O Brasil vive um momento decisivo. A prisão de Jair Bolsonaro em novembro de 2025 não encerra sua trajetória política. Pelo contrário: abre a possibilidade de uma jogada estratégica capaz de desmontar o plano do establishment e recolocar o país no verdadeiro campo de disputa.
A
REJEIÇÃO FABRICADA: A rejeição a Bolsonaro não é fruto da realidade, mas de
narrativas construídas durante a pandemia. Foi uma campanha de desgaste,
repetida à exaustão, para transformá-lo em inimigo público e neutralizar sua
força eleitoral. Essa rejeição artificial serviu ao sistema: abrir espaço para
uma “direita permitida”, dócil, moldada sob medida para os interesses das
elites financeiras.
O
INDULTO COMO ARMA POLÍTICA: Um indulto mudaria tudo. Devolveria a Bolsonaro o
direito de disputar eleições. E, nesse cenário, ele se tornaria o adversário
ideal para o PT: previsível, polarizador, mas incapaz de abrir espaço para uma
terceira via. O plano do establishment seria frustrado. Não haveria transição
suave. Não haveria candidato moderado. Haveria confronto direto.
LULA
E O FUTURO DO PT: Para Lula, o gesto teria dupla função: mostrar-se como
conciliador e, ao mesmo tempo, preparar a sucessão dentro do PT. Um sucessor
menos ideológico, mais pragmático, capaz de dialogar com o establishment sem se
submeter a ele. O partido enfrentaria Bolsonaro, enquanto se apresentaria como
alternativa responsável diante do caos.
A
BOMBA FISCAL DE 2027: O país caminha para uma explosão fiscal. Déficit
bilionário, dívida próxima a 90% do PIB, risco de colapso. Quem assumir em 2027
herdará medidas impopulares e enfrentará desgaste imediato. A direita, se
voltar ao poder, será engolida pela crise. O PT, se souber jogar, poderá se
beneficiar como oposição e, ao mesmo tempo, oferecer ao sistema um candidato
pragmático, palatável, mas com força popular.
CONCLUSÃO: O indulto não é clemência. É estratégia. É arma política para barrar o plano do establishment, inviabilizar a terceira via e garantir que o PT dispute contra um adversário cuja rejeição foi fabricada. O futuro do Brasil não será decidido pela “direita permitida” das elites. Será decidido no choque entre narrativas, crises e estratégias. O indulto é a chave para virar o jogo. Por Fred Oliveira.
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