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terça-feira, 9 de abril de 2024

BASTA MULHERES VOTAREM EM MULHERES E ITABUNA SERÁ MENOS MACHISTA E MUITO MAIS HUMANIZADA!

Itabuna tem mais mulheres que homens em seu eleitorado, mas a Câmara só tem uma mulher vereadora e a cidade nunca teve mais que três mulheres vereadoras e nenhuma vice-prefeita. Está chegando a hora de mudarmos essa incompreensível realidade!

Não há como falar de política sem considerar ao menos mais da metade da população e dos eleitores: as mulheres. São elas que frequentemente sentem com mais intensidade a falta de equipamentos públicos como creches, escolas e abrigos para idosos, as dificuldades do sistema público de saúde, o preço dos alimentos, etc.. Por isso, são mais sensíveis a esses assuntos no exercício da vida política.

Entretanto, o imaginário comum continua a fazer acreditar que política é lugar para homens engravatados. A hegemonia masculina na esfera pública é explicada pela forma de organização política, econômica, religiosa ou social baseada na ideia de autoridade e liderança do homem. Tal organização leva ao predomínio dos homens sobre as mulheres.

Onde há desigualdades que atendem a padrões de gênero, ficam definidas também as posições relativas de mulheres e de homens, assim como de outros pares que a sociedade organizou em oposição e hierarquia: brancos/negros, ricos/pobres, não-LGBTs/LGBTs. Quando mulheres se organizam para estudar, protestar ou pensar em soluções, estão fazendo política.

O voto das mulheres para as mulheres, é pelo acesso das mulheres à educação, pela exigência de direitos iguais no trabalho; pelas demandas pelo direito das mulheres à integridade física e ao autocontrole de sua capacidade reprodutiva; pelo abrir portas para questionar as categorias centrais do universo da política, como as noções de indivíduo, de espaço público, de autonomia, de igualdade, de justiça e de democracia.

Fica evidente: há um paradoxo, as mulheres fazem política, porém não têm cargos políticos. Ficam subrepresentadas na política formal e marginalizadas na política do dia a dia. E não é só nas questões eleitorais que as mulheres foram e, infelizmente, continuam cerceadas da existência democrática. Mulheres gastam um terço da semana cuidando de afazeres domésticos, enquanto os homens ficam com apenas um sexto desse tempo. 

Os problemas que as mulheres levantam, se forem encarados, vão trazer soluções para toda a sociedade, e não só para as mulheres. E, então, vamos conversar sobre uma democracia igualitária, sobre as mulheres marcantes da nossa política e sobre por que a representatividade é tão importante!

Entendendo que, para uma Itabuna melhor e mais humanizada, é essencial desconstruir o imaginário comum de que política é lugar para homens engravatados. Somos mais de metade da população e menos de 5% nas esferas formais de representação política.

Nas ruas e nas redes conquistamos muitos direitos, a começar pelo direito ao voto até as políticas públicas de gênero hoje existentes. Ainda assim, fazemos parte dos primeiros cortes de investimento público; em nossa pluralidade de raça, classe e sexualidade, continuamos sub-representadas e muitos direitos permanecem sendo negados.

Para mudarmos essa realidade dramática, é necessário que mulheres apoiem e votem em mulheres para serem eleitas vereadoras nas eleições deste ano. Se mulheres votarem em mulheres, teremos menos homens nos representando na Câmara Municipal de Itabuna.

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