A pesquisa mostrou que o percentual de mulheres sobrecarregadas foi de 68%, muito acima dos 56% registrados entre os homens. Entre as várias explicações para isso está o fato de as mulheres terem acumulado as tarefas domésticas com a vida profissional. “A pandemia é pesada para todo mundo, mas ela trouxe componentes que são endereçados ao colo da mulher, como o cuidado com os filhos. São questões que já existiam antes, mas não eram discutidas e que agora estão atrasando a carreira das mulheres”, diz Angela Castro, sócia da Deloitte.
Entre os problemas que vieram à tona com a pandemia estão a ansiedade, insônia, exaustão e depressão. Para todas essas dores, as mulheres sofreram mais que os homens.
A depressão esteve mais presente entre os profissionais que têm filhos (28%), enquanto a ansiedade entre os que não têm (69%).
Os dados também trouxeram que quanto mais jovem, maiores são os sintomas de exaustão e cansaço – 70% entre pessoas de 18 a 24 anos e 67% entre aqueles de 25 e 34 anos.
A pesquisa identificou ainda que 64% dos trabalhadores brasileiros não possuem nenhum benefício para cuidar da saúde mental. “A quantidade de pessoas com acesso à benefícios corporativos de saúde emocional é baixa”, afirma Rui Brandão, cofundador e CEO do Zenklub.
Por outro lado, 86% dos entrevistados consideram que esse tipo de benefício pode ajudar os colaboradores a lidar com os impactos negativos da pandemia.
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