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Os assuntos violência e carnaval não deveriam ter nada em comum: violência causa sempre imenso sofrimento à família; é o oposto do Carnaval, cujos primeiros clarins ao longe, anunciando a sua chegada em fevereiro, sempre trazem promessas de alegrias e brincadeiras. Convivo com o noticiário da violência há mais de 40 anos, e com o Carnaval há mais tempo: desde a adolescência nos nossos carnavais de rua e dos clubes da Mangabinha, Pontalzinho e Grapiúna, em Itabuna.
Convivi com a evolução dos dois: na violência, os métodos de enfrentamento ao crime organizado, os profissionais de segurança melhores capacitados e aparelhados, as criações de guarnições especiais, as viaturas e o poder bélico avançaram bastante e a segurança pública foi muito beneficiada. Mas não impediu a evolução do crime e muitas pessoas são vítimas das ações dos bandidos, em tempos de festas e sem elas.
O carnaval de Salvador e a Micareta de Feira de Santana, atraem cada vez maior número de visitantes e foliões. E para quem associa a festa momesca à violência, destaco que dois assassinatos já ocorreram em todo transcurso do carnaval na capital baiana e em Itabuna, neste mesmo período, não se espera número diferente de vítimas de homicídios. Este fato derruba a tese de que carnaval tem relação com mortes de pessoas.
Mas o carnaval já está transcorrendo e para que a violência não estrague a festa, é necessário que o Estado cuide bem das pessoas que estão participando da festa, mas não esqueça daquelas que estão em retiros, praias, fazendas, ou simplesmente em suas casas. E proteja o patrimonio de quem viajou para brincar, ou para aproveitar o feriadão e descansar. E, por favor! Não brinquem com máscaras de Lula, Alckmin, Rui Costa e Zé Dirceu: não tem graça se fantasiar de larápio. Por Val Cabral.
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