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quinta-feira, 7 de março de 2024

A HISTÓRIA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Décadas de manifestações e greves até que a participação feminina no futuro do País fosse reconhecida por lei e pela sociedade

Mulher na política - A primeira eleição com a participação feminina no Brasil foi realizada em 1933, no ano seguinte ao reconhecimento do direito de votar das mulheres pelo Código Eleitoral de 1932 e há 91 anos atrás.

Em 1997, foi estabelecido pela Lei das Eleições a obrigatoriedade de ao menos 20% de candidaturas para cada sexo. A lei fixou em no mínimo 30% nas eleições posteriores. Já em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que os partidos políticos destinem no mínimo 30% dos recursos do Fundo Partidário ao financiamento de campanhas das candidatas.

A Justiça Eleitoral tem adotado diversas medidas de incentivo à participação feminina na política, como ações afirmativas e recursos para campanhas. O futuro do País também é assunto de mulher, e por conta disso, é de extrema importância discussões sobre a representatividade feminina dentro do meio político e o combate a violência política.

História do Dia da Mulher - Clara Zetkin sugeriu a criação do Dia Internacional das Mulheres em 1910. Ela era uma ativista, defensora dos direitos das mulheres no âmbito trabalhista e membro do Partido Comunista Alemão, e tinha como objetivo possibilitar que o movimento operário desse maior atenção às mulheres trabalhadoras.

A ideia foi proposta durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Haviam 100 mulheres, de 17 países e elas concordaram com a sugestão por unanimidade.

Manifestações e greves - Mas essa semente foi plantada um pouco antes, em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo o direito ao voto, o aumento salarial, a redução das jornadas e a melhoria nas condições de trabalho nas fábricas.

O incêndio em Nova York - No dia 25 de março de 1911 aconteceu um incêndio na fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, em Nova York, nos Estados Unidos. Foi um grande acidente industrial que causou a morte de centenas de pessoas, com um número estimado entre 130 a 150 trabalhadores, em sua grande maioria mulheres.

As pessoas morreram queimadas, isso porque as portas das oficinas na fábrica de tecido eram trancadas para impedir a saída dos funcionários durante as pausas dos turnos. As condições de trabalho também eram péssimas, com cargas horárias extensivas, salários muito baixos e locais insalubres. O evento do incêndio ficou marcado na história e foi associado ao mês de março. 

Manifestações e greves - No mesmo ano o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres e a data foi celebrada pela primeira vez na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. 

Mas até então, não existia uma data fixa, porém em meio à guerra em 1917, o dia foi formalizado após uma greve realizada por mulheres russas que exigiam "pão e paz". Quatro dias depois da greve, traduzido para o dia 8, o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.

Dia Internacional da Mulher - A data foi oficializada em 1975, quando reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nela é celebrado o engajamento na política e os avanços econômicos das mulheres na reivindicação por igualdade salarial.

O 8 de março, além de homenagear as mulheres, é um momento de reflexão a respeito de como a sociedade as trata, tanto no convívio afetivo e social, como dentro de casa e no mercado de trabalho.

No Dia Internacional da Mulher e em todos os outros dias do ano a sociedade deve discutir, combater e falar sobre a violência de gênero, sobre o assédio e sobre os índices de feminicídio que aumentam a cada ano. Este dia serve para enaltecer a luta das mulheres por direitos e dignidade, serve para repensar atitudes e lembrar às cidadãs e aos cidadãos que todo o dia é dia da mulher. Por Luiza Sarubbi.

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