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Bocão 64

terça-feira, 9 de maio de 2023

É NECESSÁRIO QUE MAIS MULHERES SEJAM ELEITAS!

Não é possível que as mulheres itabunenses permaneçam sendo maioria do eleitorado, sem contudo deixar de ser somente Wilma na Câmara Municipal!

Mulheres são maioria do eleitorado itabunense, mas apenas uma vereadora foi eleita em 2020. Apesar das cotas de número de candidatas e do fundo eleitoral, e apesar da insistência da mídia sobre o assunto, a participação feminina permanece sendo diminuta. Feministas consideram isso culpa do machismo da sociedade e a pressão patriarcal. Mas se esquecem que as mulheres são a maior parte dos eleitores.

Mesmo se houver seleção favorável aos homens dentro dos partidos, nada impede que elas criem seus partidos ou votem naqueles com presença feminina mais consistente. Ao contrário da maior parte das feministas, a mulher comum não vê o mundo pela lente das relações de poder. Não se vê como integrante do time feminino contra o time masculino. Não considera que está perdendo quando homens ganham. O mesmo vale para os homens.

É preciso um bocado de paranoia para acreditar que, diante da vitória feminina, homens reclamem: “Droga, o grupo masculino perdeu, não podemos deixar isso acontecer”. Homens têm filhas, netas, sobrinhas: a maioria deles torce pelo sucesso de pessoas queridas. Também me parece que a mulher comum não considera gênero um critério relevante. Votam igualmente em homens e mulheres pesando outros critérios: honestidade, experiência, eficiência.

Como as mulheres são um terço dos candidatos, e boa parte dessas são laranjas para cumprir a cota imposta pela lei, as eleitoras acabam escolhendo mais em homens. Talvez nem mesmo as feministas considerem o gênero tão relevante quanto afirmam. Num disputa entre a atual vereadora e Jairo Araújo, será que as feministas do PCdoB votariam na mulher? Por quem se sentiriam mais representadas?

E assim migramos para outra pergunta: Por que tão poucas mulheres se candidatam? O fato é que as mulheres itabunenses se interessam menos por política que os homens. Quem se preocupa com a participação de mulheres na política precisa lidar com estas duas características da mulher real: Falta de interesse pela política e maior aversão ao risco. Afinal, como ficou provado mais uma vez, cotas por gênero criam laranjais e não estão dando resultado.

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