O cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, declarou, nesta quarta-feira (8), em entrevista à CNN, que a situação econômica deve interferir nos resultados das eleições deste ano.
“Se o relatório está rico, o Brasil está pobre. Isso está fazendo a diferença. Neste momento, a gente percebe que a economia, que sempre teve um papel fundamental nas eleições presidenciais, principalmente quando temos candidatos à reeleição no processo, esse ano parece que o peso vai ser ainda maior”, afirmou Nunes.
“Quanto maior a renda mais votam em Bolsonaro, quanto menor a renda mais votam em Lula. Essa polarização social está muito clara”, explica.
No levantamento Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente, com 46% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 30%. Depois surgem Ciro Gomes (PDT), com 7%; André Janones (Avante) com 2%; e Simone Tebet (MDB) e Pablo Marçal (Pros), com 1% cada.
Entre os problemas gerais que mais preocupam os eleitores, a economia continua sendo o mais citado. O tema foi lembrado por 44% dos entrevistados, seguido por saúde/pandemia (15%), questões sociais e corrupção (cada um deles com 11%) e violência (8%), segundo a pesquisa.
A inflação, que atingiu 12,13% nos 12 meses acumulados até abril, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), é a principal questão econômica apontado pelos eleitores brasileiros.
“Outros indícios da pesquisa também ajudam a gente a entender isso: para 44% dos brasileiros a economia é o principal problema enfrentado até aqui. E quando abrimos esses dados dos 44%, a principal preocupação é o aumento de preços”, indicou Nunes.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
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