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quarta-feira, 8 de junho de 2022

No Brasil, 23% dos negros se sentem representados como criminosos em filmes e séries, mostra pesquisa


Uma pesquisa feita pela empresa Paramount Global e obtida com exclusividade pela CNN analisou a importância da diversidade e da representatividade no mundo do audiovisual.

De acordo com o estudo realizado em 15 países, incluindo o Brasil, 9 em cada 10 pessoas globalmente concordam que a representatividade na televisão e nos filmes tem um impacto no mundo e influencia a percepção que temos de determinados grupos ou pessoas.

Ainda segundo a pesquisa, 52% das pessoas que participaram do levantamento afirmam se sentir mal representadas, dizendo que falta precisão em como o grupo a que pertencem é retratado no audiovisual – ou seja, por mais que os filmes e as séries estejam melhorando no quesito incluir pessoas diferentes nas telas, a representação de diferentes grupos não é feita de forma fidedigna.

O impacto dessa má representação é sentido de forma prejudicial pelo público. Segundo o estudo, 18% das pessoas negras em todo o mundo sentem que são retratadas como criminosas e 16% sentem que são retratadas como perigosas.

No Brasil, esse percentual é ainda maior: 23% das pessoas negras sentem que são retratadas como criminosas e 24% como perigosas. Pessoas do Oriente Médio e árabes também disseram na pesquisa que se sentem representados como criminosas (20%) e perigosas (17%).

A má representação no audiovisual é apontada também por pessoas com deficiência e membros da comunidade LGBTQIA+. De acordo com a pesquisa, quase 40% das pessoas com deficiência física dizem que não veem as pessoas com corpos como os seus nas telas dos cinemas ou na televisão.

O estudo mostrou ainda que a representação equivocada nas telas tem um impacto na saúde mental do público: entre aqueles que se sentem mal representados, 41% afirmam ter sua autoestima e confiança impactadas e quase 60% dizem que isso os faz sentir sem importância, ignorados ou decepcionados.

A pesquisa mostrou também que quase 60% das pessoas que sentem que sua identidade de gênero está mal representada afirmam que sua autoestima e confiança são afetadas.

A pesquisa obtida com exclusividade pelo Popverso CNN foi feita pela empresa Paramout Global com 15.387 pessoas no mundo todo, com idades entre 13 e 49 anos e moradoras de 15 países (Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Alemanha, Itália, Malásia, México, Holanda, Nigéria, Polônia, Cingapura, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos).


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