No Rio Grande do Norte, a única governadora eleita em 2018, Fátima Bezerra (PT), que concorre à reeleição neste ano, é a favorita, segundo pesquisa TV Cabugi/Ipec divulgada na segunda-feira (22).
Ela aparece com 46%, à frente de Capitão Styvenson (Podemos), com 15%, e Fábio Dantas (Solidariedade), com 9%. Registrada na Justiça Eleitoral com o número RN-09891/2022, a pesquisa ouviu 800 pessoas e tem margem de erro de três pontos percentuais.
Em Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) também lidera as sondagens para o governo. Segundo a pesquisa Globo/Ipec, ela está à frente, com 33%.
No segundo lugar, há empate técnico entre Raquel Lyra (PSDB), com 11%, e Anderson Ferreira (PL), com 10%. A margem de erro também é de três pontos percentuais. A pesquisa, que ouviu 1.200 eleitores, foi registrada sob o número BR-09411/2022.
Em Roraima, a principal candidata ao governo também é uma mulher. De acordo com a pesquisa TV Record/RealTime Big Data mais recente, a ex-prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB) lidera com 47% das intenções de voto, à frente do atual governador Antônio Denarium (PP), que tem 36%. O instituto entrevistou 1.500. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o código RR-04257/2022
O número de mulheres que concorrem aos governos estaduais é maior em 2018 em comparação com as eleições gerais anteriores. Em 2018, das 202 candidaturas de governadores, 30 eram de mulheres, o que representava menos de 15%.
As governadoras desde 1985
Desde a redemocratização do país, em 1985, 158 homens foram eleitos e oito mulheres saíram vitoriosas das urnas, de acordo com um levantamento da CNN que não considerou as reeleições ou um novo mandato em período distinto. As eleições para governadores voltaram a ocorrer no Brasil em 1982, ainda na ditadura militar. O levantamento foi feito a partir do pleito de 1986.
Dentre as mulheres eleitas, Roseana Sarney (MDB), no Maranhão, é a única que foi reconduzida ao posto, em três oportunidades diferentes.
Ela foi eleita pela primeira vez em 1994 e reeleita em 1998. Na terceira vez que tentou a vaga, em 2006, perdeu para Jackson Lago (PDT). Ele e o vice, porém, tiveram os mandatos cassados pelo TSE, e a entidade determinou que Roseana, que havia ficado em segundo lugar, assumisse o cargo. Posteriormente, foi reeleita e ficou até 2014.
No Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, então no PSB, ocupou o cargo de 2003 a 2007. No Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) governou de 2007 a 2011. O Pará também elegeu uma mulher para a vaga: Ana Júlia Carepa (PT), que comandou o estado de 2007 a 2011. Em Roraima, Suely Campos (PP) exerceu a função de 2015 a 2018.
O Rio Grande do Norte é o estado que mais elegeu mulheres para o cargo desde os anos 1980. Foram três: Wilma de Faria (PTdoB), Rosalba Ciarlini (PP) e Fátima Bezerra (PT).
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