A participação política feminina cresceu modestamente no primeiro turno das Eleições Municipais de 2024, na Bahia. Em comparação com a eleição anterior (2020), houve um aumento de 8% na representação feminina por meio do voto popular, mas os percentuais ainda estão abaixo em relação ao número de mulheres do eleitorado baiano, composto por 52% de eleitoras.
Dos 35.201 registros de candidaturas efetuados pelo
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia este ano, 181 mulheres concorreram ao
cargo de prefeita, sendo 59 eleitas. Nas Eleições de 2020, 201 candidatas
disputaram o cargo, das quais 52 foram eleitas no estado. Para o cargo de
vereadora, 11.550 mulheres foram candidatas em 2024, e desse total, 672 foram
eleitas, até esta terça-feira (29/10). No pleito de 2020, de 13.196 candidatas,
623 foram eleitas em primeiro turno. Os dados são do Portal de Estatísticas do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Das 59
prefeitas eleitas na Bahia em 2024, aproximadamente 34% já ocupavam o cargo e
foram reeleitas. As maiores votações ocorreram nos municípios de Lauro de
Freitas (118.581 votos), Jacobina (46.850), Monte Santo (33.713), Araci
(31.514), Poções (29.048) e Livramento de Nossa Senhora (28.340),
considerando-se os votos válidos. Entre as mulheres eleitas para a prefeitura
na próxima gestão, 75% possuem formação superior e 25% têm ensino médio
completo.
Na disputa para o cargo de vereadora, a votação mais expressiva
no interior do estado ocorreu na cidade de Feira de Santana, com a eleição de
Gerusa Bastos Silva Sampaio, do União, que recebeu 5.816 votos. Em Salvador, a
vereadora mais votada, em 2024, foi Roberta Nunes Caires, do PDT, com 16.517
votos. Este ano, a capital baiana elegeu nove vereadoras para a Câmara
Legislativa, com um comparecimento às urnas de 1.508.867 eleitores(as). Vale
destacar que a Câmara Municipal de Salvador possui 43 vagas para o cargo.
A lei federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) prevê uma reserva de vagas para mulheres, estipulando que cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas de cada sexo. No entanto, a presença feminina no cenário político ainda é limitada. Desde o direito ao voto feminino no Brasil, assegurado em 1932, a trajetória das mulheres na política é marcada por histórias de luta e conquistas sociais.
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