Você com certeza já ouviu falar que grávida não pode tomar bebida alcóolica. De fato, essa é uma recomendação de várias associações médicas, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Mas você sabe dizer por qual motivo as gestantes não podem consumir nem uma gota de álcool sequer?
Vários estudos já comprovaram que álcool e gravidez são duas coisas que não combinam. Embora isso pareça radical para algumas mulheres, é uma recomendação médica embasada pela ciência. Esse tipo de bebida pode trazer consequências negativas para o desenvolvimento do bebê e colocar a segurança da mãe em risco.
Os problemas incluem aumento do risco de aborto, ruptura precoce da bolsa, baixo peso ao nascer, além da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que é a principal causa de retardo mental e de anomalia congênita não hereditária nos bebês.
“Num geral, as bebidas alcoólicas são bastante calóricas. Isso faz com que a mãe coma menos e tenha a nutrição prejudicada. A placenta envelhece mais rápido, o bebê cresce menos e pode até acontecer um parto prematuro”, explica o obstetra Renato Ajeje, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Além disso, o álcool pode comprometer o equilíbrio e os reflexos da mãe e, assim, ela ficar mais sujeita a quedas e acidentes. "A grávida já tem naturalmente as articulações mais 'amolecidas' e, quando bebemos, ficamos muito mais empolgados... E tudo isso aumenta o risco de a mulher cair, sofrer um acidente e isso impactar na gestação", diz.
É exatamente por esses motivos que a recomendação dos médicos é de cortar o álcool de vez nesta fase. Mas, se você tomou uma ou duas taças de vinho antes de descobrir que estava grávida, não se culpe: o importante é parar o quanto antes e procurar um especialista para fazer o acompanhamento pré-natal. “Tudo o que acontece na gestação precisa ser comentado com o obstetra, inclusive um possível consumo de álcool, para garantir que tudo vai correr bem com o bebê", ressalta o especialista.
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