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Bocão 64

domingo, 9 de julho de 2023

DAS 417 CIDADES BAIANAS, 152 TEM MAIS MULHERES QUE HOMENS

Em 10 municípios, esse percentual salta aos olhos. Em 2010, mais de 1,4 milhão de mulheres circulavam por Salvador diariamente

Dos 417 municípios baianos, 152 têm o predomínio feminino em suas populações. Mas em Salvador e em outros nove municípios, esse percentual salta aos olhos. Com 53,3% de presença feminina, Salvador é, em números absolutos e também proporcionalmente em relação à população masculina, a cidade baiana com mais mulheres.

Os outros nove municípios com os maiores percentuais são Santo Antônio de Jesus (52,78% de mulheres), Cruz das Almas (52,77%), Alagoinhas (52,65%), Itabuna (52,64%), Feira de Santana (52,57%), Muritiba (52,5%), Santo Estêvão (52,16%), Rio de Contas (52,08%) e Governador Mangabeira (52,08%). 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, mais de 1,4 milhão de mulheres circulavam por Salvador diariamente. Em média, havia 100 mulheres para cada 87 homens vivendo na capital baiana. Em 2014, essa proporção chegou a 53,4%, quando a população feminina alcançou 2,2 milhões de pessoas – contra 1,9 milhão de homens.

O curioso é que, pelo menos em Salvador, nascem mais homens do que mulheres. “Se a gente fizer um levantamento por faixa etária, percebe que nascem mais homens. Mas, quando chega na faixa dos 15 anos, existe essa inversão, principalmente por conta da violência, da maior exposição dos homens à violência”, explicou o supervisor de disseminação de informações do IBGE na Bahia, André Urpia.Segundo as estatísticas de Registro Civil do IBGE.

1.687 homens – 1.420 deles solteiros – tiveram mortes violentas em Salvador ao longo de 2014. Apenas 206 mulheres tiveram mortes assim no mesmo ano – 150 delas casadas. Em toda a Bahia, foram 8.725 homens vítimas de mortes violentas, contra 1.148 mulheres.

Ainda em Salvador, as mulheres estão à frente de classes de ensino básico e médio, cuidando de pacientes em consultórios e enfermarias, vendendo artigos no comércio, prestando serviços. Também têm processos para serem julgados e crimes a serem solucionados.

A maioria se declara parda, tem entre 25 e 29 anos de idade, mora na parte urbana da cidade e frequenta centros espíritas. Embora a maior parte dos moradores de Salvador se declare católica, entre as mulheres, a doutrina predominante é o espiritismo. A religião também conquistou a maior parte das mulheres de Cruz das Almas, Alagoinhas, Itabuna e Rio de Contas, que estão entre as dez cidades com o maior percentual de mulheres.

No Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), há 27 desembargadoras e quatro dos cinco cargos da mesa diretora do Tribunal são ocupados por mulheres – inclusive o de presidente, pela desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago. Na Polícia Civil, as mulheres também estão em maior número que os homens, pelo menos em Salvador: das 16 delegacias territoriais, 11 são comandadas por mulheres.

Elas também dominam as salas de aula, e no estado inteiro. Segundo a Secretaria Estadual da Educação (SEC), são 29.153 professoras, o que representa mais de 70% do total. Já o Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) computa que 90% dos inscritos são mulheres: 97.796 entre auxiliares de enfermagem, técnicas de enfermagem e enfermeiras, de um total de 108.552 registrados.

Para o estatístico Gilberto Marquezini, a tendência é que, nos próximos 10 ou 15 anos, a predominância feminina nas cidades seja ainda mais significativa. “O Brasil todo tem mais mulheres do que homens, mas a diferença é pequena. Se isso fosse política, eu diria que estamos na margem de segurança. Mas hoje há muito mais mulheres nas universidades e, daqui a 10 ou 15 anos, acredito que as mulheres atingirão os cargos principais, até porque elas têm uma qualidade maior nos estudos”.

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