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terça-feira, 16 de agosto de 2022

Taxa rosa: mulheres pagam mais caro que os homens pelos mesmos produtos


A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) fez uma pesquisa sobre a taxa rosa, um adicional incluído em produtos com “roupagem” feminina. O estudo mostrou que, em média, os itens cor de rosa e com personagens femininos são vendidos com o valor 12,3% maior que os outros no Brasil.

A pesquisa aponta que produtos como roupas de bebê femininas são 20% mais caras que as masculinas. Artigos de higiene e brinquedos também são mais caros quando direcionados para mulheres e absorventes, itens essencialmente femininos, têm taxas mais caras quando comparados aos demais produtos. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou dados, em um estudo de 2019, de que as mulheres recebem, em média, 77,7% do salário dos homens. Quando os cargos são de maior rendimento, como diretor e gerente, essa diferença é ainda maior e as mulheres ganham apenas 61,9% do rendimento dos homens.
 
Quando o assunto é diploma, as mulheres são o maior grupo. Entre 25 e 34 anos, 25,1% das mulheres já concluíram o ensino superior, contra 18,3% dos homens de mesma faixa etária. Entretanto, nas instituições de graduação, menos da metade dos docentes são mulheres, 46,8%.

Em outra pesquisa feita pelo IBGE no mesmo ano, as tábuas de mortalidade no Brasil mostram que a média de expectativa de vida no país é de 76,6 anos. Para as mulheres, esse número sobe para 80,1 anos e para os homens, ele desce para 73,1 anos. Portanto, as mulheres rendem mais que os homens, vivem por mais tempo recebendo um salário menor e pagando mais caro que eles pelos mesmos produtos.

De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor no Brasil (IDEC), os preços não deveriam ter diferenciação. E também os estabelecimentos que cobram preços reduzidos para mulheres em eventos de lazer estão infringindo a regra de direitos iguais, uma vez que a diferenciação dos valores fere a igualdade entre os gêneros e desrespeita a dignidade das mulheres, utilizando-as como “iscas”.
A professora do curso de Finanças do ISAE Escola de Negócios, Myrian Lund, dá dicas sobre o que fazer para melhorar a situação:

Optar pelo produto mais barato, com a mesma qualidade, sem se preocupar com a sua cor (rosa ou azul) ou desenho
Registrar a sua queixa ou insatisfação - o Instituto de Defesa do Consumidor afirma que, apesar de os fornecedores ou fabricantes terem liberdade de determinar o preço dos produtos, é possível questionar esse tipo de prática de diferenciação de preços por gênero. A recomendação é reunir recibos e notas fiscais para comprovar a distorção e poder formalizar a reclamação nos órgãos de defesa do consumidor
Antes de comprar produtos, verificar a diferença de preços e qualidade nos destinados às mulheres, comparando-os com o preço do mesmo artigo masculino.

Fonte: mídia ninja


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