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sábado, 10 de junho de 2023

MULHERES QUE CUIDAM DE GENTE SÃO MAIS ESPECIAIS!

Mulheres da gestão do Albergue Bezerra de Menezes em Itabuna, são exemplo do quanto o gênero feminino tem sido preponderante, para a melhoria da qualidade de vida de centenas de pessoas enfermas, carentes e que só possuem elas com quem contar!

Confesso minha imprudência aceitando escrever este artigo para um blog com este perfil de mulher para mulher, que tem se notabilizado como referência de empoderamento feminino em Itabuna e todo sul da Bahia,  tendo pouco tempo para fazê-lo. Mas a oportunidade para falar de mulheres transformadoras foi sedutora e sucumbi ao convite.

Escrevo, portanto, sobre certas mulheres que, a despeito das duras adversidades, desempenham relevante papel, cumprindo o propósito de emprestar seus talentos na construção da sociedade almejada por todos. São adversidades conhecidas, pois povoam a crônica diária: exclusão social, preconceito, abuso sexual, sofrimento frente a catástrofes sociais e naturais, separações conjugais traumáticas, o impacto das drogas na família, desemprego, etc.

Para muitas, essas adversidades são incapacitadoras. Todavia, nossas personagens, após cada embate, saem fortalecidas e mais competentes para encarar os desafios próprios das crises. A psicologia fala desse tipo de personagem. São mulheres resilientes; que aprendem a conviver com um cenário adverso e dele extrai nutrientes para se tornarem fortes e superarem as adversidades ou serem positivamente transformadas por elas.

As mulheres transformadoras são, seguramente, resilientes. Pessoas que, segundo o conceito de resiliência, são capazes de fazer brotar amor, coragem, alegria e prazer em meio aos obstáculos e revezes que vivenciam. Conheço muitas delas e com elas convivo em meu dia-a-dia e com elas aprendo.

Vejo confirmado nelas a posição dos estudiosos: a resiliência não é uma qualidade étnica e extraordinária, nem uma característica intransferível de um grupo especial de pessoas. Não! É, antes de tudo, a resultante de qualidades comuns que a pessoa já possui. Virtudes que, quando corretamente articuladas e suficientemente desenvolvidas, deságuam nessa maravilhosa característica das mulheres transformadoras.

Encontramos pessoas e ambientes resilientes em toda a sociedade itabunense, mas é o Terceiro Setor que atrai maior número de indivíduos com essa qualificação. É compreensível. É nessa área de atividade que a doação individual é mais enfatizada, o que não ocorre sem os atributos mencionados, dos quais o de melhor tradução é o amor.

Atualmente meu pensamento e minha simpatia voltam-se para as mulheres voluntárias do Terceiro Setor. Graças a elas, crianças e adolescentes deficientes têm experimentado verdadeira transformação em suas vidas. A característica resiliente de suas vidas leva esperança, alegria, coragem e amor aonde antes havia apenas dificuldades. Que Deus abençoe essas mulheres! Angélica Brito de Souza.

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