A juventude tem seus encantos, mas também tem suas agruras. Pesquisas revelam que a juventude não tem medo do perigo. Como se considera eterna, não há nada que a faça se sentir vulnerável. Assim, a informação de que fazer sexo sem camisinha é perigoso e que o uso abusivo de álcool também é um risco muito grande, nada disso produz efeito. Por isso a juventude continua como antes.
Dirigindo em alta velocidade nas estradas, competindo de motocicleta, quando tem oportunidade, e dando pouco ouvidos àqueles que lhe chamam a atenção. A divulgação de cenas chocantes nos maços de cigarro que têm, como objetivo, chamar a atenção dos fumantes para os efeitos nocivos da fumaça, não surte nenhum ou quase nenhum resultado. E por quê? Porque o que a juventude gosta, aparentemente, é de desafiar o perigo. Pôr a vida em risco para saber se é ou não indestrutível.
A propaganda que deu certo contra o cigarro, foi aquela que apelou para a alta estima. Quando a propaganda se dirige para a possibilidade de o fumante ter a pele prejudicada pelo fumo ou para um melhor desempenho profissional, dá certo. Aquelas mensagens negativas, no entanto, segundo as quais o fumante corre o risco de morrer, perder os pulmões e até um dos membros, nada disso tem convencido os jovens.
O melhor a fazer, nesse caso, é mostrar, para os fumantes, os benefícios que terá se, por acaso, mudar de hábito. Só assim terão coragem e disposição de abandonar o cigarro. De outra maneira, não abandonam nunca. O número de fumantes tem caído. Mas aqueles que continuam fumando são capazes de cortar despesas que têm com os filhos, quando o dinheiro não é suficiente para manter o vício enquanto outros chegam a gastar mais com o cigarro do que com o feijão e o arroz.
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