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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Educação inclusiva: saiba por que ela é tão importante para o ensino


O que é educação inclusiva?
A educação inclusiva é um modelo de ensino contemporâneo que propõe igualdade nas possibilidades de escolarização. Com essa visão, o objetivo é que todos os estudantes — crianças, adolescentes e até alunos do ensino superior — tenham direito à educação em um só ambiente.

A proposta da educação inclusiva é valorizar as diferenças e permitir uma convivência respeitosa e diversificada no contexto escolar. Em um primeiro momento, pensamos nas pessoas que apresentam necessidades especiais, devido à segregação que antes existia em relação a esse grupo de estudantes.

Contudo, contemplar a diversidade também significa reconhecer que há diferentes gêneros, etnias e classes sociais. Enfim, cada indivíduo é único em termos de aparência, cultura, história de vida e capacidade física e intelectual. Dessa forma, a universalização dos direitos educacionais e sociais deve ser respeitada.

Em resumo, educação inclusiva significa oferecer o mesmo espaço para o processo de aprendizagem de todos os indivíduos, independentemente de suas limitações e particularidades. Com a inclusão, os estudantes ganham a oportunidade de aprender, interagir e experimentar a vida em comunidade.

Assim, as diferenças deixam de ser encaradas como obstáculos e passam a ser compreendidas como diversidade. Essa abrangência de visão é fundamental desde a infância para fortalecer a empatia e a consciência social. Por fim, todos têm a ganhar com a educação inclusiva: os estudantes que entram na escola regular e os que aprendem a conviver com as diferenças.

Qual é a diferença entre educação inclusiva e educação especial?
Quando se fala em educação inclusiva, logo vêm à mente as técnicas para a aprendizagem de pessoas com deficiência. De fato, os conceitos são relacionados. Mas há distinções que precisam ser esclarecidas.

A educação especial é uma abordagem de ensino direcionada para o desenvolvimento de habilidades específicas de indivíduos com algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou deficiência — física, intelectual, auditiva, visual etc. Pessoas com altas habilidades, conhecidas popularmente como superdotadas, também entram no grupo das necessidades especiais, uma vez que requerem recursos próprios para o seu aprendizado.
A educação inclusiva, por sua vez, difere da educação especial por se tratar de um processo educativo e social, ao mesmo tempo. Promover a aprendizagem, nesse sentido, é tão importante quanto possibilitar a convivência com pessoas de todos os tipos. Trata-se de um modelo que prioriza a formação global e sem barreiras ou preconceitos.
Até pouco tempo atrás, o sistema educacional brasileiro mantinha dois tipos de escola: a regular e a especial. Alguns alunos, mesmo com limitações brandas, eram direcionados para a educação especial e privados do contato diversificado com os estudantes regulares.

Com a educação inclusiva, todos os alunos são acolhidos na escola regular, que agora deve dispor de meios adequados e recursos diferenciados para oferecer apoio no processo de aprendizagem de todos os indivíduos.

Essas mudanças no panorama educacional estão previstas na legislação. O Plano Nacional de Educação (PNE) é aprovado pela Lei nº 13.005/2014, que tem como meta a universalização da educação básica.

Sendo assim, pessoas de 4 a 17 anos que apresentam algum tipo de deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades têm direito à educação na rede regular de ensino e ao atendimento educacional especializado.

Quais são os princípios da educação inclusiva?
A educação inclusiva é sustentada por 5 princípios que devem ser revisitados pelos educadores com regularidade, para que estes se mantenham firmes em seu propósito. Confira, a seguir, quais são os pilares da inclusão educacional!

1. Toda pessoa tem o direito de acesso à educação
Isso significa que a educação é para todos e não há obstáculos físicos, intelectuais ou de nenhuma outra natureza que possam impedir esse direito.

2. Toda pessoa aprende
Todo indivíduo tem capacidade de aprender. A única diferença está no caminho que ele percorre para obter o conhecimento.

3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular
Alguns podem seguir os métodos tradicionais, outros precisam de recursos mais elaborados, mas todos podem e devem ter incentivo ao aprendizado. 
4. O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos
O contato com a diversidade é importante para a formação completa dos indivíduos. Todos são beneficiados com a inclusão escolar e social, tanto os que são inseridos no contexto comum quanto aqueles que os acolhem.

5. A educação inclusiva diz respeito a todos
A inclusão é para as pessoas com deficiência, assim como para qualquer outro tipo de diferença — física, mental, cultural, social, sexual, racial ou étnica.

Qual é o papel da escola nesse cenário?
Para ser uma escola inclusiva, não basta abrir as portas para os alunos especiais ou falar sobre o valor da diversidade. É preciso contar com um projeto pedagógico que coloque a inclusão em prática.

Com base em um projeto educacional inclusivo, a escola consegue cumprir o seu papel com planejamento, organização, flexibilidade e propostas diversificadas. Além disso, a comunidade escolar não pode trabalhar sozinha e, para viabilizar a inclusão, também depende da construção de uma rede de apoio.

Em conjunto com os educadores e gestores escolares, devem estar os familiares e profissionais da saúde que acompanham os alunos — médicos, psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas.

O papel da família é proporcionar base sólida para a visão de mundo e para a construção de valores como respeito ao próximo. Para alcançar uma sociedade inclusiva, é necessário que essa conscientização também seja trabalhada em casa. 

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