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Bocão 64

terça-feira, 10 de outubro de 2023

PULAR DE GALHO EM GALHO PODE GERAR PROBLEMAS INTERPESSOAIS

Não adianta a pessoa pular de galho em galho, talvez o problema não seja o "galho", e sim ela!

Os relacionamentos casuais, os famosos "ficar pulando de galho em galho", têm sido responsabilizados por inúmeros infortúnios interpessoais, desde a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis até a destruição do romance e a morte do amor verdadeiro. Agora, os ficantes e os "amigos com benefícios" estão associados a outro risco, o de se ter amantes concomitantes ou, no jargão acadêmico, "parceiros simultâneos".

Um novo estudo da Universidade de Iowa intitulado "The Contexts of Sexual Involvement and Concurrent Sexual Partnerships" ("Os Contextos dos Envolvimentos Sexuais dos Parceiros Sexuais Simultâneos") descobriu que, comparando-se com pessoas em um relacionamento sério, aquelas que ficam com um estranho ou conhecido e os amantes de "amigos com benefícios" são muito mais prováveis de terem vários parceiros diferentes simultaneamente. Isso pode espalhar discórdia e doenças sexualmente transmissíveis.

O objetivo do estudo foi estabelecer a associação básica entre tipos diferentes de relacionamentos sexuais e os parceiros simultâneos", disse Anthony Paik, professor de sociologia, que publicou os resultados na edição de março da revista "Perspectivas sobre a Saúde Sexual e Reprodutiva".

A maioria dos estudos sobre os "ficantes" e seus descontentamentos é feita com adolescentes, mas essa pesquisa é uma das poucas a examinar os adultos que, aparentemente, também são bem travessos. Segundo a pesquisa de Paik, um terço dos relacionamentos adultos não tem exclusividade. Apesar de, no geral, a probalilidade de os homens manterem relacionamentos causais ser três vezes maior, as mulheres que têm "amigos com benefícios" são mais prováveis de terem múltiplos parceiros.

Será que Harry (do filme e "Harry e Sally - Feitos um para o Outro") estava certo ao dizer que homens são secretamente apaixonados por suas amigas e, assim, estão menos propensos a ficar com uma delas? O caso é que as vovós estavam quase absolutamente certas: pular na cama com alguém não aumenta a probabilidade de levar ao matrimônio. O sexo na primeira semana de um relacionamento está associado com um risco maior de não-monogamia. Já as mulheres que se davam bem com os pais do seu companheiro eram menos prováveis do que os homens de ter parceiros sexuais múltiplos.

Tudo isso não significa necessariamente que ficar pulando de galho em galho leva à não-monogamia. "Estabelecer a relação entre os relacionamentos não sérios e os parceiros concomitantes é a descoberta chave que ainda precisa ser feita", disse Paik. "Mas não está claro se essa é uma história casual ou uma história de seleção".

Ele acredita na seleção. Em outras palavras, pode ser que as pessoas prováveis de entrarem em relacionamentos sexuais abertos estejam predispostas a não ter ou pedir "exclusividade" ao parceiro - não que a natureza do próprio relacionamento cause a não-monogamia.

Em qualquer estudo como esse feito através de entrevistas, é preciso levar em conta as distorções decorrentes das recordações dos fatos e desejo de socialização. As pessoas costumam "esquecer" comportamentos sexuais ou relatá-los erroneamente porque o ato de ficar pulando de galho em galho ainda é visto com preconceito (pelo menos em alguns círculos conservadores). Traduzido por André Luiz Araújo

Pesquisa - Base de dados. O estudo "Os Contextos dos Envolvimentos Sexuais dos Parceiros Sexuais Simultâneos", de Anthony Paik, usa dados sobre 783 adultos heterossexuais na região metropolitana de Chicago.

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