Pessoas com 60 anos ou mais é a única na qual foi constatado um aumento percentual de mortes em decorrência da Aids ao longo do período entre 2011 e 2021
O número de casos de HIV (vírus da imunodeficiência humana) no Brasil aumentou 441% na população idosa em dez anos. Em 2012, foram 378 infecções em pessoas com 60 anos ou mais. Já em 2022, o número subiu para 1.951. Neste recorte, as mortes por Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) também cresceram 85%: saíram de 980 para 1.827.
Entre
2012 e 2022, foram notificados 14.570 novos casos de HIV e 25.378 de Aids na
população idosa. No total, foram 15.773 óbitos em decorrência da Aids. Os dados
são do balanço epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em 2023.
A
população com 60 anos ou mais é a única na qual foi constatado um aumento
percentual de mortes em decorrência da Aids ao longo do período entre 2011 e
2021. Em todas as outras faixas etárias os coeficientes de mortalidade
apresentaram queda no mesmo período. As informações são do Unaids (Programa
Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids).
O
alerta para um aumento nos casos entre a população idosa foi feito nesta semana
pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) em razão do
Dezembro Vermelho, campanha de mobilização contra o HIV, a Aids e outras ISTs
(Infecções Sexualmente Transmissíveis).
O envelhecimento do sistema imunológico, chamado de imunossenescência, também dificulta a resposta do organismo ao HIV e pode acelerar o desenvolvimento da Aids e levar o paciente ao óbito. Além disso, muitas pessoas dessa faixa etária enfrentam dificuldades na adesão ao tratamento, especialmente devido ao uso simultâneo de vários medicamentos para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
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