Quanto maior o número de coisas que o dinheiro compra, menor o número de oportunidades para que as pessoas de diferentes estratos sociais se encontrem. Se as coisas tem um preço, e tal preço é alto, as distâncias entre grupos sociais naturalmente crescem e, assim, é alimentado um ciclo que separa, insistentemente, povos e pessoas. Por mais que para alguns isso seja o esperado, ou até mesmo sonhado, tal afastamento gera efeitos drásticos e irreversíveis, de impacto profundo, por certas vezes, invisível.
Se você se
considera superior, e quer distância daqueles, ou daquilo, que não condiz com o
seu suposto ‘nível’, não sabe a oportunidade que está perdendo de ampliar seus
horizontes, viver a vida de forma plena e entender que quando há preço para
tudo, os reais sentimentos e desejos deixam de ter significado e passam a ser
meros detalhes de uma vida de muitas posses, muitos bens, mas pouca paz,
felicidade e nenhuma sinceridade.
O importante é que pessoas de contextos e posições sociais diferentes, encontrem-se e, convivam na vida cotidiana, pois, é assim que aprendemos a negociar e respeitar as diferenças ao cuidar do bem comum. Se você se isola, e tudo compra? Estará se entregando a um mundo que luta para que tudo tenha preço, mas que clama por pureza nas facetas mais básicas da vida, porque sente falta de sorrisos, de cumplicidade e de paz. A ordem aqui é: SE MISTURAR, afinal, todos somos iguais. Por Alexandra Guiso.
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