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Bocão 64

sábado, 25 de fevereiro de 2023

BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

A violência contra mulher é crime, e tão grave quanto a violência e a omissão denuncie.

Sem dúvida, não é de hoje que a imposição a uma subordinação da mulher em todos os seus aspectos seja por todos conhecida, pois encontramos raízes nocivas deste triste acontecimento desde o primeiro alicerce fundado na construção da falsa ideologia, até então aceita, “da superioridade do homem”, esta já existente há 2.500 anos nos continentes antigos, onde a mulher era vista apenas como um objeto ou, quando muito, um mero brinquedo de luxo.

Entretanto, mesmo diante desse reprovável quadro de gritantes absurdos, várias culturas ainda aprovam, toleram ou mesmo justificam diversas e diferentes atrocidades que são endereçadas contra a mulher, sendo essas atitudes fruto de normas de conduta distorcidas a respeito do papel e das responsabilidades de homens e mulheres na sociedade.

A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, em razão do uso abusivo de bebida alcoólica de seus companheiros ou por ciúme doentio destes, fazendo com que elas apontem que o problema que mais as afligem hoje é a violência doméstica. Aqui “desobedecer” o marido, retrucar, recusar sexo, não preparar a comida a tempo, falhar no cuidado das crianças ou da casa, questionar o cônjuge a respeito de dinheiro ou mulheres ou até sair de casa sem a sua permissão são motivos considerados como sendo ‘razoáveis’ para injustas e ilícitas agressões contra a mulher.

A violência contra a mulher não respeita fronteiras de classe social, raça, religião ou idade. O número de vítimas de maus-tratos continua a aumentar de forma assustadora e, hoje, o problema é tão grave que virou também questão de saúde pública, mesmo após o advento da importante Lei Maria da Penha. Para enfrentarmos este flagelo são necessárias políticas públicas que atuem modificando a discriminação e a incompreensão de que os Direitos das Mulheres são também Direitos Humanos.

Modificar o ignorante entendimento da subordinação de gênero requer uma ação conjugada e seriamente articulada entre os programas dos Ministérios da Justiça, da Educação, da Saúde, do Planejamento e todas as entidades protetivas existentes. Tais políticas públicas devem visar a equidade entre homens e mulheres, constituindo, um caminho digno e sério para alterar a violência em geral e de gênero em particular, fiscalizando o fiel cumprimento destas políticas citadas, sem nos esquecermos que o objetivo maior somente será cumprido com a plena e total participação da sociedade civil, pois, citando um adágio muito conhecido, “a violência, sob qualquer forma que se manifeste, é um fracasso”.

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