O silêncio é o melhor amigo da violência, principalmente quando se trata dos crimes cometidos contra a mulher e a criança. São aqueles perpetrados entre quatro paredes, onde só os parentes mais íntimos ficam sabendo, mas que também não falam. É uma modalidade silenciosa de abuso que não pode se tornar comum aos olhos da sociedade.
No último fim de semana os registros de violência contra a mulher mais uma vez ultrapassaram os índices de roubo, furto e acidentes de trânsito em Itabuna. A Polícia as vezes aparece para conter o drama da violência doméstica. E isto tem feito os riscos de agressão contra a mulher diminuírem.
Em muitos casos a solicitação parte dos vizinhos, mas, quando a PM chega, as esposas preferiram não denunciar os maridos. A atitude renova questionamentos sobre o que leva a mulher a permanecer calada. Seriam a dependência financeira, os filhos, a unidade da família, as ameaças?
Nesse caso, o Estado é respaldo pela Lei Maria da Penha para protegê-las, inclusive de tirar delas a possibilidade de remover as queixas diante da violência comprovada. Na verdade, a quebra desse tipo de silêncio é uma responsabilidade de todos.
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