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Câmara de Ilhéus - Acompanha sessões remotas

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Bocão 64

terça-feira, 21 de junho de 2022

Secretaria de Saúde do DF investiga caso suspeito de varíola dos macacos


A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou nesta terça-feira (21) o registro de um caso suspeito de varíola dos macacos. Trata-se de um homem que tem entre 20 e 29 anos. De acordo com a pasta, o Ministério da Saúde já foi notificado e a capital está preparada para lidar com a situação.

Em nota, a pasta informou que logo que os primeiros casos foram registrados no país, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) do DF emitiu um alerta epidemiológico às unidades da atenção primária e hospitalares das redes pública e privada.

Até o momento, a capital não tem casos confirmados da varíola dos macacos. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem oito casos da doença registrados, sendo quatro em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.

A Secretaria de Saúde acompanha ainda um caso suspeito de hepatite de causa desconhecida no DF. “Trata-se de uma criança, que tem entre 5 a 9 anos e está em bom estado de saúde e realizando acompanhamento ambulatorial”, afirmou a pasta.

A secretaria disse ainda que “segue atenta e monitorando os casos, até que saiam os resultados laboratoriais”.

Covid representa 71,2% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil


A nova edição do boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta terça-feira (21), aponta que os casos de Covid-19 já correspondem a 71,2% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil nas últimas quatro semanas.

Com manutenção do sinal de crescimento de SRAG desde a semana epidemiológica (SE) 16 (entre os dias 17 e 23 de abril), as estimativas apontam para 8.100 casos na SE 23 (de 5 a 11 de junho). A curva nacional mantém sinal de elevação nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas).

De acordo com a Fiocruz, a predominância dos casos de Covid está na população adulta. Em crianças pequenas (0 a 4 anos) se observou o predomínio do vírus sincicial respiratório (VSR), seguido de Sars-CoV-2 (Covid-19), rinovírus e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias o Sars-CoV-2 é predominante entre os casos com identificação laboratorial.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,5% Influenza A, 0,3% Influenza B, 12,7% vírus sincicial respiratório, e 71,2% para Covid-19. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2,6% Influenza A, 0,0% Influenza B, 2,3% vírus sincicial respiratório (VSR), e 91,9% Covid-19.

Estados
Entre os 27 estados brasileiros, 17 apresentam indícios de crescimento tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 23: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Os demais apresentam sinal de estabilidade ou queda na tendência de longo prazo. No Rio Grande do Sul, em particular, observa-se também o aumento nos casos positivos para influenza em diversas faixas etárias.
Das 27 capitais, Palmas (TO) está em macrorregião de saúde em nível pré-epidêmico, São Luís (MA) em nível epidêmico, 19 em nível alto (Aracaju, Belém, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina e Vitória), seis em nível muito alto (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Rio Branco e São Paulo) e nenhuma em nível extremamente alto.

Capitais
Quanto às capitais, 19 apontam para sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 23: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN) Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Pré-candidatos à Presidência falam sobre a legislação do aborto no Brasil

Os Estados Unidos vêm tendo neste mês de maio manifestações pelo direito ao aborto. Os protestos ocorrem em meio ao temor de que o caso Roe vs. Wade, que garante o aborto legal em todo o país há quase 50 anos, seja derrubado pela Suprema Corte.

Caso a decisão seja revertida, o país voltaria à situação anterior a 1973, quando cada estado era livre para proibir ou autorizar o aborto. Diante do parecer iminente da Corte, os democratas tentaram aprovar lei que manteria o direito ao aborto nos Estados Unidos, mas o projeto foi derrotado em votação no Senado na última semana.

Na Colômbia, em fevereiro, a Corte Constitucional descriminalizou o aborto em até 24 semanas de gestação.

No Brasil, o aborto é permitido por lei nos casos em que a gestação implica risco de vida para a mulher, quando a gestação é decorrente de estupro e no caso de anencefalia, isto é, quando o feto não possui cérebro.

Diante disso, a CNN perguntou aos pré-candidatos o que pensam da legislação atual e se, para eles, os casos em que o aborto é permitido devem diminuir ou aumentar.

Lula (PT):

A assessoria do presidenciável disse que o plano de governo será elaborado com a sociedade e os partidos aliados e entregue na data prevista pelo TSE.

Jair Bolsonaro (PL):

O presidente não respondeu até o momento da publicação.

Ciro Gomes (PDT):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

João Dória (PSDB):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

André Janones (Avante):

Sou 100% contra o aborto e quero deixar isso muito claro. Como política pública, não pode haver estímulo à interrupção da gravidez. Da concepção ao nascimento, a vida deve ser protegida. O estado, nas esferas federal, estadual e municipal, precisa oferecer às gestantes todo suporte necessário para que a gravidez transcorra com suporte e cuidados médicos. 

É igualmente dever do poder público disponibilizar meios para que nossos bebês possam se desenvolver com acesso à saúde pública, escola de qualidade e emprego.

Pablo Marçal (Pros):

Nossa legislação já prevê as situações em que o aborto é permitido que são os casos de gravidez proveniente de estupro e de risco a saúde da mãe. Precisamos lembrar que a Lei tem que refletir a vontade e o pensamento da população e no Brasil, a grande maioria dos brasileiros é conservadora e contra essa prática que atenta contra a vida de alguém que sequer pode se defender. Sou a favor de, consultada a população na forma de plebiscito, capitular o aborto ilegal como homicídio por atentar contra a vida.

Simone Tebet (MDB): 

Sou a favor da manutenção da lei atual e qualquer mudança da legislação precisa ser amplamente debatida com toda a sociedade. Esse é um tema muito complexo e não pode ser discutido somente a cada quatro anos, durante as eleições.

Felipe d’Avila (Novo):

Sou a favor de manter a legislação como está. Acredito que esteja em sintonia com o que pensa a maioria dos brasileiros. Em relação ao caso dos Estados Unidos, gostaria que o Brasil tivesse um modelo de federalismo mais próximo do americano, e que os estados tivessem autonomia para legislar sobre essas questões. Estados diferentes podem ter políticas diferentes sobre estes temas.

José Maria Eymael (DC):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

Leonardo Pericles (UP):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

Luciano Bivar (União Brasil):

Assim como cada cidadão, tenho minhas convicções pessoais sobre o tema, mas como presidente da República elas não podem se sobrepor ao interesse coletivo, muito menos à competência do Congresso Nacional, que é o responsável pela legislação acerca do assunto. O que cabe ao governo federal é solucionar a questão sob a ótica da saúde pública. Não podemos continuar permitindo que milhares de mulheres morram fazendo abortos clandestinos. Precisamos também investir pesado na educação de adolescentes para atuar na prevenção do problema.

Sofia Manzano (PCB):

A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

Vera Lúcia (PSTU):

A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

Justiça de SC investiga juíza que impediu aborto de criança vítima de estupro


A Justiça de Santa Catarina investiga a atuação da juíza Joana Ribeiro Zimmer, que impediu uma criança de 11 anos, grávida e vítima de estupro, de realizar um aborto.

O caso foi revelado em uma reportagem publicada pelas jornalistas Paula Guimarães, Bruna de Lara e Tatiana Dias, do Portal Catarinas e do Intercept Brasil.

Uma menina, de então 10 anos, foi levada até um hospital de Florianópolis para a realização de um aborto. Porém, a gestação já ultrapassava o limite de semanas permitido pelas normas do hospital, o que judicializou a questão.

O caso chegou à magistrada Joana Ribeiro Zimmer, que autorizou a ida da menina para um abrigo, usando de justificativa em um dos despachos o “risco” da mãe efetuar “algum procedimento para operar a morte do bebê”.

Além disso, durante uma audiência em maio, a juíza questionou: “Você suportaria ficar mais um pouquinho?”

“A gente tem 30 mil casais que querem o bebê, que aceitam o bebê. Essa tristeza de hoje para a senhora e para a sua filha é a felicidade de um casal”, também disse a juíza na audiência.

Em outros momentos da audiência, Joana Ribeiro ainda perguntou à criança se ela gostaria de “escolher o nome do bebê” e se ela achava “que o pai do bebê concordaria com a entrega para adoção”.

A CNN entrou em contato com a advogada da família, Daniela Felix, que confirmou as informações da reportagem.

Em nota divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a Corregedoria-Geral da Justiça, orgão do TJSC, afirma que “instaurou pedido de providências na esfera administrativa para a devida apuração dos fatos”.

O TJSC ainda disse que o processo corre em segredo de justiça, e “não cabe manifestação deste Tribunal, a não ser por seus próprios órgãos julgadores, nos próprios autos”.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em uma nota de esclarecimento, afirmou que assim que o Conselho Tutelar soube da situação, “imediatamente” a criança foi encaminhada ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, ligado à UFSC, “para a realização do abortamento”.

“A equipe médica do hospital, contudo, após avaliação da situação, concluiu pela inviabilidade do procedimento de aborto legal, em virtude da já avançada gestação, que naquele momento já passava das 22 semanas”, afirmou o MPSC.

O MPSC acrescenta que, tomado conhecimento dessa situação, “e tendo em vista a inconteste necessidade de se resguardar a saúde física e emocional da vítima”, foi ajuizada uma ação na Justiça pedindo autorização para a interrupção de gravidez assistida, segundo critérios definidos pela equipe médica responsável”.

Apesar da juíza Joana Ribeiro ter citado o “risco de morte do bebê” em um despacho sobre a ida da criança para um abrigo, o Ministério Público afirma que o pedido de acolhimento provisório foi feito “com o único objetivo” de colocar a criança a salvo de possíveis novos abusos.

“O MPSC segue acompanhando o caso, com a responsabilidade necessária para proteção da vítima”, completou a instituição.

O Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) também se manifestou a respeito do caso. Em nota, o HU afirmou que é referência para interrupção legal de gestação.

“Quando ocorre de ultrapassar o limite da idade gestacional estabelecido pelo protocolo para conduzir o procedimento, orientamos a família a recorrer judicialmente para assegurar esse direito”, explica a nota.

O hospital afirmou que depende desta autorização da Justiça quando a gestação ultrapassa 20 semanas. A menina chegou ao hospital com 22 semanas e 2 dias de gestação.

O hospital declarou que esses pedidos “normalmente” são deferidos com agilidade, pela complexidade e urgência da situação.

“No entanto, há situações, pontuais, cuja conduta do poder judiciário não corresponde à expectativa da equipe assistencial do HU em atender as demandas de saúde na sua integralidade”, disse o Hospital.

O HU ainda acusou o MPSC de não basear seu pedido no parecer da equipe especializada do Hospital.

“Em todas as circunstâncias o HU buscou garantir a assistência em saúde e os direitos humanos à criança, ofertando assistência à saúde, e avaliação da equipe multidisciplinar em relação à melhor conduta para a situação”, completa a nota.

A CNN tentou contato com a juíza Joana Ribeiro por intermediação do TJSC, mas a juíza optou por não se manifestar.

OAB acompanhará o processo
Em um comunicado, a OAB de Santa Catarina afirmou que, por meio da Comissão de Direito da Criança e do Adolescente, está buscando as informações necessárias para resguardar e garantir “proteção integral à vida da menina gestante”.

“Tendo conhecimento dos fatos, a partir de agora a OAB/SC estará atenta e acompanhará todo o processo e seus desdobramentos, com o intuito de que a vítima receba amparo integral, incluindo o retorno ao convívio familiar e toda a assistência de saúde necessária, incluindo amparo psicológico para ela e seus familiares”, conclui a nota assinada pelo presidente da Comissão, Edelvan Jesus da Conceição.

Aneel aprova aumento de até 63,7% nos valores de bandeiras tarifárias

A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (21) os novos valores de bandeira tarifária, montante que é cobrado de forma adicional na conta de luz de acordo com as dificuldades de geração de energia.

A proposta aprovada traz aumentos da ordem de 60% nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1.

O valor da bandeira amarela terá aumento de 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos para R$ 2,989. Já a bandeira vermelha 1 vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%. O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.

A diretora-geral interina Camila Bonfim ressaltou que, apesar dos aumentos, os patamares seguem abaixo da chamada bandeira “Escassez Hídrica” que foi adotada entre agosto de 2021 e abril deste ano para bancar os altos custos de geração diante da escassez hídrica vivenciada no período. O patamar extraordinário resultou em cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.
Ela ressaltou ainda que a definição dos valores não significa sua aplicação imediata uma vez que a bandeira tarifária é definida mensalmente pela agência reguladora.
 Apesar da vigência dos novos patamares a partir de julho, a expectativa, por conta das condições hidrológicas, é que seja mantida verde nos próximos meses, ou seja, sem cobrança adicional.

Apesar da sugestão feita por distribuidoras de energia de criação de maneira permanente de uma bandeira tarifária para situações extremas, a agência decidiu, neste momento, apenas revisar os valores de cada uma das bandeiras.

O diretor Ricardo Tili sugeriu, no entanto, que a agência aproveite a “calmaria” que deve haver sobre o tema considerando as boas condições climáticas para que a metodologia das bandeiras tarifárias seja estudada mais a fundo.

Como ensinar as crianças a serem mais pacientes?


Vai demorar muito? Calma, não é só aí na sua casa que essa pergunta aparece a todo instante. Até os 5 anos, todas as crianças são naturalmente impacientes e tendem a reclamar quando precisam esperar por algo. Acontece que, nessa fase, elas ainda não aprenderam a regular suas emoções e têm mais dificuldade e lidar com situações de espera. Mas, afinal, o que fazer para ajudá-las a melhorar essa habilidade?

Foi isso o que tentaram descobrir os pesquisadores da Universidade de Bochum (Alemanha). E a resposta foi uma só: dar o exemplo! Eles selecionaram 96 crianças de 2 anos e analisaram como elas agiam enquanto aguardavam por três minutos o comando dos cientistas para usar um brinquedo. Depois, parte delas foi colocada numa sala para observar o que adultos faziam quando estavam na mesma situação.

“Aquelas que viram um adulto brincando enquanto estava à espera do prêmio depois também buscaram formas de ocupar o tempo de espera com outras atividades. Isso significa que copiaram a distração como uma estratégia de lidar com a situação”, disse Johanna Schoppmann, uma das autoras do estudo.

Criança é esponja, todo mundo sabe. Elas observam e reproduzem tudo o que veem ao seu redor e, especialmente quando são pequenas, os pais são as suas principais referências. Por isso, para lidar com comportamentos indesejados, os pais devem fazer mais do que apenas estabelecer o combinado. É preciso mostrar a forma adequada de agir a partir das próprias ações para que os acordos funcionem.


segunda-feira, 20 de junho de 2022

Quais foram as mudanças na Aposentadoria por idade?


Em maio de 2022, uma nova lei foi publicada, mudando completamente o cálculo das aposentadorias, principalmente das aposentadorias por idade. Por isso, é importante ficar atento com as novas regras e como o planejamento previdenciário pode ajudar quem vai requerer a aposentadoria a partir de agora.

De antemão, é preciso destacar que os requisitos de acesso à aposentadoria por idade não irão sofrer alterações. Ou seja, continua sendo necessário atingir a idade mínima – 65 para homens e 62 para mulheres – e os 15 anos de carência (tempo de contribuição).

Entretanto, a nova lei, que passou a valer a partir do dia 05 de maio de 2022, trouxe mudanças expressivas na regra de cálculo – algo muito mais importante que mudança nos requisitos, já que modifica o cálculo de basicamente todas as aposentadorias pela regra geral. Vale lembrar que mesmo antes dessa nova regra, o cálculo ficou defasado pela reforma da previdência, onde eram reunidas a média de todos os salários de contribuição de julho de 1994 até a entrada do processo de aposentadoria, o período básico de cálculo. A partir daí, aplicava-se o coeficiente de 60%, sendo possível também fazer o descarte automático das contribuições que diminuem o benefício, desde que se mantenham as contribuições mínimas para requerer o benefício. Ainda, era possível, com essa regra, realizar o chamado “milagre da contribuição única”.

Porém, essa regra ficou para trás, bem como as estratégias atreladas a ela. A partir de agora, passou a valer o requisito do divisor mínimo de 108 contribuições de julho de 1994 até a data de entrada do pedido. É importante saber que não é necessário ter somente 108 contribuições após julho de 1994 para requerer a aposentadoria e sim, para não ter a aplicação do divisor mínimo no cálculo.

Divisor Mínimo

O divisor mínimo não é um novo requisito. Não se deve confundir com a quantidade de contribuições estabelecidas para requerer o benefício – estas continuam como de costume: 180 meses de carência. Porém, agora haverá um divisor, para o caso dos segurados que têm menos de 108 contribuições após julho de 1994.

Esse divisor mínimo já existia antes da Reforma da Previdência e era por esse motivo que algumas aposentadorias por idade, de segurados que tinham poucas contribuições após julho de 1994, eram muito pequenas.

O divisor mínimo retorna agora com algumas modificações. Ele é uma regra de cálculo para evitar que a média dos salários seja incompatível com o histórico contributivo, determinando uma “quantidade razoável” de contribuições no período básico de contribuição com um cálculo equivalente ao que a pessoa contribuiu na vida.

Com a lei 14.331/22 o divisor considerado no cálculo da média dos salários de contribuição não poderá ser inferior a 108 meses no cálculo do salário de benefício das aposentadorias (com exceção para a aposentadoria por invalidez). Os segurados que possuem mais de 108 contribuições depois de 1994 também serão afetados, pois, os descartes das menores contribuições também serão reduzidos, ficando assim prejudicado em alguns casos.

Caso não tenha as 108 contribuições, o segurado terá uma perda no valor da sua média. Nos casos em que o número de contribuições for maior que 108, ele não terá perda e poderá descartar, desde que seja favorável, as contribuições que excederem as 180 gerais e as 108 após de julho de 1994, para não haver aplicação do divisor mínimo.

Por isso, torna-se indispensável, para quem vai se aposentar por idade, o planejamento previdenciário para avaliar a situação. Para quem já está com esse planejamento em andamento também se torna importante a reavaliação do caso, pois há grandes possibilidades do cenário mudar. 

Vale lembrar que todo planejamento de aposentadoria deve englobar a lei vigente. Se a lei é alterada, é importante procurar a atualização do documento. Porém, quem fechou requisito mínimo antes do dia 05 de maio – período em que a lei entrou em vigor – está em situação de direito adquirido e, neste caso, o que vale é a lei anterior, ou seja, não há divisor mínimo nestes casos.

Cálculo real

Para entender melhor a importância de um bom planejamento previdenciário, vamos acompanhar o caso de um homem de 59 anos e como essa estratégia planejada pode melhorar significativamente o valor da sua aposentadoria.

Atualmente, ele possui 17 anos de contribuição. Entretanto, desse tempo, apenas 60 meses correspondem às contribuições realizadas após julho de 1994, portanto, somente essas serão consideradas no cálculo, onde a média do mesmo é de R$3.750. A partir deste resultado, será aplicado o coeficiente e realizado os descartes necessários. Neste cenário clássico, o segurado conseguiria uma aposentadoria de R$2.500.

Utilizando o divisor mínimo neste mesmo cálculo, ele chegaria em um valor de aposentadoria de R$1.249. Para se ter uma base geral, ao atingir 85 anos (20 anos a partir dos 65), ele teria um acumulado de cerca de R$324.771.

Porém, durante o planejamento, é possível observar algumas diferenças sutis que podem modificar de forma positiva o cenário de aposentadoria desse trabalhador.

Primeiro, é importante considerar a idade do mesmo. Com 59 anos, ele ainda pode contribuir até os 65 anos – aumentar 6 anos de contribuição. Durante esse período, algumas estratégias podem ser adotadas, como a contribuição sob o teto, onde é possível aumentar a própria média, excluindo o divisor mínimo e aumentando seu coeficiente. Nesse caso, a média salarial seria de R$5.487 e uma aposentadoria de cerca de R$3.651 com um acumulado de R$884.774 em 20 anos (já abatido o investimento feito das contribuições sobre o teto).

Porém, outra possibilidade, seria não recolher os 6 anos diretos e sim, somente a quantidade necessária para completar os 108 meses, fator indispensável para excluir o divisor mínimo. Neste cenário, ele contribuiria por mais 4 anos, teria sua base salarial de R$5.233 e uma aposentadoria de cerca de R$3.244, além de um acumulado de aproximadamente R$776.375 até os 85 anos de idade (também já abatemos o investimento feito).


Em campanha para a reeleição, Bolsonaro tenta ressuscitar o ‘kit gay’


No dia em que São Paulo realiza a 26ª Edição da Parada do Orgulho LGBT, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou as suas redes sociais para dar mais uma estocada no PT, tentando ressuscitar o debate em torno do ‘kit gay’.

O ‘kit gay’ foi uma denominação criada pelo próprio Bolsonaro, em 2011, quando era deputado, para criticar material didático que incluía filmes e cartilha para professores, elaborados pelo Ministério dos Direitos Humanos em parceria com entidades não governamentais, apoiadas pela Unesco, para incentivar a educação sem homofobia. O material foi vetado pelo governo e não foi distribuído nas escolas.

Hoje pela manhã, Bolsonaro postou mensagem sobre um kit que seu governo está distribuindo sobre ‘literatura familiar’, dentro do Programa Conta Pra Mim, com conteúdo para fortalecer os laços familiares. Em sua mensagem, o presidente faz referência ao kit que ele tanto criticou, atribuindo o material aos governo do PT.

“Diferentemente de governos anteriores, o kit atualmente distribuído é outro: entrega do material Programa Conta Pra Mim. Conteúdo educacional que incentiva o fortalecimento dos laços familiares e a alfabetização das crianças”, escreveu Bolsonaro.

Bolsonaro utilizou o que chamou de ‘kit gay’ para atacar seu adversário em 2018, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT), que hoje é candidato ao governo e São Paulo, chamando-o de “candidato do kit gay”. O material produzido na época seria utilizado pelo governo federal no programa Brasil sem Homofobia.

Os bolsonaristas entenderam o recado de Bolsonaro. “Isto sim, é conteúdo para criança, não aquele que o Partido das Trevas queria distribuir para nossas crianças, aquele tal do kit”, escreve uma internauta. “Prefiro o kit gay”, ironizou outro internauta.

A difícil missão de conviver com uma mãe narcisista


“Você só está vivo(a) graças a mim”. “Você me deve”. “Você não valoriza nada do que eu faço para você”. “Você não faz nada direito”. “Quando eu tinha a sua idade, já tinha feito mais e melhor”. Mães que usam frases como essas de forma recorrente apresentam uma chance de serem narcisistas ou de terem traços de narcisismo, sabia? E mais: há ainda uma probabilidade de que os indivíduos que ouvem declarações do tipo repitam o padrão com seus próprios filhos. “Uma pessoa narcisista tem traços de egocentrismo, de uma visão hiperinflada a respeito dela própria. Ela se supervaloriza sempre, em qualquer situação”, explica o psicanalista Artur Costa, professor da Associação Brasileira de Psicanálise Clínica (ABPC).

O nome vem da mitologia grega. Narciso era um belo jovem que, ao ver seu reflexo sobre um lago, apaixonou-se tão perdidamente por si mesmo, que caiu nas águas profundas e morreu afogado. “Existem pessoas que têm traços narcisistas em alguns momentos e ambientes, e pessoas que desenvolvem o transtorno psiquiátrico mesmo”, diferencia o especialista.

De acordo com estimativas levantadas nos Estados Unidos e publicadas no periódico científico The Journal of Clinical Psychiatry, a prevalência do transtorno em homens é muito maior – cerca de 75% dos casos diagnosticados são em pacientes do sexo masculino. Mas por que, então, se fala mais de mães narcisistas do que de pais narcisistas? Segundo o psicanalista, os danos são maiores e mais sensíveis nas mulheres justamente por causa da maternidade.

Ser filho ou filha de uma mãe narcisista: como é?
“A mãe narcisista admira somente a si mesma. Ela pode até admirar outras pessoas, desde que essas outras pessoas se pareçam com ela”, explica o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Por isso, uma das características da mãe narcisista é querer ou até exigir que os filhos sejam e ajam exatamente como ela. Se não fizerem dessa forma, deixam, automaticamente, de merecer seu amor e sua atenção. “Ela é centralizadora, manipula, abaixa a autoestima dos outros. Às vezes, usa doenças para controlar quem está à sua volta”, exemplifica Bottura.

“Há também as mães que se gabam excessivamente dos filhos e projetam neles tanto suas expectativas como suas frustrações. Elas vivem a vida dos filhos, não voltam para a vida delas, conforme as crianças se desenvolvem”, acrescenta a psicóloga Lígia Dantas, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e criadora do Entra na Roda, um grupo de apoio psicológico online de acolhimento a mães e mulheres.

São mães que olham apenas para si – e querem que todos façam o mesmo, principalmente, o parceiro, a parceira e os filhos. Quando as crianças começam a se desenvolver e a criar interesses diferentes, elas simplesmente não conseguem aceitar. “Já atendi casos em que a sogra, ao passar o fim de semana na casa dos filhos adultos, queria dormir no meio, na cama do casal”, conta Lígia.

Existe também a questão da competição com os filhos, sobretudo na adolescência. Elas querem mostrar que são melhores e que sabem mais. Os sentimentos dos jovens, neste caso, são sempre invalidados.

Por trás desse comportamento…
Por mais paradoxal que pareça, a mãe narcisista tem dificuldade com sua autoestima, por isso, é tão dependente da admiração externa. Muitas vezes, a projeção sobre os filhos (desejar que eles sejam perfeitos, arrumá-los impecavelmente e deixá-los o mais parecido possível com ela) é uma tentativa de fazer com que eles recebam elogios e, assim, saciem seu ego.

Quando esse traço ou esse transtorno se aplica a uma mãe, as consequências podem ser graves e, como já mencionamos, até levadas de geração a geração, perpetuando o problema. “Grande parte dos traumas acontece na infância e uma mãe narcisista pode causar traumas extremamente profundos nos filhos, mesmo enquanto eles ainda são muito pequenos. O dano é realmente muito potente e vai se refletir na vida adulta, inevitavelmente”, aponta Costa.

“O tempo todo e a qualquer custo, ela vai querer ser reconhecida para suprir esse amor-próprio que não consegue produzir sozinha. Então, sempre vai exigir do parceiro, da parceira, dos filhos, o reconhecimento daquilo que faz e, às vezes, de forma mecânica”, aponta o psicanalista Artur. “O narcisista sempre acha que ele trabalha mais, que o sofrimento dele é legítimo e o do outro não. Muitas vezes, é hipersensível, por tudo se magoa, se fere. Quando começa a sangrar, não para nunca, não suporta uma crítica de qualquer tipo que seja”, acrescenta.

De acordo com o especialista, trata-se de alguém que não consegue se doar, apenas receber doações. “Ela tem dificuldade de ofertar seu tempo para os filhos, porque vai querer que eles, na verdade, deem a ela o máximo de tempo e de atenção. Pode ser abusiva, justamente por se considerar superior. Cria suas próprias regras, exige excessivamente respeito e nunca pede desculpa. Admitir culpa é se diminuir e diminuir a visão que ela tem a respeito de si mesma”, pontua.

Grandes prejuízos e muita terapia
E quais são os reflexos de tudo isso para essas crianças? “O transtorno narcisista na maternidade tem danos gigantescos, até mesmo para a sociedade, porque gera um dano nos filhos e, consequentemente, nos netos. Filhos atingidos por uma mãe narcisista não tratada vão transferir algumas dessas coisas para os seus futuros filhos também”, diz o psicanalista. Está aí, inclusive, uma das explicações mais comuns para uma pessoa narcisista: pode ser que, de alguma forma, ela esteja repassando o que viveu ou, então, usando tais atitudes como um mecanismo de autoproteção.

Tudo isso, enquanto o filho cresce invalidado, tendo suas opiniões e seus desejos atropelados pela “soberania” da mãe. “A criança vai se sentir sempre insegura em tomar suas próprias decisões, vai ficar totalmente dependente dessa mãe”, aponta a psicóloga Lígia. Tal contexto, de acordo com a psicóloga, prejudica as relações sociais e profissionais. “Uma mãe narcisista pode deixar o filho infantilizado também”, complementa.

Quando as crianças crescem e começam a criar novos vínculos, vem um outro momento desafiador. “Às vezes, a mãe ocupa todos os espaços, todas as necessidades. ‘Para que você vai casar? Se relacionar? Tem tudo aqui em casa. Te dou amor, comida’. Ela se acha onipotente”, exemplifica Lígia.

“A mãe narcisista eventualmente quer escolher com quem os filhos vão se relacionar. Eles se veem envolvidos em uma manipulação tão forte, que não conseguem escapar. Há muito dano à liberdade e ao direito de as pessoas fazerem o que têm vontade de fazer”, diz o psiquiatra Wimer Bottura.

domingo, 19 de junho de 2022

Após onda de Covid-19, Coreia do Norte relata “epidemia” de doença intestinal


A Coreia do Norte enviou equipes médicas e investigadores epidemiológicos para uma província que luta contra o surto de uma doença intestinal não identificada, informou a mídia estatal neste domingo (19).

Pelo menos 800 famílias que sofrem do que a Coreia do Norte chamou de “epidemia entérica aguda” receberam ajuda na província de Hwanghae do Sul até agora. Autoridades sul-coreanas dizem que pode ser cólera ou febre tifóide.

O novo surto, relatado pela primeira vez na última quinta-feira (16), aumenta ainda mais a pressão sobre o país isolado, que luta contra a escassez crônica de alimentos e uma onda de infecções por Covid-19.

No domingo, a agência de notícias estatal KCNA detalhou os esforços de prevenção, incluindo quarentenas, “triagem intensiva para todos os residentes” e tratamento especial e monitoramento de pessoas vulneráveis, como crianças e idosos.

Uma “Equipe de Diagnóstico e Tratamento Rápido” nacional está trabalhando com autoridades de saúde locais e estão sendo tomadas medidas para garantir que a agricultura não seja interrompida na área agrícola principal, disse a KCNA.

O trabalho de desinfecção está sendo realizado, incluindo tratamento de esgoto e outros resíduos, para garantir a segurança da água potável e doméstica, disse o relatório.

CDC autoriza uso de vacina Contra-19 em bebês a partir de seis meses nos EUA


Um painel de consultores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos votou neste sábado (18) para recomendar vacinas contra a Covid-19 para crianças a partir de seis meses, tornando provável que uma distribuição nacional possa começar na próxima semana.

O voto de 12 a 0 a favor da mudança precisa ser assinado pela diretora do CDC, Rochelle Walensky, para que o governo dos EUA comece a lançar os imunizantes para menores de 5 anos.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA autorizou na sexta-feira (17) a vacina da Moderna para o grupo de seis meses a cinco anos, e a da Pfizer/BioNTech para crianças de seis meses a 4 anos. O imunizante Pfizer já está autorizado para crianças com mais de 5 anos.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA autorizou na sexta-feira (17) a vacina da Moderna para o grupo de seis meses a cinco anos, e a da Pfizer/BioNTech para crianças de seis meses a 4 anos. O imunizante Pfizer já está autorizado para crianças com mais de 5 anos.

“Esta infecção mata crianças e temos a oportunidade de evitar isso”, disse Beth Bell, uma das médicas do painel, após a votação. “Aqui está uma oportunidade para evitar um risco conhecido”.

A administração do presidente Joe Biden planeja iniciar a vacinação da faixa etária já na próxima semana.

“Começaremos a enviar milhões de doses de vacinas para crianças para milhares de locais que os pais conhecem e confiam – incluindo consultórios de pediatras, hospitais infantis e farmácias”, disse Biden em comunicado na sexta.

“À medida que as doses são entregues, os pais poderão começar a agendar vacinas para seus filhos mais novos já na próxima semana, com agendamentos aumentando nos próximos dias e semanas”, explicou Biden.

Enquanto muitos pais nos Estados Unidos estão ansiosos para a campanha, não está claro quão forte será a demanda pelos imunizantes. A vacina Pfizer-BioNTech foi autorizada para crianças de 5 a 11 anos em outubro, mas apenas cerca de 29% desse grupo está totalmente vacinado até agora, mostram dados federais.

A CVS Health Corp CVS.N planeja fornecer doses para crianças com 18 meses ou mais, enquanto a Rite Aid Corp RAD.N e Walmart Inc WMT.N irá disponibilizar essas vacinas para menores de 3 anos de idade. Os bebês são tradicionalmente vacinados no consultório médico.

As autoridades de saúde pública têm pressionado pela vacinação infantil antes do novo ano letivo, pois esperam que ajude a prevenir hospitalizações e mortes caso as infecções pela doença aumentem novamente.

A Covid-19 geralmente é mais leve em crianças. Ainda assim, desde março de 2020, é a quinta principal causa de morte na faixa de de 1 a 4 anos e a quarta principal causa de morte em menores de um ano, aponta o CDC.

Os conselheiros do CDC se reunirão novamente na próxima semana para considerar se devem apoiar o uso da vacina Moderna para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Tem havido alguma preocupação com a taxa de casos raros de inflamação cardíaca em adolescentes e homens jovens da vacina Moderna. Os conselheiros devem considerar esses dados!

Mais de 300 mil cariocas não poderão tomar a 4ª dose a partir do dia 21 de junho


Na cidade do Rio de Janeiro, trezentas e dezoito mil pessoas, entre 40 e 49 anos, não estão aptas a tomarem a segunda dose de reforço (4ª dose) da vacina contra a Covid 19. De acordo com a secretaria municipal de saúde, essas pessoas ainda não tomaram a primeira dose de reforço (3ª dose).

A aplicação da segunda dose de reforço, ou 4º dose, para a faixa etária a partir dos 40 anos começa na próxima terça-feira (21). Para receber o imunizante, as pessoas precisam ter tomado a 3ª dose há no mínimo quatro meses.

O secretário de saúde do Rio, Rodrigo Prado, destacou que a dose de reforço é fundamental para renovar a proteção contra a Covid.

“A dose de reforço não é opcional, ela é fundamental: faz parte do esquema vacinal. Por isso, convocamos os cariocas para irem aos postos renovar sua proteção contra covid-19, especialmente nesse momento em que entramos no inverno. A vacina evita casos graves da doença, salva vidas e é a principal aliada no enfrentamento da pandemia”, afirmou o secretário.

Desde o mês passado, a cidade do Rio vem registrando um aumento na taxa de positividade da Covid-19 e também do número de internações. Do início do mês de maio até este sábado (18), a taxa de positividade saltou de 8% para 26%,segundo dados da prefeitura.

Já o número de pessoas internadas em leitos de enfermaria na rede pública da capital passou de quatro, no início de maio, para 90 até o dia 10 de junho. Segundo a secretaria de saúde da capital, atualmente 157 pessoas com Covid-19 estão hospitalizadas. A média móvel de casos confirmados da doença nos últimos sete dias foi de 1341.

Além das pessoas a partir dos 40 anos, os profissionais da saúde com 18 anos ou mais também vão poder receber a 4ª dose da vacina contra a Covid-19 no município do Rio, a partir da próxima terça-feira.

Atualmente, 886.048 pessoas já tomaram a segunda dose de reforço na capital. A faixa etária que mais aderiu à quarta dose foi a da população entre 50 e 59 anos. Foram 193.365 pessoas deste grupo que já se imunizaram.

Conforme a pasta divulgou nesta sexta-feira (17), o cenário atual apresenta tendência de crescimento do número de novos casos, apesar de as solicitações de leitos ainda estarem em patamares baixos.

“O cenário epidemiológico da Covid-19 no estado segue apresentando tendência de aumento. Por isso, reforçamos o alerta para que as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal primário (1ª e 2ª dose) e aquelas que já estão em tempo de tomar as doses de reforço que procurem um posto de saúde o quanto antes para receber a imunização. As vacinas são seguras e a forma mais eficaz que temos para evitar casos graves e óbitos pela Covid-19”, alertou a pasta.

No estado, a recomendação da Secretaria de Saúde (SES-RJ) ainda é para que pessoas com 50 anos ou mais, imunossuprimidos e trabalhadores da saúde possam tomar a 4ª dose do imunizante.

A SES destacou que é fundamental a “população completar o esquema vacinal contra a Covid-19 de forma a manter boa resposta imunológica diante do surgimento de novas variantes”.

Varíola dos macacos terá impacto menor que Covid, diz especialista

O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, afirmou neste domingo (19) que o impacto da varíola dos macacos deve ser menor que da Covid-19 em decorrência da sua baixa transmissibilidade e letalidade menor.

“A gente vê com preocupação [o avanço dos casos], apesar de saber que o impacto dessa doença vai ser bem menor do que foi a emergência de Covid-19. Por conta da sua transmissibilidade menor e também por conta da sua letalidade, ou seja, risco de hospitalização e óbito, menor”, explicou o especialista em entrevista ao CNN Domingo Tarde.

Na próxima quinta-feira (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional para reavaliar a classificação da doença.

“É muito difícil a gente prever o que vai ser decidido nessa reunião Se eles decidirem por declarar uma emergência de saúde pública de impacto internacional, vai ser muito mais para acelerar as pesquisas, ou seja, eventualmente desenvolvimento de vacinas, entender um pouco melhor os mecanismos de transmissão, já que, do ponto de vista de impacto [da varíola dos macacos, não tivemos praticamente nenhum”, previu Croda.

O infectologista ressalta que nenhum óbito pela doença foi confirmado fora do continente africano.

Durante a entrevista, Croda ainda frisou as medidas de controle da doença. “Basicamente é importante identificar precocemente os casos fazer o isolamento, justamente para evitar a propagação da doença. O CDC recentemente recomendou o cuidado principalmente com as relações sexuais, principalmente com suspeito e pessoas com lesões suspeitas dessa doença”, detalhou.

Os sintomas da varíola dos macacos são febre, dor no corpo, cansaço, aumento dos gânglios, e posteriormente, aparecimento das lesões de pele. “Primeiro, fican vermelhas, depois, formam bolhas, estouram e formam as cicatrizes”, citou Croda.

São Paulo lidera ranking de união estável entre pessoas do mesmo sexo


O estado de São Paulo lidera o ranking nacional de lavraturas de união estável para casais do mesmo sexo em 2021, sendo responsável por 453 atos ou 20% do total de uniões estáveis homoafetivas realizadas no país. O Rio de Janeiro aparece na sequência com 416 ou 18% do total. Na terceira posição está o Ceará com 181 atos.

Os dados foram divulgados pelo Colégio Notarial do Brasil, na semana da realização da 26ª edição da Parada LGBT, que acontece na capital paulista. Os números de 2022 só serão computados no fim do ano. Essa é a primeira vez que um representante da região Nordeste surge entre os três primeiros colocados desde o início da série histórica dos cartórios em 2011.

O ranking mostra ainda que Santa Catarina aparece na quarta posição, com 173 atos lavrados e, surpreendentemente, Amazonas surge no quinto lugar, com 139 formalizações de uniões estáveis de casais do mesmo sexo. Assim como o Ceará em terceiro, o estado do Amazonas ainda não havia figurado entre os cinco primeiros colocados desde a data em que os cartórios começaram esse tipo de ranking.

Ainda segundo os dados do Colégio Notarial do Brasil, foram oficializadas em 2021, um total de 2.316 escrituras declaratórias de união estável homoafetiva no País. Para Daniel Paes de Almeida, presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP), que congrega os cartórios de notas paulistas, o que mais surpreendeu foi o Ceará ficar em terceiro no ranking. Segundo ele, São Paulo e Rio de Janeiro liderarem é normal, considerando a densidade da população, uma vez que são dois dos maiores estados do país.

“As possíveis explicações na verdade podem ser um conjunto de fatores. Porém, neste ranking, surpreendeu o estado do Ceará na terceira posição. É a primeira vez que um estado nordestino entra nesta posição. Pode significar que as políticas de afirmação e que as informações neste sentido estão se espalhando para além dos grandes centros do país”.

De acordo com a associação, as formalizações de famílias de casais do mesmo sexo correspondem a 2% do total das uniões estáveis lavradas nos tabelionatos de todo o país. A escritura de união estável é uma declaração feita perante um tabelião de notas por duas pessoas que vivem juntas como se fossem casadas, e que possui diversas finalidades, como por exemplo:

comprovar a existência da relação e fixar a data de início da união;
estabelecer o regime de bens aplicável à relação;
regular questões patrimoniais;
garantir direitos perante órgãos previdenciários (INSS) para fins de concessão de benefícios;
permitir a inclusão do companheiro como dependente em convênios médicos, odontológicos, clubes etc.

terça-feira, 14 de junho de 2022

Delegado da PF acusa governistas de defenderem desmate: 'Bancada do crime


O delegado da Polícia Federal e ex-superintendente da corporação no Amazonas, Alexandre Saraiva, acusou hoje uma série de parlamentares governistas, como a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Jorginho Mello (PL-SC), de serem "financiados por madeireiros."

Em entrevista ao canal GloboNews, ele disse ser difícil conter crimes ambientais na Amazônia porque os políticos da região são apoiados por quem comete o desmatamento ilegal.

"Esses criminosos têm boa parte dos políticos da região norte no bolso, eu estou falando de governadores, senadores", disse.

Olha o Centrão, veja de onde saíram grande parte dos parlamentares do Centrão. São financiados por esses grupos. [Os senadores] Zequinha Marinho, Telmário Mota, Mecia de Jesus, Jorginho Melo de Santa Catarina mandou ofício, a Carla Zambelli foi lá defender madeireiro. Temos uma bancada do crime, de marginais, de bandidos.Alexandre Saraiva, em entrevista à Globo News

O delegado continuou, dizendo que "a maior prova de que ele está certo é que já fez essas acusações antes e nunca foi processado".

Saraiva se refere à Operação Handroanthus da PF, que apreendeu 213 mil metros cúbicos de madeira ilegal na divisa entre Amazonas e Pará, no fim de 2020. A investigação apontou desmatamento ilegal, grilagem de terra, fraude em escrituras e exploração madeireira em áreas de preservação permanente.

Ele acusou o ministro do Meio Ambiente à época, Ricardo Salles, de não periciar o material corretamente. O delegado foi demitido do cargo um dia após enviar uma notícia-crime ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra Salles.

Na época, o ministério do Meio Ambiente afirmou que o delegado estava "em busca de holofotes".

O que dizem os parlamentares
Em nota, a assessoria do senador Telmário Mota (Pros-RR) disse que a notícia-crime apresentada pelo delegado é "absolutamente leviana e mentirosa, vinda de uma pessoa com clara intenção de autopromoção". Mota também negou ter interferido em qualquer fiscalização, inquérito ou processo relacionado a crimes ambientais, e disse ter encaminhado denúncia contra Saraiva na corregedoria da Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e à Justiça, pelo crime de calúnia.

Já a assessoria de Zequinha Marinho emitiu nota afirmando que "não compactua com atos criminosos. O senador não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem, seja de quem for. O que o delegado da Polícia Federal no Amazonas afirma é grave.V amos buscar a Justiça como forma de combater esse crime de calúnia. Que fique claro, o senador - que é o representante legal dos paraenses - atendeu a um pedido da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex) e da Associação da Cadeia Produtiva Florestal da Amazônia (Unifloresta), que reclamavam de arbitrariedades cometidas no âmbito da Operação Handroanthus".
"Sabe qual é a maior prova de que estou falando a verdade? Eu já falei isso várias vezes e eles nunca me processaram, eu tenho dois carrinhos de supermercado de prova", declarou. "Quando alguém vê o descumprimento da lei evidente e se presta ao papel de defender o marginal e atacar a polícia, tem artigo no Código Penal que prevê isso. Eles tinham conhecimento do que estava acontecendo porque receberam laudos periciais mostrando inequivocamente que aquela madeira tinha origem ilegal"

Educação: debatedores defendem programa nacional para repor aprendizagem


A instituição de um programa nacional para recompor a aprendizagem, prejudicada pela pandemia da covid-19, foi o tema da 13ª audiência pública da Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia, nesta segunda-feira (13). Os convidados, representando o Ministério da Educação (MEC) e o Fórum Nacional de Educação (FNE), concordaram que há muito a fazer para recuperar o tempo perdido por estudantes e professores.

O senador Flávio Arns (Podemos-PR), presidente do colegiado, subordinado à Comissão de Educação, lembrou sua experiência como secretário de Educação do Paraná, período em que foi implantado um sistema de avaliação do ensino público estadual, com a ajuda da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

— Havia a possibilidade, através do sistema de avaliação proposto, de termos uma ideia muito clara da educação no Paraná, em cada região, em cada município, escola, turma e até aluno — relatou Arns.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) pediu que as propostas para recuperar a qualidade do ensino saiam do discurso e sejam colocadas em prática. Ele elogiou o trabalho que vem sendo realizado por alguns municípios — citou Nova Brasilândia do Oeste, em seu estado — e cobrou mais ação dos estados e da União:

— Estamos desesperados para que a educação vá para a frente. Além do discurso, algo mais prático. Não sei se começa pelo MEC, se começa pelos estados, porque os municípios já têm muitos bons exemplos. A gente só consegue melhorar o Brasil se fizer uma revolução educacional. Como vamos fazer para "rodar a baiana" na educação, para que a gente possa fazer com que o nosso discurso aqui se transforme em algo revolucionário? — perguntou.

A representante do MEC na audiência, Leda Regina Bitencourt da Silva, coordenadora da Diretoria de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação, garantiu que o governo está fazendo todos os esforços para recompor a aprendizagem. Citou um recém-implantado sistema de inteligência artificial, aberto a todos os professores do país, que ajuda a corrigir redações.

Roberta Guedes, representante do FNE, entidade que congrega especialistas da sociedade civil e do Estado para discutir a política nacional de educação, enfatizou a gravidade da situação, sobretudo nas escolas públicas:

— Se já havia um distanciamento da educação pública para a privada, sinto dizer, hoje não há distanciamento, há um rombo enorme, de perdas significativas na aprendizagem. Nossos professores estão adoecendo emocionalmente. Nós temos hoje alunos que estão no quinto ano e são semianalfabetos. E isso é muito sério — afirmou.
Fonte: Agência Senado

"Bolsonaro dá voz aos crimes ambientais", denuncia InfoAmazonia


A equipe do "InfoAmazonia" vencedora do Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo Ambiental 2022 denuncia o legado ecológico destrutivo do presidente Jair Bolsonaro e defende o dever de informar de forma "humana, simples e clara", para que o mundo entenda a importância de "manter a floresta de pé".

Bolsonaro "dá voz aos crimes ambientais que já aconteciam" na Amazônia" e "para os quais antes existia algum controle" e contra os quais "havia instituições funcionando", afirmou Juliana Mori, diretora editorial do "InfoAmazonia", em entrevista à Agência Efe.

A jornalista coordenou a equipe multidisciplinar autora do premiado projeto "Engolindo Fumaça", publicado em agosto do ano passado e que consiste em uma série de reportagens sobre como a poluição gerada pelos incêndios na Floresta Amazônica afetou a saúde da população local e agravou o quadro de pacientes com covid-19.

O trabalho investigativo, realizado em meio à pandemia, com todas as dificuldades decorrentes da crise sanitária, durou nove meses, com participação de jornalistas, pesquisadores, geógrafos e analistas de dados.

Trata-se de uma realidade complexa, refletida por diversos ângulos pelo "InfoAmazonia", que foi criado em 2012 com um objetivo claro: divulgar o que ocorre no ecossistema que ocupa 60% do território brasileiro, incluindo ameaças como ocupação irregular de terras, desmatamento e incêndios.

"Há muito desconhecimento sobre a Amazônia" na sociedade, afirmou Eduardo Geraque, editor do projeto.

O jornalista considera que, para romper essa tendência, é necessário um jornalismo ambiental com uma "visão transversal", que, sobretudo, "escute e fale com os povos da floresta".

Renata Hirota, responsável pela análise de dados do projeto, afirmou que, além disso, é "muito importante contextualizar" e "conhecer profundamente os dados com os quais se lida".

"Engolindo Fumaça", além de se apoiar em dados empíricos, para os quais foi preciso criar até um modelo estatístico próprio, também conta histórias daqueles que sofrem com a devastação da floresta.

Mori ressaltou que o jornalismo ambiental precisa servir para que as pessoas "entendam a importância da floresta", porque o que acontece com ela gera repercussões em todo o país e no mundo inteiro.

Os dados, contudo, não apontam para um cenário otimista. O desmatamento alcança recorde após recorde, os incêndios florestais aumentaram, e órgãos ambientais tiveram orçamentos desde a chegada do presidente ao poder reduzidos de forma drástica.

"O legado que Bolsonaro está deixando na Amazônia nestes quatro anos é muito ruim", porque está sendo fomentada uma "cultura de que ocupar terras ou invadir reservas indígenas está certo", criticou Gerarque.

Mori lamentou que, nos últimos anos, a Amazônia foi pivô de um "bombardeio" de notícias falsas que promovem políticas com um enfoque desenvolvimentista e extrativista apoiadas pelo atual governo.

Para deter essa corrente, o InfoAmazonia tem um projeto especial contra as 'fake news' relacionadas ao meio ambiente no estado do Amazonas.

Contudo, Mori, de certa forma, também faz uma 'mea culpa', pois entende que, "por muito tempo, o jornalismo ambiental se dirigiu apenas para si mesmo"

"Muitas vezes, falou apenas para as pessoas do 'nós amamos a natureza' e acabou não chegando à população", explicou.

Mori afirmou, por outro lado, que nos últimos anos os alertas sobre a mudança climática tornaram cada vez maior o interesse geral por temas ambientais.

"As pessoas estão tentando acompanhar o assunto, e o jornalismo deve passar essa informação de forma clara e simples. Sair um pouco dessa coisa especializada e, realmente, comunicar o que importa da crise climática", concluiu. EFE

Junho Verde e rastreamento de depressão em gestante estão na pauta do Plenário


O Senado pode votar na terça-feira (7) um projeto de lei que cria a Campanha Junho Verde de conscientização sobre conservação dos ecossistemas e controle da poluição e da degradação ambiental. Os senadores devem analisar um substitutivo ao PL 1.070/2021, aprovado em maio pela Câmara dos Deputados. A sessão deliberativa do Plenário tem outros quatro itens na pauta e está marcada para as 16h.

O projeto inclui a Campanha Junho Verde na Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795, de 1999). Proposto pelos senadores Jaques Wagner (PT-BA), Confúcio Moura (MDB-RO) e Fabiano Contarato (PT-ES), o texto depende de parecer do senador Reguffe (União-DF). O PL 1.070/2021 volta ao Senado depois de ajustes de redação promovidos pelos deputados.

O Plenário também pode votar o projeto de lei da Câmara (PLC) 98/2018, que inclui o rastreamento de sintomas depressivos em gestantes nas ações de pré-natal. O texto recebeu pareceres favoráveis da senadora Leila Barros (PDT-DF) nas Comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS).

De acordo com a matéria, o rastreamento deve ser feito preferencialmente no primeiro e no terceiro trimestres de gestação. Uma vez identificados os sintomas, as gestantes devem ser imediatamente encaminhadas para acompanhamento por psicólogo ou psiquiatra.

Outro item na pauta é o PL 408/2019, que considera a Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul como manifestação da cultura nacional. O texto da Câmara recebeu parecer favorável do senador Lasier Martins (Podemos-RS) na Comissão de Educação (CE).

A Marcha de Resistência é uma prova que tem como objetivo avaliar critérios de rusticidade, resistência e capacidade de recuperação do cavalo crioulo. Para a realização das provas, os participantes se concentram por 30 dias para equiparar as condições físicas e nutricionais de todos os animais. Logo depois, observada a saúde do animal, são percorridos 750 quilômetros em 15 dias.

Acordos internacionais
Os senadores podem votar ainda o projeto de decreto legislativo (PDL 159/2021), que aprova uma emenda a um acordo de cooperação na área de Defesa assinado por Brasil e El Salvador. A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) apresentou parecer favorável à matéria na Comissão de Relações Exteriores (CRE).

A emenda busca adequar a relação bilateral entre os dois países à Lei de Acesso à Informação brasileira (Lei 12.527, de 2011). A norma eliminou do ordenamento jurídico brasileiro a categoria “confidencial” no tratamento de informações classificadas, que ainda vigora em alguns países.

O último item na pauta é o PDL 256/2021, que ratifica o acordo de trânsito aéreo internacional. Em vigor desde 1947 e aceito por 133 países, o tratado amplia as liberdades básicas de sobrevoo sem escala e de pouso técnico para reabastecimento, reparo ou refúgio às aeronaves em serviços aéreos internacionais regulares.

Brasil, Rússia, Indonésia e China manifestaram preferência de negociar bilateralmente a regulamentação dessas liberdades de trânsito, em conjunto com regras de embarque e desembarque de passageiros e cargas. O projeto recebeu parecer favorável do senador Jaques Wagner na CRE.

Fonte: Agência Senado


Aumento de penas e multas para crimes ambientais vai à CCJ


A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou nesta quarta-feira (30) projeto que aumenta as penas e as multas a serem aplicadas em caso de crime ambiental. O PL 1.304/2019, da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), recebeu parecer favorável do senador Confúcio Moura (MDB-RO), na forma de um substitutivo.

O projeto agora vai à análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Tramitando em conjunto, o PL 1.417/2019, da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), foi considerado prejudicado pelo relator.

O texto modifica a Lei 9.605, de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e o Código Penal (Decreto-Lei no 2.848, de 1940).  

— As alterações da legislação brasileira, no sentido de tornar mais efetivas as sanções penais e administrativas decorrentes de condutas lesivas ao meio ambiente, representam um avanço para a legislação ambiental em nosso país — afirmou o relator.

Punições
Entre as medidas previstas no projeto, está o aumento da pena para quem causar poluição de qualquer natureza que resulte em danos à saúde humana ou que provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. Em caso de crime culposo, a pena passa da atual detenção de seis meses a um ano, mais multa, para reclusão de dois a cinco anos, mais multa.

Se o crime resultar em danos graves ao meio ambiente, que inviabilizem a ocupação humana, o consumo da água, o uso de praias e provoque a retirada de pessoas da área afetada em decorrência da poluição atmosférica, a pena passa de reclusão de um a cinco para anos, mais multa, para reclusão de três a oito anos, mais multa. Também estará sujeito a essa pena quem deixar de adotar medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

No substitutivo, o relator também aumenta a pena para quem produzir, comercializar, fornecer, transportar, armazenar ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos, que passa de reclusão de um a quatro anos, mais multa, para reclusão de dois a cinco anos, mais multa.

Além disso, o projeto estende as penas previstas para crimes ambientais a diretor, administrador, membro de conselho e de órgão técnico, auditor, gerente, preposto ou mandatário de pessoa jurídica que deixar de adotar medidas preventivas e de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. De acordo com o texto, a imputação de crime à pessoa jurídica será independente da imputação à pessoa física.

Multas maiores
Atualmente, a lei define que, se o valor da multa for considerado ineficaz, poderá ser aumentado em até três vezes, tendo em vista o montante da vantagem econômica conseguida com o dano ambiental. O projeto permite que o juiz aumente de 30 a 200 vezes o valor da multa, tendo em vista também a extensão do dano causado e o porte financeiro do autor do crime.

Em relação à prestação pecuniária — que é o pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social —, a lei atual prevê valor não inferior a um salário mínimo nem superior a 360 salários mínimos. Ainda segundo a lei, esse valor será deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator. O projeto acrescenta que, no caso de pagamento a entidade pública, o valor será vinculado a fundos ou programas específicos voltados à proteção e recuperação ambientais.

O projeto também acrescenta à lei que a perícia, sempre que possível, fixará o valor econômico do dano ambiental causado, inclusive o intercorrente, para prestação de fiança e cálculo de multa. Dano ambiental intercorrente se refere ao tempo que a natureza necessita para recompor integralmente o equilíbrio ecológico afetado. O texto atual da lei não fala em dano ambiental nem em dano intercorrente, apenas em “prejuízo causado” para efeito de prestação de fiança e cálculo de multa.

Reparação de danos
Hoje o Código Penal estabelece que, se o condenado reparar o dano, o juiz poderá suspender as condicionais da pena, como proibição de frequentar determinados lugares e de se ausentar da comarca onde reside. Caso o projeto seja aprovado, a reparação do dano deverá, no entanto, ser comprovada mediante laudo ambiental, salvo impossibilidade técnica devidamente atestada pelo órgão ambiental competente. Além disso, as novas condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.

O projeto muda ainda a destinação do patrimônio da empresa que tiver sua liquidação decretada em razão de crime ambiental, que passa do Fundo Penitenciário Nacional para o Fundo Nacional do Meio Ambiente. 
Fonte: Agência Senado

sábado, 11 de junho de 2022

Média móvel de casos de Covid é a maior desde 19 de março


O Brasil registrou nesta quinta-feira (9) 45.073 infecções por Covid-19 e 143 mortes pela doença, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secertários de Saúde (Conass).

Com a atualização, a média móvel de casos passou para 37.575. Este é o maior número desde 19 de março, quando o Conass marcou média de 38.162.

O indicador que considera a média de casos diários segue em alta. Ontem estava 36.537, na terça-feira (7) o índice foi 35.304 e na segunda-feira, 31.065.

Já a média móvel ficou em 123. As médias móveis consideram a variação de contaminações e mortes registradas nos últimos sete dias.

Esses números permitem o acompanhamento da situação epidemiológica sem eventuais distorções causadas por possível subnotificação aos fins de semana ou problemas no acesso às bases de dados.

O país registrou 667.790 vítimas fatais e 31.360.850 infecções pela doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

Leite materno para tratar Covid-19
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) recorreram a um método nada convencional para o tratamento da Covid-19 em uma paciente com uma doença genética rara que torna o sistema imunológico incapaz de combater vírus e outros agentes causadores de doenças.

7 VANTAGENS DE TER UM GATO EM CASA


Inteligentes, limpos e engraçados, os gatos ganham o coração dos donos no primeiro miau. Assim, a fofura dos bigodinhos e das patinhas são difíceis de ignorar quando os felinos pedem atenção. No entanto, não é só o aspecto físico que fazem dos gatunos ótimas companhias para se ter no lar.


Confira 7 benefícios de ter um gato em casa.

1. São independentes
Um animal de estimação sempre precisa de cuidados. Porém, os gatos trazem tranquilidade para o dono. Isso porque os felinos são mais auto suficientes que outros pets, a exemplo do cachorro. Tal fato é uma característica da espécie, que descende de leões e tigres. Um estudo da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Lincoln Reino Unido) descobriu que os gatos não precisam dos seres humanos para se sentirem seguros. Porém, essa constatação não se concretiza em menos carinho e atenção. Os pets precisam de cuidados e dedicação dos tutores mesmo sendo mais independentes.

2. São higiênicos
Se você quer uma companhia animal limpa, os gatos são a melhor opção. Com uma língua feita para sua limpeza, se lambem com frequência para tirar as sujeiras do corpo. Ainda, ao ter uma caixa de areia, os felinos procuram sempre esse local para fazer suas necessidades, o que torna a vida do dono muito mais fácil na hora da faxina.
Outro ponto interessante, é que os amiguinhos de quatro patas se lavam após fazerem xixi e cocô. Mesmo assim,os donos devem ser responsáveis em relação à pulgas e carrapatos, assim como o banho é recomendado de dois em dois meses.

3. Ajudam na hora de dormir
Dormir com um pet é sempre muito bom. Contagiados pelo calor do corpo animal, sentir o carinho dos pets nos tranquiliza para ter um sono mais leve. Nessa perspectiva, uma pesquisa de uma clínica de saúde do sono dos Estados Unidos concluiu que as pessoas com animais de estimação dormem melhor. No estudo, 41% dos entrevistados que tinham gatos relataram ter uma noite mais relaxante quando estão ao lado dos felinos.

4. O ronronar nos faz bem
Fazer carinho em um gato e sentí-lo ronronar é muito bom, não é mesmo? Esse som é característico dos felinos e é utilizado por eles para demonstrar seus sentimentos, como quando estão com fome, incomodados ou gostando do momento. Assim, esses barulhos são benéficos também para o ser humano. Especialistas descrevem que o ronronar ajuda contra a ansiedade e o estresse, devido às vibrações com frequência entre 20 e 150 Hz e sons graves produzidos. Frequências essas que são usadas na medicina esportiva para acelerar as cicatrizes e recuperar lesões.
Além disso, pesquisadores afirmaram que o ronronar dos gatos provoca transformações nas ondas cerebrais dos donos. Segundo uma pesquisa da Universidade de Minnesota, pessoas que tem gato apresentam até 30% menos chances de morrer de um ataque de coração. Então, nada melhor do que dedicar um tempo do dia para dar carinho e atenção aos bichinhos.

5. A brincadeira rola solta
Não é à toa que alguns dos vídeos mais viralizados da internet contam com a participação dos gatos. Afinal, eles são animais caricatos e estão sempre aprontando alguma coisa. Ainda, brincar com os pets é muito fácil. Basta ter um cordão velho ou um laser que a diversão está garantida. Dessa forma, ser dono de um felino com certeza renderá gargalhadas de todos integrantes da casa.

6. Redução de alergias
Ao terem filhos, muitos pais acham que ter um gato por perto pode fazer mal à crianças. No entanto, estão enganados. Isso significa que, segundo especialistas, a relação do pet com o bebê é benéfica, de forma que o contato com o animal ajuda na criação de anticorpos no corpo dos pequenos. Mesmo que haja uma reação alérgica no começo, é bom para a elaboração de resistência no corpo humano. Dessa maneira, o convívio da garotada com os felinos é benéfica para o desenvolvimento do organismo das pessoas desde cedo.

7. São companhias leais
É comum ouvirmos que gatos são animais frios. Porém, essa ideia está errada e qualquer gateiro pode desmentir. Os felinos são pets amáveis, brincalhões e dóceis. Para quem continua duvidando, um estudo da Universidade de Oregon revelou que a maior parte dos gatos se sentem desconfiados e incomodados em não ter o dono por perto.

Assim, ter gatos em casa traz vantagens diversas para os moradores. Então, não precisa ficar em dúvida na hora de adotar um felino para sua companhia. Afinal, amor e carinho sempre são bem vindos.

Vozes da nossa cabeça: entenda o que acontece no cérebro quando ouvimos os nossos pensamentos e por que nos perdemos neles


O que será que acontece no cérebro ao ouvirmos os nossos próprios pensamentos? Por que motivo às vezes começamos a devanear e nos perdemos em nossos pensamentos? É isso que iremos te contar hoje, pois esse assunto vem sendo estudado e já existem informações para auxiliar no entendimento dessas questões.

O que ocorre na nossa mente quando ouvimos nossos próprios pensamentos: 

Algumas pessoas falam consigo mesmas durante o dia todo, enquanto outras têm mentes silenciosas. Contudo, é inegável que em algum momento escutamos vozes dentro da nossa cabeça quando estamos pensando. Aparentemente, o cérebro atua de forma muito semelhante tanto quando “falamos” internamente quanto nos momentos em que de fato pronunciamos algo.

Já foi descoberto que quando estamos pensando, por exemplo, em uma discussão com outra pessoa, nosso cérebro atua de tal forma que nós acabamos desempenhando dois papéis: o de nós mesmos e o da pessoa com quem estamos discutindo mentalmente.

Qual a importância dessa observação sobre a mudança de papéis que interpretamos quando estamos pensando? A questão é que ocorrem alterações na ativação da região cerebral, que passa a ocorrer no hemisfério direito.

Ou seja, quando pensamos em situações que nos levam a ficar em perspectivas diferentes, mudam as regiões do cérebro que são ativadas. Nesse caso, também passa a ocorrer ativação em áreas como o lobo frontal e o lobo parietal.

Uma outra questão muito interessante a respeito do nosso cérebro é que nós temos uma espécie de piloto automático, que é ativado, por exemplo, quando começamos a divagar em pensamentos. Essa rede pode controlar nossa mente quando estamos dormindo ou em repouso.

Isso quer dizer que nosso cérebro nunca para de trabalhar! Mesmo quando não estamos fazendo esforços para nos concentrar em algo, existem mecanismos responsáveis por manter nossa mente ativa, inclusive quando estamos imersos nos nossos devaneios.

O cérebro humano tem o hábito de “sonhar acordado” como uma maneira de continuar fortalecendo seu senso de si mesmo. Assim, a rede de modo padrão é útil, sobretudo para reduzir o estresse, aumentar a criatividade e promover sensações positivas. Além disso, ainda é bem relaxante.

Pesquisa revela práticas indevidas na educação infantil


Gritos para controlar o comportamento de crianças, ameaças e humilhações ainda são práticas que ocorrem em creches e pré-escolas que atendem bebês e crianças com até cinco anos de idade. Estudo realizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) em 1,8 mil escolas de 12 cidades brasileiras verificou essa prática em 10,8% das turmas visitadas, ou seja, em praticamente uma em cada dez turmas. 

"Esse dado é um alerta e é muito preocupante. São situações inaceitáveis, tanto de violência verbal quanto de violência física", disse a gerente de Conhecimento Aplicado da FMCSV, Beatriz Abuchaim. "Preocupa mais ainda porque esse professor naturalizou esse tipo de comportamento. Ele tinha um agente externo ali observando e ele não se sentiu censurado de nenhuma maneira para ter esse comportamento, ter essa atitude", afirmou.

A pesquisa foi realizada em 2021, em 12 municípios de todas as regiões do país. No total, foram visitadas 3.467 turmas, sendo 1.683 de creche e 1.784 de pré-escola, em 1.807 escolas, todas de administração direta das prefeituras, sejam públicas ou conveniadas. 

O objetivo do estudo é reunir informações sobre a qualidade da educação infantil no país. Embora os dados não sejam nacionais, segundo a gerente de Conhecimento Aplicado da FMCSV, eles mostram uma tendência da educação infantil brasileira. Segundo ela, ao contrário de outras etapas da educação, como o ensino fundamental e o ensino médio, ainda não há dados oficiais da qualidade das creches e pré-escolas.

O estudo buscou observar as práticas pedagógicas das escolas e a conclusão é que, de forma geral, o ensino ofertado é considerado regular, ou seja, o que está sendo ofertado é o mínimo e há necessidade de ações para que aquilo que está nos documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (BCNN), seja implementado de forma satisfatória.

Os pesquisadores constataram, por exemplo, que, em somente 10% das turmas, as crianças têm acesso livre aos livros. Além disso, em 55% das turmas não foi observado na rotina um momento de leitura de livros de histórias para as crianças.

"Esse dado nos preocupa bastante porque sabemos de outros estudos em que a leitura é fundamental para processo de leitura e escrita da criança. A gente encontrava livros na escola. Tem programas que compram livros e distribuem nas escolas. Os livros estão presentes nas escolas, mas essa não parece ser atividade diária nas turmas observadas", disse Beatriz.

O estudo mostra, ainda, entre outros resultados, que em 67% das turmas não há experiências com a natureza. Em 27% as crianças não têm experiências com teatro, música ou dança. Em 38%, as crianças até têm essa experiência com essas artes, mas sem estratégias que permitam o protagonismo delas nessas atividades.

Educação infantil: 

Beatriz explicou, ainda, que a educação infantil é uma das etapas mais importantes da educação justamente porque é quando se constroem alicerces para o desenvolvimento do ser humano, tanto em termos pedagógicos, cognitivos, quanto das relações emocionais e sociais. "Ter boas experiências nesse início da vida faz toda diferença para esse adulto que essa criança um dia será", salientou.

A intenção é que a pesquisa sirva de subsídio para os municípios, que são, no Brasil, os principais responsáveis pela educação infantil. Uma das questões levantadas com base nos dados é a necessidade de formação dos educadores para melhor atender à etapa.

Beatriz ressaltou, também, a necessidade da implementação da Base Nacional Comum Curricular, cujo cronograma de implementação foi atrasado por conta da pandemia. A BNCC é um documento oficial, previsto em lei, que define o mínimo que deve ser ensinado tanto nas instituições públicas quanto nos estabelecimentos privados de todo o país.  

"A BNCC da educação infantil acaba inovando muito, faz uma quebra de paradigma em relação a uma educação mais tradicional. Ela orienta o currículo por meio de campos de experiência. Não está falando de uma lógica disciplinar, que é uma lógica mais tradicional da educação, fala na garantia de direitos de aprendizagem", argumentou.

A BNCC prevê para a educação infantil, por exemplo, que as crianças possam explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

Avaliação:

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) incluiu a educação infantil no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A etapa chegou a ser analisada de forma piloto em 2019 e, em 2021, passou ser avaliada de forma amostral. A educação infantil deverá ser avaliada a cada dois anos exclusivamente pela aplicação de questionários eletrônicos de natureza não cognitiva. Os resultados ainda não foram divulgados.

A educação no Brasil é obrigatória a partir dos quatro anos de idade na pré-escola. A creche não é uma etapa obrigatória. Cabe às famílias decidir pela matrícula. O estado deve, no entanto, garantir que haja vagas para todos aqueles que desejarem.

O Brasil deve, por lei, atender a pelo menos 50% das crianças de até três anos de idade em creches até 2024. A meta está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014. Segundo os últimos dados disponíveis, de 2019, 37% das crianças nesta faixa etária estavam matriculadas.

Estudo diz que café pode deixar marcas profundas no cérebro


Uma pesquisa conjunta das universidades de Lille e Estrasburgo, ambas na França, demonstrou que hábito de tomar café pela manhã pode deixar marcas profundas no cérebro. Mas calma, não é porque são marcas que elas são negativas, muito pelo contrário.

De acordo com os pesquisadores, uma xícara diária de café pela manhã não só tem um efeito despertador nas pessoas, mas também causa melhorias nas funções cognitivas. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Investigation e replicados na prestigiada revista Nature.

Café melhorou aprendizado e memória das cobaias:

Nos testes em modelos animais, os pesquisadores analisaram os efeitos da cafeína nos neurônios e em outras células cerebrais de camundongos. Para isso, durante duas semanas, os animais foram alimentados com água com infusão de cafeína.

No final deste período, os pesquisadores analisaram o hipocampo dos roedores. Essa área é uma região do cérebro muito importante para o aprendizado e a memória. Nos roedores que receberam cafeína, houve uma mudança significativa na atividade das células cerebrais.

Efeitos potencialmente duradouros
Em resumo, houve uma redução na síntese de proteínas no metabolismo, ao mesmo tempo que as proteínas relacionadas à sinalização e plasticidade dos neurônios ficaram mais ativas. As cobaias também foram submetidas a algumas tarefas de aprendizagem.

Isso permitiu aos cientistas aumentarem a atividade genética de processos importantes, como a formação de memórias, nos camundongos que tomaram café. E esse efeitos foram bastante duradouros, já que novos testes foram feitos duas semanas depois.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Pré-candidatos à Presidência falam sobre a liberação da maconha no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na quinta-feira (12), dois novos produtos medicinais à base de Cannabis, nome científico da maconha. Eles se somam a outros 16 produtos do tipo já autorizados para importação e comercialização no Brasil. Oito são produzidos à base de extratos da planta Cannabis sativa e dez do fitofármaco canabidiol.

Os produtos podem ser vendidos em farmácias e drogarias. Para realizar a compra, porém, é necessário apresentar prescrição médica especial do tipo B. Essa receita é usada para a distribuição de medicamentos psicotrópicos, que atuam no sistema nervoso central, e psicotrópicos anorexígenos, que reduzem o apetite e podem induzir anorexia.

O uso recreativo, por sua vez, é ilícito no país. Usuários e traficantes respondem criminalmente pela relação com maconha. Usuários não podem, porém, ser condenados à prisão. Eles devem cumprir penas alternativas – advertências, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. Os traficantes estão sujeitos à pena de reclusão, de 5 a 15 anos, pela venda, exportação ou cultivo da substância.
A CNN perguntou aos pré-candidatos o que pensam sobre a legalização da maconha no Brasil. Confira abaixo as respostas.

Lula (PT):

A assessoria do presidenciável disse que o plano de governo será elaborado com a sociedade e os partidos aliados e entregue na data prevista pelo TSE.

Jair Bolsonaro (PL):

O presidente não respondeu até o momento da publicação.

Ciro Gomes (PDT):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
João Doria (PSDB):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

André Janones (Avante):

Sou contra a liberação da maconha para usos recreativos. A ressalva ocorre apenas nos tratamentos medicinais, com recomendação profissional. O consumo de drogas é outra pandemia no Brasil e não podemos liberar o uso da maconha.

Pablo Marçal (Pros):
Sou contra a legalização de qualquer tipo de droga, mas sem deixar de tratar a situação dos usuários como um problema de saúde pública. Nesse contexto, o tratamento do usuário deve atender critérios técnicos e científicos para adoção de políticas públicas voltadas para a redução de danos durante o tratamento, de forma a evitar a proliferação do tráfico e do crime organizado que se alimenta dessa prática.

Simone Tebet (MDB):

Sou contra a liberação e a favor do uso medicinal de substâncias que a ciência comprovar que sejam eficientes no tratamento da saúde.
Felipe d’Avila (Novo):

Sou totalmente a favor do uso medicinal, baseado nos benefícios que já estão comprovados cientificamente. Também sou a favor da descriminalização do consumo, mas hesito em defender a liberação completa. As consequências indesejadas estão fazendo vários estados norte-americanos que legalizaram a maconha repensarem essa política. Defendo que estas questões possam ser tratadas em cada estado, dentro de um verdadeiro federalismo, sem a necessidade de uma proibição ou liberação em nível federal.

José Maria Eymael (DC):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Leonardo Pericles (UP):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

Luciano Bivar (União Brasil):

O uso terapêutico do canabidiol já é uma realidade em muitos países e no Brasil a Anvisa tem liberado produtos à base da substância desde 2017, o que representa um grande avanço diante dos benefícios comprovados para o tratamento de doenças graves, tais como esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson. Porém, o governo precisa atuar para baratear esses medicamentos, que ainda têm preços inacessíveis para as pessoas que necessitam deles.
Quanto ao uso recreativo, grande parte da comunidade médica/científica alerta sobre os riscos da dependência e das sequelas nas funções cognitivas. Embora eu seja um defensor das liberdades individuais, neste ponto precisamos seguir as recomendações dos especialistas.

Sofia Manzano (PCB):

A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

Vera Lúcia (PSTU):

A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.