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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

A ALFINETADA DO VELHO EM CLÁUDIA!

Imitando o mitológico Ícaro, Cláudia pensou que poderia voar além do que poderia uma borboleta, que nunca deixou de ser lagarta!

Havia em Porto Seguro, uma borboletinha chamada Claúdia, que era uma beleza, mas achava-se uma beldade. Devia, pelo menos, ser tratada como a rainha das borboletas, para que se sentisse Fraterna. Vaidosa não tinha amigos, pois qualquer mariposa que se aproximasse dela era alvo de risinhos e de desprezo. - Que está fazendo em minha presença, criatura? Não vê que sou mais bela e elegante do que você? Costuma ela dizer, fazendo-se de muito importante.

    Nem os seus familiares escapavam. Mantinha à distância um irmão que comandava a tribo de Cabrália, como se ela não houvesse nascido naturalmente da mesma mãe, mas tivesse sido enviada diretamente do céu. Tratava-o com enorme frieza, como quem faz um favor, quando não há outro remédio. - Sim, você é formosa, borboletinha, mas não sabe usar essa qualidade como deveria. Isso vai destruí-la! Preveniu-a solenemente o calmo, calvo e sábio Ró.

    A borboletinha não deu muita importância às palavras do sábio. Mas uma leve inquietação aninhou-se em seu coração. Respeitava aquele sábio e temia que ele tivesse razão. Mas logo esqueceu esses pensamentos e continuou sua atitude habitual.

    Um dia, a profecia do sábio Ró cumpriu-se. O velho e esperto Janjo surpreendeu-a sozinha voando pelo bosque. Achou-a magnífica e com sua rede Liberal apoderou-se dela.

Como é triste ver a borboletinha vaidosa atravessada por um alfinete, fazendo parte da coleção daquele velho da garganta inflamada!

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