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quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Canabidiol é eficaz para sintomas de mulheres na pós-menopausa, diz estudo americano


O canabidiol (CBD), importante componente do cânhamo e da maconha medicinal, usado para tratar condições como dor crônica, inflamação, enxaqueca, epilepsia, doenças autoimunes, depressão e ansiedade, também pode ser usado, segundo estudo realizado pela Universidade americana Rutgers Escola de Ciências Ambientais e Biológicas (School of Environmental and Biological Sciences, SEBS), como um possível tratamento para mulheres na pós-menopausa cujos ovários não produzem mais estrogênio.

Ao longo de 18 semanas, os pesquisadores alimentaram camundongos com deficiência de estrogênio a base de uma dieta constante de pequenas bolas de manteiga de amendoim com canabidiol e sem o medicamento.

Os animais que não receberam o CBD desenvolveram sintomas semelhantes aos das mulheres na pós-menopausa, como disfunção metabólica, evidência de inflamação, menor densidade óssea e níveis mais baixos de bactérias intestinais benéficas. No entanto, os camundongos que ingeriram CBD, eliminavam mais facilmente a glicose da corrente sanguínea, queimavam mais energia, tiveram uma melhora significativa na densidade óssea, além de ter uma redução nas inflamações em seus tecidos intestinais.

As mulheres passam cerca de um terço de sua vida no estágio pós-menopausa, definido como um ano após a menstruação final, que ocorre por volta dos 51 anos, período em que há um declínio acentuado nos níveis de estrogênio, o que resulta em graves problemas para a saúde, como ganho de peso, doenças cardiometabólicas, osteoporose, distúrbios gastrointestinais e declínio cognitivo.

A terapia de reposição hormonal (TRH) existe como uma das poucas opções de tratamento, mas os riscos e benefícios da TRH são variáveis e dependem do tipo de terapia, da idade da mulher, o estado de saúde individual e as doses. Estudos indicam que o uso excessivo de TRH em mulheres com mais de 60 anos, por exemplo, leva a um maior risco de doenças cardíacas, derrames, coágulos sanguíneos e câncer.

“Este estudo pré-clínico é o primeiro a sugerir o potencial terapêutico do CBD para aliviar os sintomas da deficiência de estrogênio”, disse Diana Roopchand, professora assistente do Departamento de Ciência Alimentar da Rutgers Escola de Ciências Ambientais e Biológicas e autora do estudo.

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