A ministra Rosa Weber é a terceira mulher a assumir a presidência da Corte Suprema em 131 anos desde a fundação do STF (Supremo Tribunal Federal). Antes dela, estiveram no cargo as ministras Ellen Gracie, de 2006 a 2008, e Cármen Lúcia, de 2016 a 2018.
Na prática, o Brasil passará a ter duas mulheres no comando das principais instituições jurídicas do país: Rosa no Supremo e Maria Thereza Assis Moura no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As duas têm algo em comum: são conhecidas pelos perfis discretos e por serem avessas aos holofotes.
Rosa comanda o Supremo Tribunal Federal em um momento conturbado da República. No discurso de posse, citou a rejeição do discurso de ódio, de repúdio à prática de intolerância enquanto expressões constitucionalmente incompatíveis com a liberdade de manifestação do pensamento.
A expectativa entre alguns ministros do STF ouvidos pela CNN, em caráter reservado, é de que a gestão de Rosa Weber consiga tirar a Corte do centro das atenções e dos conflitos com outras instituições.
O mandato de Rosa Weber à frente da Suprema Corte durará menos de um ano. Isso porque ela terá de se aposentar até outubro de 2023, quando completa 75 anos. Já Thereza fica até 2024.
Avanço
A ministra Maria Thereza também afirmou que passado o “momento crítico” da pandemia, o momento é oportuno para avançar em “políticas sociais imprescindíveis ao País”,
Para a ministra, um Judiciário forte é base essencial do Estado Democrático de Direito e garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos.
Em 2017, quatro mulheres estiveram à frente de alguns dos principais cargos do país: Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República, Cármen Lúcia no Supremo, Laurita Vaz no STJ e Grace Mendonça como advogada-geral da União.
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