Zélia de Oliveira Lessa nasceu em Itabuna em 1926. Começou a estudar piano aos seis anos de idade e a ministrar aulas de música, em casa, aos dezessete anos. Foi aluna de grandes mestres da música na Bahia, a exemplo do Maestro Pedro Jatobá (então diretor da Escola de Música da Bahia, atual Escola de Música da Universidade Federal da Bahia-UFBA), Cândida Barras e da Maestrina Esther Coelho.
Graduou-se em Secretariado, pela UFBA, em Salvador- Ba. Em 1944, passou a dar aulas de música na Escola Orfeon, em Itabuna, inicialmente vinculada à Escola de Música da Bahia e, depois, já em 1991, ao Instituo Ametista de Saint Germain – Conservatório de Música “Ars et Scientia do Brasil”, em São Paulo-SP. Em 1955, fundou o coral “Cantores de Orfeu”, hoje reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade de Itabuna (Lei nº 2.472).
Em 1959, passou a ensinar Canto Orfeônico junto ao Colégio Estadual de Itabuna. Entre 1962 e 1965, foi professora pioneira junto aos Seminários Livres de Música da Bahia, em Itabuna, ação extensionista da Universidade Federal da Bahia. A ação contou com participação da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia, do musicólogo alemão H. J. Koellreutter (1915-2005), do compositor suíço-brasileiro Ernst Widmer (1927-1990) e do pianista carioca Fernando Lopes (1935-2019), cujo nome hoje é vinculado ao Instituto Piano Brasileiro.
É autora de cerca de trezentas composições musicais, dentre as quais estão às que integram a “Rapsódia Grapiúna”, baseada no folclore regional sulbaiano. Em 1974, “Rapsódia Grapiúna” foi finalista no 1° Concurso Nacional de Composições e Arranjos Corais, em Belo Horizonte-MG. E 1976, a rapsódia foi classificada em 2° lugar no 2° Concurso Nacional de Composições e Arranjos Corais. Em 1991, o Coral Cantores de Orfeu recebeu o Troféu do Festival de Arte de Vitória da Conquista-Ba.
Em 1998, a obteve o 4º lugar no Concurso para o Hino da Universidade do Mar e da Mata, em Ilhéus-Ba. Em 2017, a escritora Efigênia Oliveira lançou o livro intitulado “ZÉLIA LESSA: a música em uma vida”, pela Editora Via Litterarum. A maestrina Zélia Lessa já ensinou música a cerca de seis mil alunos. Na Academia Grapiúna de Letras, ocupa a Cadeira de nº36, cujo patrono é Ruy Barbosa. Por academiagrapiunadeletras.com.
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