O apresentador Luciano Huck voltou a comentar publicamente a possibilidade de disputar a Presidência da República. Em entrevista ele afirmou que sua vivência percorrendo o Brasil nas últimas três décadas o faz refletir sobre como contribuir de forma mais concreta para o país, indo além dos diagnósticos sobre os problemas nacionais.
“Depois
de quase trinta anos viajando por todo o Brasil, conhecendo realidades
diversas, entrando na casa das pessoas e ouvindo suas histórias, das vitórias
às dificuldades, seria muito egoísta pensar só na minha família e ignorar o
restante”, avaliou o apresentador em entrevista à revista Cidade Jardim na
semana passada.
Huck
afirmou considerar natural ser associado ao debate político e disse que, de
certa forma, já atua na vida pública ao participar de discussões e apresentar
propostas. “Participo desse debate procurando caminhos, alternativas, e não
apenas fazendo críticas”, afirmou o apresentador, acrescentando que avanços
reais dependem de uma mudança profunda na forma como a política é praticada no
país. “Se queremos uma transformação de verdade, precisamos qualificar a
política e elevar o padrão ético”, completou.
Na
mesma entrevista, a esposa de Huck, a apresentadora Angélica, comentou o papel
que imagina para uma eventual primeira-dama. Para ela, a função deve
representar uma ponte afetiva entre governo e sociedade. “Acredito que a
primeira-dama do século XXI precisa ser uma ponte humana, abordando temas como
educação, família, saúde mental e igualdade”, disse.
A
fala reaquece a discussão sobre uma possível candidatura presidencial de Huck,
tema que o comunicador nunca oficializou, mas que já foi alvo de idas e vindas
ao longo dos últimos anos.
Confira
um resumo dos principais movimentos de sua trajetória na política:
2018
- A primeira grande onda de especulações ocorreu em 2018. Huck foi sondado por
diversos partidos e grupos políticos e chegou a admitir que se sentia
“convocado” pelo país. Decidiu, porém, não concorrer. À época, alegou
responsabilidade com a família e compromissos profissionais, mas destacou que
desejava contribuir com a transformação do Brasil e que era preciso “oxigenar a
política”.
2021
- A discussão voltou com força em 2021, quando lideranças partidárias buscavam
uma alternativa à polarização eleitoral. Huck afirmou que refletia “seriamente”
sobre disputar o Planalto, mas novamente recuou. Disse que continuaria atuando
na vida pública e defendeu que todos os cidadãos deveriam assumir
responsabilidades pelo futuro do país, uma linha de discurso que continuou
repetindo nos anos seguintes.
2023 e 2024 - Mesmo sem anunciar planos eleitorais, Huck manteve presença constante em fóruns empresariais, eventos de educação e encontros com lideranças políticas. Nesses ambientes, apresentou diagnósticos e propostas sobre temas como desigualdade, educação e desenvolvimento econômico. Embora reforçasse não ter intenção imediata de disputar um cargo, sua agenda pública manteve acesa a percepção de que poderia concorrer no futuro.

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