Calcinha Preta, o arrocha tem sido
o carro-chefe da festa popular mais tradicional do Nordeste.
A
publicação do painel de transparência é resultado de uma iniciativa do MPBA
para ampliar o controle social sobre os recursos públicos investidos em festas
populares. Em um cenário de alto investimento, o debate sobre os critérios de
contratação e os impactos culturais e econômicos dos festejos juninos ganha
força.
Confira o Top 10 de faturamento junino em 2025:
Toque Dez – 39 shows | R$ 11,2 milhões
Tayrone – 23 shows | R$ 6,5 milhões
Devinho Novaes – 22 shows | R$ 4,5 milhões
Silfarley – 19 shows | R$ 3,5 milhões
Batista Lima – 19 shows | R$ 3,4 milhões
Mastruz com Leite – 17 shows | R$ 3,8 milhões
Unha Pintada – 17 shows | R$ 5,6 milhões
Natanzinho Lima – 16 shows | R$ 9 milhões
Thiago Aquino – 16 shows | R$ 4,4 milhões
Calcinha Preta – 14 shows | R$ 6,8 milhões
O São João 2025 promete ser mais uma vez grandioso — e também altamente lucrativo para os principais nomes da música popular nordestina.
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